Deu n’O Globo online 31-03-2016, por O Globo
Desabamento de viaduto na Índia deixa ao menos 15 mortos
Calcutá, março de 2016 |
Desabamento de viaduto na Índia deixa ao menos 15 mortos
Calcutá, março de 2016 |
Story of cities #7: Philadelphia grid marks birth of America's urban dreamWilliam Penn’s city was planned as a utopian ideal; a grid of broad streets to promote green urban living for settlers to this 17th-century colony. While Penn grew disillusioned, his design lives on in Philadelphia, and around the world
A Portraiture of the City of Philadelphia (1683),by Thomas Holme. Illustration: HCQC(..)Penn – a well-connected Englishman who made it his mission to create a refuge in America for Quakers and other persecuted religious groups from Europe – was prone to celebrating his colony as a free gift from God. In fact, Philadelphia’s construction depended on a cunningly negotiated deal with the English king.In March 1681, a cash-strapped Charles II, unable to repay a debt owed to Penn’s late father Adm Sir William Penn, instead made the young heir sole owner of 45,000 square miles of land south-west of New Jersey and north of Baltimore – the king assuming, in a god-like fashion typical of British imperial monarchs, that the territory was his to give. As a feudal-style proprietor, Penn could in turn grant out land as he saw fit.
Within a month, he published the first in a series of promotional tracts with the aim of generating investor interest in his plan to “settle a free, just and industrious colony”. His promised land guaranteed freedoms, rights and liberties – for white Europeans at least. The first cargo of enslaved Africans sold fast to his settlers on its arrival in 1684. (Continua)
Filadélfia 1777
Belo Horizonte, a La Plata brasileira: entre a política e o urbanismo moderno
O objetivo deste trabalho é analisar o processo de construção da cidade de Belo Horizonte através de uma comparação com as experiências de reformulação urbanística e de construção de cidades novas de meados do século XIX, em especial, La Plata, capital da província de Buenos Aires. Minha hipótese é que o trânsito de ideias acerca do processo de planejamento urbano, apesar de não reconhecido pelo projetista de Belo Horizonte, pode ser considerado também, como um trânsito de ideários políticos que se veem representados na malha urbana. Este trânsito não indica apenas uma transferência de modelos (urbanísticos, arquitetônicos, artísticos), mas uma tentativa de atualização das antigas elites políticas a uma modernidade formal. Além disso, essa adesão não significou abandono, ruptura com o passado, mas incorporação plástica daquele mundo social no ambiente hierarquizado das novas cidades. O termo aqui utilizado para tratar do fenômeno de construção de núcleos urbanos, “novas cidades”, refere-se de forma geral a comunidades “planificadas e criadas conscientemente em resposta a objetivos claramente formulados”, pressupondo, “a existência de uma autoridade ou organização suficientemente efetiva para assegurar o lugar, reunir os recursos necessários e exercer um controle contínuo até que a cidade alcance um tamanho viável” (Galantay, 1977: 15).
Belo Horizonte insere-se nesta definição pelo fato de – ao contrário das sucessivas intervenções urbanas executadas em várias cidades, tanto na América quanto na Europa, como no caso de Paris, Barcelona e algumas cidades coloniais brasileiras – ter sua origem num ato criador ex-nihilo. A cidade sustenta ainda em seu plano o sonho de construção de uma cidade harmônica, cuja tradição remonta às utopias urbanas de Platão, Campanella, Morus. etc. (Freitag, 2001; Kohlsdorf, 1996) e consagram o ideal de controle da natureza e dos homens num só movimento.
Outra tradição remota tem suas raízes no projeto de cidade ortogonal. Com forma pré-estabelecida por normatizações da Leye das Índias, as cidades coloniais da América espanhola assumiam a forma do traçado quadriculado que tinha no centro a Plaza Mayor “cuja largura correspondesse pelo menos a dois terços do cumprimento (...). A praça servia de base para o traçado das ruas: as quatro principais sairiam do centro de cada face da praça. De cada ângulo sairiam mais duas, havendo um cuidado de que os quatro ângulos olhassem para os quatro ventos” (Holanda, 1995: 97). Resquício da tradição clássica romana de estabelecimento de cidades – através das linhas mestras (cardo e decumanus) que serviam como referência para o desenvolvimento futuro da rede urbana – as aglomerações criadas na América a partir do século XVII exerciam uma função muito mais que estética. Procuravam estruturar a vida social, econômica, militar e política da povoação através do estabelecimento de sua ordenação mental.2 Atravessar o Atlântico e afastar-se da Europa significava afastar-se da concepção da cidade orgânica medieval. Aplicando o princípio da tabula rasa, tais centros urbanos deveriam permitir a representação espacial do corpo social, ou ao menos, sua expectativa. Por isso é que, para Rama:
A transladação da ordem social a uma realidade física, no caso da fundação das cidades, implicava o desenho urbano prévio mediante as linguagens simbólicas da cultura sujeitas à concepção racional. Mas se exigia desta que, além de compor um desenho, previsse o futuro. De fato, o desenho devia ser orientado pelo resultado que se haveria de obter no futuro, conforme o texto real diz explicitamente. O futuro que ainda não existe que é apenas sonho da razão, é a perspectiva genética do projeto. (Rama, 1985: 27) (Continua)Acesse o artigo completo pelo link