sábado, 16 de junho de 2012

Prodígios do urbanismo olímpico: autódromo em... Deodoro!

(A propósito de manifestação da vereadora Sônia Rabello contra a apropriação da área militar de Deodoro para a construção do novo autódromo.)

A decisão de construir o novo autódromo do Rio de Janeiro nessa área militar, chamada Camboatá, me parece uma estupidez digna do "urbanismo olímpico".

Localizada no centro de gravidade da cidade metropolitana a 0este da Baía de Guanabara, em meio a um oceano urbano de alta taxa de ocupação do solo, baixa renda e pouquíssima oferta de serviços públicos e amenidades, ela seria, por seu tamanho, forma, massa arbórea e acessibilidade por transporte público (Avenida Brasil com o ramal ferroviário de Japeri), muito mais adequada à instalação de um Parque Metropolitano de acesso controlado e povoado de instituições de pesquisa.

Por que não fazer o novo autódromo fora da zona urbana, por exemplo na região plana e vazia situada entre a Rodovia Presidente Dutra e a Rodovia de Seropédica (BR 465) - contígua ao futuro anel rodoviário?
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PS: O Autódromo de Seropédica teria a vantagem adicional de obrigar a uma ação pública ao menos defensável como "legado  olímpico", qual seja a duplicação e/ou redesenho da rodovia BR-465, conhecida como "Antiga Rio-São Paulo", com urbanização dos bairros lindeiros, hoje uma "verrrgonha nacionallll", como diriam os avoengos. As comunidades do Baixo Guandu e a Universidade Federal Rural agradeceriam penhoradamente.

2012-06-16