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Não
posso deixar de lembrar os juízos e vaticínios emitidos naquela
oportunidade ao me deparar com a decisão do governo estadual de licitar o
projeto para a implantação da chamada Linha 5 do Metrô, que ligará a
Gávea ao Largo da Carioca via Humaitá e Laranjeiras. [2]
À
primeira vista, a Linha 5 proposta não tem nada demais. Qualquer cidadão minimamente
instruído e viajado sabe que o Metrô é o meio de transporte ideal para
zonas urbanas de alta densidade de população residente e flutuante como é
o caso da totalidade da Zona Sul do Rio de Janeiro.
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A segunda, a de que a proposta de ligar a Gávea à Carioca indica que a política de requalificação urbana do Centro e suas expansões continua sendo a última das preocupações dos governantes - importa-lhes exclusivamente, ao que parece, trazer os residentes da Barra ao centro de negócios, assim como, inversamente, no "plano" dos BRTs importava acima de tudo levar a mão de obra dos subúrbios até a Barra!
Só assim se explica que não se utilize a nova linha para ampliar substancialmente a rede de transporte de alta capacidade no Centro Expandido, incluindo a Portuária (Porto Maravilha), ou seja, para favorecer uma política de adensamento residencial na região central com elevada mobilidade e baixas taxas de posse e uso de automóvel.
Seguindo, porém, a máxima do Planejamento Estratégico que propõe transformar "ameaças em oportunidades", eu sugiro (ver a figura que abre a postagem) que a Linha 5 seja modificada de
modo a servir às principais regiões residenciais do Centro, a saber, Santa Teresa, Fátima,
Cruz Vermelha, República, Morro da Conceição e Saúde.
O conjunto Linha 5 - Ligação Estácio-Praça XV (ao longo da qual se aninha há vários anos, o essencial do desenvolvimento imobiliário destinado aos serviços públicos e privados no Centro do Rio, capitaneado pela expansão da Petrobrás e culminando no novo complexo do Hospital do Câncer) seria, eu creio, um poderoso fator de dinamização econômica de toda a área circundante à Praça Cruz Vermelha, estendendo-se às Praças da República e Tiradentes, sem prejuízo da benfazeja diversidade de usos e grupos sociais propiciada pela APAC (Área de Preservação do Ambiente Cultural).
Como benefício adicional, ficaria consolidada a atratividade turística do Rio Antigo. Turismo de massa - ensina a Europa - se faz com Metrô!
Breve: "Porto do Rio: uma oportunidade perdida?"
O conjunto Linha 5 - Ligação Estácio-Praça XV (ao longo da qual se aninha há vários anos, o essencial do desenvolvimento imobiliário destinado aos serviços públicos e privados no Centro do Rio, capitaneado pela expansão da Petrobrás e culminando no novo complexo do Hospital do Câncer) seria, eu creio, um poderoso fator de dinamização econômica de toda a área circundante à Praça Cruz Vermelha, estendendo-se às Praças da República e Tiradentes, sem prejuízo da benfazeja diversidade de usos e grupos sociais propiciada pela APAC (Área de Preservação do Ambiente Cultural).
Como benefício adicional, ficaria consolidada a atratividade turística do Rio Antigo. Turismo de massa - ensina a Europa - se faz com Metrô!
Breve: "Porto do Rio: uma oportunidade perdida?"
Abaixo: traçado da linha 4 (Ipanema-Jardim Oceânico)
2014-12-02