O nefando alcaide pretendia, com essa ideia absurda e manifestamente anacrônica, atacar um problema urbano real ainda à espera de solução: o compartilhamento da Avenida Comandante Bitencourt pela quase totalidade do tráfego intraurbano e extraurbano que circula pela cidade diariamente.
O sobrecarregamento da avenida resulta, no meu entender, de duas circunstâncias: a primeira, o atraso histórico na construção do contorno rodoviário (RJ 116), para retirar de dentro da cidade o tráfego de caminhões pesados, muito especialmente aquele gerado pelo polo cimenteiro de Cantagalo, um dos maiores do país; a segunda, a obsolescência da solução de transportes urbanos vigente na cidade, a demandar a faixa da direita da pista sul-norte da Comandante Bitencourt para a quase totalidade dos ônibus que ligam o Centro aos bairros da região de Conselheiro Paulino - de modo que o espaço assim liberado na Avenida Alberto Braune possa ser ocupado... por veículos preguiçosamente estacionados em fila dupla!
Não sei se por falta de dinheiro ou de apoio político, a execução desse projeto foi suspensa e, até onde sei (o que não é grande coisa), não será retomada.
A cidade deve aproveitar esse respiro para acelerar a solução dos problemas que explicam o aparecimento dessa proposta calamitosa. Do contrário, ela com certeza voltará!
2013-08-05