quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Fictitious capital, real estate


G1, 18-01-2023

Montagem: Àbeiradourbanismo
Clique na imagem para ampliar
Faz quase dez anos que as Americanas sacam a descoberto em seus bancos credores, BB incluído, montanhas de dinheiro que entraram na economia como riqueza real, utilizada para gastos operacionais de todo tipo, mas também como remuneração de acionistas e executivos. D
o lado dos bancos credores, essa montanha de títulos de dívida também passou a circular na economia como patrimônio de seus detentores. 

Nos dois lados da operação, muito dinheiro foi gasto em toda sorte de bens e serviços suntuários como automóveis de luxo, pacotes para a Copa do Mundo no Catar e, nunca é demais lembrar, imóveis em grandes cidades e resorts do Brasil e do mundo. 

Eu aposto que uma parte não desprezível desses 40 bilhões de capital confessadamente fictício foi “realizado” no mercado imobiliário de médio e alto padrão, repartindo-se polpudas rendas fundiárias entre vendedores e compradores. Os prejuízos da "inconsistência contábil" das Americanas ficam para quem investiu nas ações da empresa, para quem micou com os papagaios na mão e, obviamente, para quem perderá, cedo ou tarde, o emprego e o sustento da família.

2023-01-18