06-10-2021, por Luiz Antônio França, presidente da Abrainc - Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias
Valorização patrimonial dos imóveis atingiu R$ 1,5 tri em um ano
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E quanto mais crescem as grandes metrópoles e se concentram os rendimentos de seus habitantes, mais exasperada se torna a “guerra dos lugares”, vertiginosas as espirais de preços e seletivo o acesso à moradia urbanizada e bem localizada.
A moderna financeirização da moradia é apenas a forma como os títulos de direito a essas rendas de monopólio derivadas da localização relativa dos imóveis e da expectativa de sua valorização futura são transacionados no mercado global de capitais.
Regular o mercado imobiliário - tetos de aluguel, edificabilidades, regimes de proteção - equivale, portanto, a racionar o oxigênio de um sistema econômico que sofre de asfixia histórica progressiva. Ainda assim, e ciente das reações sistêmicas que tais controles geram no mercado, sou totalmente favorável a medidas paliativas e conquistas parciais que beneficiem as populações em detrimento dos capitais privados.
Soluções estáveis exigirão um cavalo de pau na economia planetária. Aliás, já é tempo de os economistas não compromissados com o capital se debruçarem sobre o problema de em que ele consiste e como realizá-lo – até porque, junto e misturado com a crise das cidades, precisamos enfrentar a emergência ambiental.
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[*] Segundo a consultora Savills, o segmento residencial respondeu, em 2020, por 79% de todo patrimônio imobiliário global. Mais estatísticas podem ser acessadas em “Value of global real estate rises 5% to $326.5 trillion”. Savills
News 21-09-2021, por Paul Tostevan