quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Aluguel social é uma necessidade. Mas não boto a mão no fogo pelo modelo de negócio

Deu na Folha de  Paulo
25-02-2019, por Cláudia Collucci e Thiago Amâncio
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/02/projetos-pioneiros-testam-aluguel-social-em-sao-paulo-e-porto-alegre.shtml
Projetos pioneiros testam aluguel social em São Paulo e Porto Alegre
Famílias em prédio paulistano pagam 10% da renda e deixam a rua; plano gaúcho subsidia R$ 500 ao locador
Prédio no centro de São Paulo restaurado 
pela prefeitura teve 34 apartamentos destinados 
a aluguel social para ex-moradores de rua 
já em fase de autonomia.
Legenda: Folha de S Paulo. Foto: Adriano Vizoni / Folhapress
(..) Iniciativas como essa, de oferecer moradia à população de rua em alternativa aos albergues, têm crescido no país. Porto Alegre lançou um programa parecido há um ano. Curitiba já iniciou um projeto piloto, enquanto Foz do Iguaçu e Brasília estão com projetos em fase de elaboração.Em São Paulo, um prédio na Sé vai receber 71 pessoas de 34 famílias que até a última semana não tinham um CEP. Eles vão pagar um aluguel para a prefeitura de 10% a 15% de sua renda, condomínio de até R$ 40 e as contas de casa. Móveis e eletrodomésticos foram doados. 
A seleção de um número tão reduzido em um universo de mais de 20 mil pessoas que vivem nas ruas obedeceu a critérios de vulnerabilidade social e, principalmente, autonomia. "É uma porta de saída para as pessoas que estão retomando a sua organização social e reconquistando a sua autonomia", diz o secretário municipal de Assistência Social de São Paulo, José Castro.
Obrigatoriamente, os beneficiados têm que ter renda fixa (a menor é de R$ 755, e a maior, dois salários mínimos), já que a ideia é que arquem com uma parte dos gastos. Há um contrato de aluguel comum que vale por quatro anos. Se deixarem de pagar por três meses podem ser despejados. Para evitar que a situação chegue a esse ponto, haverá um acompanhamento de assistência social e de saúde mais intenso no começo.
O prédio foi desapropriado pela prefeitura em 2011, por R$ 1,8 milhões, e passou por uma reforma de R$ 4,1 milhões (bancada pela prefeitura e pelo governo federal).A prefeitura promete lançar mais dez prédios com 470 apartamentos até o ano que vem. (Continua)
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2019-02-26