Aluguel como fonte de receita vem ganhando maior valor entre o investidor
Ali se diz que “todas as análises mostram uma mudança global de comportamento do consumidor, principalmente para as novas gerações, mais interessadas em ter acesso ao imóvel e menos em propriedade”.
É um modo panglossiano de dizer que as novas gerações não têm acesso a empregos e salários que lhes permitam comprar residências, como tiveram seus pais.
Na dúvida, recomendo a leitura de algumas matérias jornalísticas recentes, de onde extraí as seguintes passagens:
“(..) young hospitality workers have moved back in with mum and dad as their income dried up.” (News.com.au: Sydney, Melbourne, Brisbane rent prices plummeted amid pandemic, RBA reveals)*“Las dificultades económicas de estos colectivos [jóvenes, inmigrantes y trabajadores temporales] para incrementar sus ingresos y después aceder a uma hipoteca ha incidido en el aumento de la demanda de vivienda en alquiler.” (El País: El mercado del alquiler, ¿cómo ha cambiado con la pandemia?)**“(..) nearly two-thirds of childless single adults aged 20-34 in the UK have either never left or have moved back into the family home because of a combination of a precarious job market and low wages, sky-high private sector rents and life shocks such as relationship breakups”. (The Guardian: 'Boomerang' trend of young adults living with parents is rising – study)***
Uma análise sistêmica desse fenômeno pode ser encontrada em Ryan-Collins, Lloyd and Macfarlane 2017, Rethinking the Economics of Land and Housing, Zed Books, Edição do Kindle, 6.4 “The role of land and economic rent in increasing inequality”, especialmente a seção “Intergenerational dynamics”.
** https://elpais.com/economia/estar-donde-estes/2020-10-29/el-mercado-del-alquiler-como-ha-cambiado-con-la-pandemia.html
*** https://www.theguardian.com/society/2020/oct/18/boomerang-trend-of-young-adults-living-with-parents-is-rising-study