Devo ter sonhado, porque de repente aparece na TV uma
enxurrada de anúncios de novos SUVs.
Outro dia, na serra, depois de ser ultrapassado repetidas
vezes, em curvas, viadutos e acostamentos, por essas bestias, cheguei à certeza de que a influência desses veículos, que
têm potência de caminhão e dirigibilidade de automóvel, sobre seus usuários constitui
um perigo para a coletividade – além de uma ofensa ao planeta e um desrespeito
às cidades.
Para que não fique dúvida, vejam ao lado o que surgiu de repente
na garagem do meu prédio. Agora imaginem uma fila desses mastodontes querendo
andar na Noronha Torrezão, em Niterói – uma importante via de ligação espremida entre colinas, de mão e contramão, onde a
prefeitura permite construir edifícios de uso residencial e comercial de 20
pavimentos.
Eu proponho um novo instrumento urbanístico: a “Transferência Onerosa de IPVA”: cada candidato a usar um SUV na cidade deverá comprar
50% do IPVA de 20 automóveis 1.0 - além de pagar o seu, é claro.
ADENDO (em 05/12): a proposta de TO-IPVA acaba de ser expandida: o proprietário do SUV poderá, alternativamente, adquirir 50% do IPVA de 50 smart-cars, 100 motocicletas ou doar 1000 bicicletas às comunidades carentes.
ADENDO (em 05/12): a proposta de TO-IPVA acaba de ser expandida: o proprietário do SUV poderá, alternativamente, adquirir 50% do IPVA de 50 smart-cars, 100 motocicletas ou doar 1000 bicicletas às comunidades carentes.