segunda-feira, 28 de julho de 2014

Erminia Maricato sai em defesa da gestão Haddad


O blogueiro não tem opinião formada sobre a gestão Fernando Haddad na cidade de São Paulo. Mas recomenda aos seus leitores a leitura da defesa escrita pela urbanista Ermínia Maricato, publicada em Carta Maior em 27 de julho último.

À luz do que vê como limitações dadas pela correlação de forças políticas e assumindo, como de hábito, uma bem definida orientação política – mas evitando, convém registrar, o apriorismo mais ou menos ufanista e complacente que, tido por seus autores como virtude ideológica, caracteriza boa parte das manifestações em defesa dos governos petistas na Internet – Maricato propõe, 
para considerar as opções adotadas até aqui por Fernando Haddad e sua equipe à frente do executivo municipal, levar em conta não apenas a abrangência metropolitana de muitos dos problemas urbanos da cidade de São Paulo como o histórico das escolhas de suas administrações mais recentes.

As "seis razões para apoiar Fernando Haddad", que correspondem à atuação de seu governo nas áreas de mobilidade, combate à corrupção, planejamento urbano, participação democrática, humanização e diálogo e segurança alimentar, são objeto de uma análise mais detida na segunda parte do texto.

O artigo pode ser lido na íntegra através do link http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Seis-razoes-para-defender-Fernando-Haddad/4/31461.

 
As passagens aqui apresentadas se propõem tão somente a instigar a curiosidade dos nossos leitores.

Boa leitura


Seis razões para defender Fernando Haddad
As conquistas possíveis numa máquina municipal como essa, nesse momento, tem limites. Elas dependem da herança recebida e da correlação de forças.
Por Erminia Maricato/Carta Maior
Considerando o histórico da cidade de São Paulo, não ter uma “raposa guardando o galinheiro” já significa uma grande vantagem. É claro que a defesa de Fernando Haddad não pode se esgotar no mal que o prefeito deixa de fazer como os assaltos costumeiros que essa cidade tem vivido ao longo de sua vida, com exceção de alguns períodos. No entanto, esse argumento não é pouco importante para iniciar estas linhas.
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A grande mídia, engordada por anúncios publicitários de imóveis e automóveis, insistentemente repete que “falta planejamento urbano”. A relação entre mobilidade e uso do solo é o nó górdio do planejamento urbano como insistem congressos históricos de urbanistas pelo mundo afora. Mas dominar a produção da cidade real subordinando determinados interesses para cumprimento de bem intencionados planos está na esfera da política e não do planejamento. Desde que os bondes foram banidos da cidade, na primeira metade do século passado, seguindo pressão do transporte sobre rodas, de inspiração norte-americana, São Paulo tem sido objeto de obras rodoviaristas que priorizam o transporte individual.
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A lista de exemplos poderia ser engordada pelos projetos que, neste momento de boom imobiliário, assolam todas as cidades brasileiras prometendo um cenário glamoroso, revitalizado, renovado, e coisas semelhantes mas que entregam mais especulação, segregação privatização do espaço público e carência habitacional para a maioria da população, exatamente aquela que não alcança os preços explosivos. Aí estão, entre outros, o “Novo Recife”, a “Nova BH”, o “Porto Maravilha” (este no Rio de Janeiro). Mas aí está também o Arco do Futuro que, na atual correlação de forças dificilmente escapa das forças hegemônicas.
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Assim como no período de Luiza Erundina, Fernando Haddad tem sido apontado como responsável por problemas que são de natureza metropolitana, mais do que municipais. Parte da população que trabalha em São Paulo mora em outros municípios.
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A coerência indispensável da gestão metropolitana não é cobrada por ninguém. Problemas como enchentes, mobilidade, saneamento, habitação, saúde, educação, meio ambiente dependem, obviamente, de abordagem metropolitana ou até macrometropolitana se atentarmos para os corredores que ligam são Paulo a Santos e Campinas. A Constituição Brasileira de 1988 remeteu a questão metropolitana para a definição das constituições estaduais e gestão dos governos estaduais. Mas quem se interessa pela complexa administração das metrópoles? Quem cobra os diversos governos estaduais pelo desprezo em relação a essa importante tarefa?
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Leia a íntegra deste artigo clicando em
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Seis-razoes-para-defender-Fernando-Haddad/4/31461.


2014-07-28