24-07-2019, por G1 Rio
Interventor do BRT aponta em relatório final que 13 estações não deveriam ter sido construídas
Foto: Pedro Zuazo / Extra 14-04-2015 |
BRT em
crise. VLT em crise. As mais recentes etapas da privatização dos transportes do Rio de Janeiro, levadas a cabo sob a cobertura generosa dos Jogos Olímpicos e do Porto Maravilha, são a culminação de um sistema caótico,
feito de pedaços independentes que tornam mais caro para o usuário viajar e
para a economia pública construir e administrar.
Ganharam as empreiteiras, as concessionárias, as financiadoras e, muito provavelmente, os "intermediários". Perderam
os cidadãos em geral e, muito especialmente, os que dependem do sistema de
transporte público para trabalhar.
Sistemas 100% públicos não estão, obviamente, isentos de todo tipo de defeitos, o primeiro deles o seu caráter intrinsecamente deficitário – dados o nível de rendimento da imensa maioria dos usuários e as distâncias que eles precisam percorrer. O subsídio coletivo à mobilização da força de trabalho é a primeira lei do transporte urbano.
A privatização da operação de meios de transporte público não tem o poder mágico de tornar rentável o sistema. E os conflitos de interesses privados decorrentes de sua fragmentação gera custos em cadeia que serão inapelavelmente pagos pelos usuários nas tarifas ou pela cidadania nos impostos.
O desequilíbrio das cidades e do transporte urbano é uma das mais claras manifestações da ineficiência do nosso sistema sócio-econômico.
Num sistema público unificado, porém, as responsabilidades são muito mais nítidas e as soluções - a começar dos subsídios para quem precisa - potenciamente mais transparentes e acessíveis aos cidadãos.
Sem falar que a integração do sistema - física, operacional e tarifária, como aprendemos desde cedo na escola - passa a ser a pedra de toque de todo o processo de modernização e expansão.
Leia também neste blogSistemas 100% públicos não estão, obviamente, isentos de todo tipo de defeitos, o primeiro deles o seu caráter intrinsecamente deficitário – dados o nível de rendimento da imensa maioria dos usuários e as distâncias que eles precisam percorrer. O subsídio coletivo à mobilização da força de trabalho é a primeira lei do transporte urbano.
A privatização da operação de meios de transporte público não tem o poder mágico de tornar rentável o sistema. E os conflitos de interesses privados decorrentes de sua fragmentação gera custos em cadeia que serão inapelavelmente pagos pelos usuários nas tarifas ou pela cidadania nos impostos.
O desequilíbrio das cidades e do transporte urbano é uma das mais claras manifestações da ineficiência do nosso sistema sócio-econômico.
Num sistema público unificado, porém, as responsabilidades são muito mais nítidas e as soluções - a começar dos subsídios para quem precisa - potenciamente mais transparentes e acessíveis aos cidadãos.
Sem falar que a integração do sistema - física, operacional e tarifária, como aprendemos desde cedo na escola - passa a ser a pedra de toque de todo o processo de modernização e expansão.
“O
planejamento olímpico e a revolução dos transportes”. À beira do urbanismo
14-04-2012, por Pedro Jorgensen Jr
http://abeiradourbanismo.blogspot.com/2012/04/o-laboratorio-de-planejamento-urbano-do.htmlOutras matérias
“Crivella
diz que prefere pagar multa a arcar com baixa demanda do VLT”. O Dia
06-07-2019, por Redação
“Crivella anuncia intervenção no BRT e reajuste de tarifas de ônibus”. Agência Brasil 29-01-2019, por Dougles Corrêa
“Em apenas três anos, BRT Transoeste já está saturado”. Extra online 14-04-2015, por Pedro Zuazo
2019-07-25