quarta-feira, 29 de julho de 2020

Privatizem-se as responsabilidades!

Deu no Informe diário Sinduscon-Rio / Seconci-Rio / ADEMI-RJ
06-07-2020 por Admin
Marco do Saneamento: Sozinho não vai
Ainda não há cadáver, mas
o Estadão já está cuidando do
álibi. Se fracassar a meta da
privatização do saneamento
- 90%  de cobertura até 2033 -,
a responsabilidade terá sido
uma vez mais do próprio Estado,
que não planejou as cidades tão
sábia e eficientemente como
fazem os empresários com seus
negócios.

Por que, então, não entregar de
uma vez os próprios governos à
iniciativa privada, mediante
licitações insuspeitas a cargo
de consultorias de arbitragem?

De duas uma: ou daria certo, e
ingressaríamos numa nova
Golden Era de prosperidade
privatista, ou daria errado e
teríamos de concluir que já não
há álibi possível: os robôs 
teriam, de acordo com as
Leis de Asimov, de demitir o
patronato e instaurar o governo
planetário dos computadores
quânticos.

 Para bem da civilização.
(..) O planejamento urbano e territorial é uma tarefa de Estado que precisamos construir tanto para rompermos o ciclo de pibinhos pífios que nos assolam há tempos como para reduzir a desigualdade intraurbana, que a pandemia escancarou.
Até aqui os governos têm ouvidos moucos para o tema urbano. Ignoram o enorme potencial que o investimento em cidades significa para a economia e para o desenvolvimento social.
Talvez as novas empresas de saneamento possam compreender que o sucesso de seu desempenho depende da inserção do setor no âmbito da cidade complexa, a ser planejada e ser tratada. E possam ajudar na mudança de rumo. Sem coordenação de políticas, o esforço será frustrado. Sozinho, não vai.
O Brasil não precisa de outras décadas de abandono da cidade. Precisa qualificá-las para alcançar o desenvolvimento. (O Estado de S Paulo / coluna Opinião)











2020-08-02