domingo, 30 de maio de 2021

Primórdios da urbanização de mercado no Brasil: Rio de Janeiro

Observatório das Metrópoles 2015, por QUEIROZ RIBEIRO, Luiz Cesar (1991).
https://www.observatoriodasmetropoles.net.br/wp-content/uploads/2020/07/Livro-Dos-Corti%C3%A7os-aos-Condom%C3%ADnos-Fechados_2edicao.pdf

Dos Cortiços aos Condomínios Fechados - As formas de produção da moradia na cidade do Rio de Janeiro (Caps 5 e 6).

Capítulo 5: Transformações do Parque Imobiliário - 1870/1930

O nosso objetivo neste capítulo é construir, com base nos dados dos censos disponíveis, um quadro histórico do período compreendido entre 1870 e meados dos anos 30. Trata-se do momento de transição das relações sociais que fundam a nossa sociedade. Com efeito, a partir de 1870 entra em crise a economia mercantil- escravista e, pouco a pouco, afirma-se uma economia urbana organizada com base no trabalho livre; por outro lado, expande-se a intervenção sobre a cidade, através da legislação urbana e dos investimentos urbanos realizados pelo poder público e pelas empresas privadas. Os anos iniciais deste período serão também marcados por um extraordinário crescimento demográfico. Estes fatores terão importantes impactos sobre a produção de moradias, criando as bases para a mercantilização da moradia e do solo. (..)

5.1 A emergência da escassez de moradias - 1870/1890

5.2. Emergência da Crise de Moradia - 1890-1906

5.3. Expansão da Malha Urbana - 1906/1920

 

Capítulo 6: Da Propriedade Fundiária ao Capital Imobiliário

A partir da segunda metade do século XIX, especialmente depois de 1870, a cidade do Rio de Janeiro sofre importantes transformações urbanas geradas pela ação de um conjunto de capitais que passam a investir sobre o espaço urbano. Entre eles, o que poderíamos chamar de capital imobiliário, aplicado na produção de moradias para aluguel e na compra, parcelamento e venda de lotes de terras anteriormente utilizadas para fins agrícolas. A origem deste capital, as condições históricas que presidem o seu investimento no imobiliário e as formas de produção da moradia que ele assume serão analisadas neste capítulo. (..)

6.1. Origem do Capital Imobiliário

6.2. A Produção Rentista da Moradia: cortiços, casas-de-cômodos e estalagens

6.3. A Crise da Produção Rentista

6.4. Emergência do Mercado Urbano de Terras: separação entre propriedade fundiária e capital imobiliário

6.5. A Produção Imobiliária Pequeno-Burguesa: “as vilas, avenidas e ‘correres de casas’”

6.6. Expansão do Mercado de Terras: periferia, autoconstrução e especulação


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