Artigo simples, claro e didático, sem a costumeira bobagem de que “a outorga onerosa permite edificar acima dos índices construtivos estabelecidos em lei”.
A escorregada vem no fim, com a noção de que "o
planejamento urbano é a força vital que determina o ritmo, as dinâmicas, o
funcionamento de uma cidade” e seu corolário “com Planos Diretores mais
robustos e inovadores, as cidades têm nas mãos o poder de traçar seu próprio
caminho rumo a um futuro mais humano e sustentável."
O planejamento urbano em geral é indispensável e os Planos Diretores instrumentos necessários de controle e ordenamento da urbanização. Mas serão tanto mais eficazes quanto menos poderes mágicos lhes atribuamos. "A força vital que determina o ritmo, as dinâmicas, o funcionamento de uma cidade” é, há pelo menos dois séculos, para bem e para mal, a urbanização de mercado, frente a qual nossos poderes são limitados. E, pelo andar da carruagem, assim seguirá sendo ainda por um bom tempo. Pé no chão, gente!
2022-10-26
