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quarta-feira, 14 de maio de 2025

Excelente notícia, para variar


Diário do Rio 12-05-2025
https://diariodorio.com/terraco-com-vista-jardins-suspensos-paineis-de-portinari-o-que-encontrar-no-palacio-capanema-que-sera-reaberto-como-centro-cultural/

(..) O projeto de revitalização prevê que 60% do prédio seja dedicado a atividades culturais e os outros 40% à parte administrativa. A Fundação Nacional de Artes (Funarte) anunciou planos de transferir cerca de 300 funcionários para três andares do edifício — eles atuavam na antiga sede do órgão na Cidade Nova. O prédio também passa a abrigar áreas da Biblioteca Nacional, do Iphan, do Ibram e da Cátedra Unesco da Casa Rui Barbosa, entre outros órgãos culturais.

Apesar de não ser inteiramente aberto à visitação, boa parte do edifício está acessível ao público, incluindo salas de exposição, áreas comuns e até o espaço reservado à ministra da Cultura, Margareth Menezes, que defende o prédio como um motor da economia cultural do Rio. A ideia, segundo o Iphan, é que as pessoas se apropriem do Capanema, compreendam sua importância histórica e façam dele um espaço vivo. (..)


2025-05-14

Leia neste blog
‘MEC, marco cívico no.1 do Rio de Janeiro”, 18-05-2022
https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2022/05/capanema-joia-da-coroa.html

quarta-feira, 18 de maio de 2022

MEC, marco cívico no.1 do Rio de Janeiro


Extra online 17-05-2022
https://extra.globo.com/noticias/rio/tombamento-do-palacio-capanema-impede-venda-25511580.html

Elegante e plebeu, combinação perfeita de edificação e praça pública em meio às sóbrias ruas-corredor da Esplanada do Castelo - expansão republicana do Centro do Rio de Janeiro planejada por Alfred Agache na década de 1920 -, o MEC (originalmente MES)*, oficialmente denominado Palácio Gustavo Capanema, é com certeza uma das mais belas e relevantes criações da arquitetura modernista em todo o planeta.

E considerando o papel de proa da arquitetura - como do futebol e da música - na construção da nacionalidade brasileira na cena global de meados do século XX, ouso dizer que o MEC, criação coletiva de Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Ernani Vasconcelos, Jorge Machado Moreira e Oscar Niemeyer, é o mais importante marco cívico edificado do Rio de Janeiro, à altura das Bachianas de Villa-Lobos e dos dribles de Mané Garrincha.

Em tempos de emergência climática e democrática, não importa o mérito jurídico da decisão: com ou sem razão, sua excelência está mais do que certa em tirar o MEC do alcance da metralhadora giratória de Bolsonaro-Guedes, ídolos de uma burguesia tão ignorante e mesquinha que é incapaz de reconhecer, que dirá compreender, valorizar e proteger, as raras façanhas históricas de seu regime social. 

Só não entendo o motivo pelo qual o Instituto dos Arquitetos do Brasil, muito especialmente a sua seção carioca, não esteja movendo uma ruidosa campanha internacional não simplesmente em defesa do MEC, mas por sua transformação em sede de alguma instituição à altura do seu valor: Museu Internacional da Arquitetura Modernista, Sub-sede da ONU na América Latina, Paço das ONGs do Brasil ou algo que o valha.

E ainda que o Programa Reviver Centro, da prefeitura do Rio de Janeiro, esteja compreensivelmente concentrado em atrair empreendimentos imobiliários residenciais para esta parte da cidade, não é admissível que a correta destinação e o pleno aproveitamento do MEC para uso e desfrute da cidadania não seja, a essa altura, o símbolo maior de sua revivescência como centro urbano.   

Clique na imagem para ampliar
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* Ministério da Educação e Cultura / Saúde (1943). 

2022-05-18

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

"Tem que vender essa porra logo!"*

Deu na Folha de S Paulo
13-08-2021, por Catia Seabra
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/08/governo-decide-vender-palacio-capanema-edificio-iconico-no-rio.shtml

Governo decide vender Palácio Capanema, edifício icônico do Rio

Símbolo do modernismo é incluído em feirão

Palácio Gustavo Capanema / MEC

Ícone da arquitetura moderna Brasileira, o Palácio Gustavo Capanema, também conhecido como MEC (Ministério da Educação e Cultura), destaca-se pela sua composição arquitetônica e pela sua inserção singular no contexto urbano local.

O volume do edifício é marcado pelo contraste entre dois blocos que se interceptam perpendicularmente. No bloco horizontal localizam-se o hall de entrada, o auditório e o salão de exposições (com extensão para um terraço verde). No bloco vertical localizam-se os escritórios que originalmente compunham o Ministério da Educação e Saúde (posteriormente Ministério de Educação e Cultura).

Além de explorar os princípios básicos do modernismo ‘Corbusiano': (1) Edifício sobre pilotis, (2) Planta livre, (3) Fachada livre, (4) Janelas em fita, (5) Terraço Jardim; o edifício se adapta ao clima tropical da região através da combinação de artifícios projetuais tais como ventilação cruzada, terraços verdes e brise-soleils.

A integração entre arquitetura e artes plásticas é outro elemento marcante no edifício que pode ser notado na azulejaria e nas esculturas presentes.

A implantação livre do edifício na quadra e a suspensão de seu volume vertical através de pilotis, combinados a elementos paisagísticos diferenciados, agregam valor ao espaço urbano construído ao redor.

Autores: Lúcio Costa (coordenador), Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Ernani Vasconcelos, Jorge Machado Moreira, Oscar Niemeyer

Ano Projeto/Ano Construção: 1936 / 1937-1943

Endereço: Rua da Imprensa n°16, Centro

Fonte: ARQGUIA RIO
http://arqguia.com/obra/palacio-gustavo-capanema-mec/

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*Paulo Guedes, Ministro da Economia, em 22-04-2020, a propósito do Banco do Brasil.