sábado, 26 de janeiro de 2013

Precariedade gentrificada

Deu no The Guardian
23-01-2013, por Jonathan Watts
The Rio favela transformed into prime real estate

Wealthy buyers are snapping up plots of land in Vidigal after authorities pushed out drug gangs

Imagem: Internet
Until recently, this hillside shanty town was dominated by drug gangs and widely considered off-limits among both the local and foreign middle class.

But the favela is undergoing a transformation. The police have taken control of the streets and with the gangs no longer deciding who enters their territory, rental prices have surged more than threefold in three years. Wealthy buyers are snapping up the prime plots, real estate firms are opening offices and more outsiders are moving in.

The most high-profile conflict here now is not been between rival gangs, but between two European investors who are tussling over a prime plot. Andreas Wielend, an Austrian engineer, bought a dilapidated home in 2009 and turned it into a hostel and nightclub. It is now famed for breathtaking views and holding dub and electronic music nights that attract several hundred customers to party until dawn. The change is dramatic, but not entirely for the better, says Wielend. (Continua)


2013-01-26

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

E o Caio Martins, Rodrigo? Axel?

Deu n'O Fluminense 18/01/2013
http://www.ofluminense.com.br/editorias/cidades/niteroi-e-comite-olimpico-em-parceria-para-inserir-cidade-nos-jogos-de-2016#
Niterói e Comitê Olímpico em parceria para inserir cidade nos Jogos de 2016
(...) O prefeito Rodrigo Neves se encontrou com o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, quando foi acertada a criação de um grupo de trabalho que vai avaliar as potencialidades e necessidades do município para receber delegações, turistas e equipamentos com vistas à preparação e à aclimatação de atletas para os Jogos Olímpicos. “Temos ótimos lugares para receber os atletas, como a Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef), o Clube Naval de Charitas, o Iate Clube Brasileiro, a AABB e a Ilha de Mocanguê”, enfatizou Rodrigo. (...)
“O destino do Complexo Esportivo Caio Martins é a oportunidade de o COB e os responsáveis federais e estaduais pela organização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro demonstrarem a seriedade e honestidade de seus propósitos desportivos.

E também de governantes e parlamentares mostrarem que o interesse público lhes fala mais alto do que as centenas de milhões que, como todos sabem e alguns esperam avidamente, poderiam brotar, como lava incandescente, do solo que ele ocupa.

A cidade de Niterói tem todo o direito de considerar que a completa reestruturação física e gerencial do Caio Martins é a única opção legítima para administradores federais, estaduais e municipais que se digam honestamente empenhados em fazer com que os Jogos Olímpicos de 2016 deixem um legado desportivo e urbanístico.” (...)

Leia a íntegra deste artigo em
"Legado olímpico é a reestruturação do Caio Martins"
http://abeiradourbanismo.blogspot.com.br/2011/12/legado-olimpico-e-reestruturacao-do.html

2013-01-23

domingo, 20 de janeiro de 2013

Força estranha

Deu no UOL Olimpiadas 2012
30-04-2012, por UOL
Prazo para inscrições acaba e Nuzman é o único candidato à presidência do COB até 2016 
Fonte: Internet*
Anos atrás, num debate realizado na Associação Brasileira de Imprensa sobre o processo de preparação da cidade do Rio de Janeiro para o Panamericano de 2007,  um conhecido político e administrador público ligado à área de transportes, extasiado com a explanação do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro sobre a importância do PAN para o desenvolvimento do Rio e o fabuloso legado que ele deixaria para a cidade, exclamou: — Ah, por que não decidimos de uma vez deixar ao Comitê Olímpico a tarefa de governar a cidade?

Oratória? Vaticínio? Só sei que diariamente eu me pergunto sobre a estranha natureza desse poder que tem o Comitê Olímpico Internacional, de fazer com que todos os governantes do planeta se curvem, mais ou menos voluntariamente, aos seus desígnios! 

2013-01-20

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A César o que é de César



Olhando com atenção, 
o Palácio do Cebolão 
mais parece  
uma pobre citação.



2013-01-11

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Paulistana 2: Meia-noite na Bela Vista

Fonte: Blog do Diego*
Em breve estada num hotel decadente da Bela Vista, durante duas noites meu sono foi embalado pelo burburinho de vozes e o retinir de talheres vindos  de uma velha casa contígua.


Na terceira e última noite, ávido por uma refeição que me confortasse o estômago, desci à rua, dei a volta em três quarteirões, até descobrir uma promissora sopa de abóbora no mesmíssimo restaurante cuja algaravia entretinha o meu sono.

Levei ali um tempo razoável, mas que, no final, resumiu-se ao breve interregno de uma sucessão de fotogramas que trago na lembrança. Enquanto, no fundo da sala, um casal retrô se beijava furiosamente alheado do mundo, ao meu lado, junto à janela, um curioso quarteto formado por jovens espectros de Mário Pedrosa, Pagu, André Breton e Frida Khalo apreciava beatificamente os vinhos da casa expelindo, a cada cinco minutos, embevecidos monossílabos. Eu  juro que vi passar em dado  momento, esvoaçando, o anjo da Libelu.

Admirado, terminei vagarosamente o meu repasto, despedi-me da cena e retornei ao meu quarto de hotel para sonhar um sonho comezinho.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Paulistana 1: O pão nosso de cada dia

Inauguração da Avenida Paulista em 1891.
Aquarela de Jules Martim*
Encontros extraordinários só me acontecem em Botafogo e Ipanema, nunca em Bangu ou Belford Roxo. Sempre que alguém me diz, “Puxa, como este mundo é pequeno”, eu respondo: “Nós é que somos poucos”.

Para não me deixar mentir, quis o acaso que, numa breve e quase anônima estada de três dias numa metrópole de mais de 20 milhões de habitantes, terceira ou quarta maior aglomeração urbana do planeta, cruzei, na entrada de um centro comercial da Avenida Paulista, como se fosse um evento absolutamente corriqueiro, com a urbanista mais famosa do Brasil.

Ela não me reconheceu, por certo – eu não sou, decididamente, uma figura popular. Fato é, creiam-me, que o encontro extraordinário ocorreu, tão inexorável como seria se frequentássemos, toda manhã, a mesma padaria. 

Mundo pequeno, mesmo! Botafogo, Ipanema e Jardim Paulista.



*Fonte:http://fotonocaminhosaopaulo.blogspot.com.br/2009/05/paulista_28.html