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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Atribulações do zoneamento inclusivo

Público / Espanha 20-02-2025, por Ferran Espada
https://www.publico.es/economia/vivienda/centro-barcelona-ricos-vivienda-publica-extrarradio-maniobra-promotores.html

La norma que fija en Barcelona la obligatoriedad de reservar el 30% de las nuevas promociones de viviendas –o en su caso de la remodelación integral de un inmueble– para protección oficial, es en estos momentos el gran caballo de batalla que se disputan promotores, movimiento por la vivienda, el Gobierno municipal socialista y los partidos políticos. (..) En esta discusión surgen argumentos de índole política, económica, jurídica o logística que utilizan defensores y detractores del 30%. Pero más allá de todos ellos, últimamente surge con fuerza un elemento escondido que nadie se atrevía a utilizar, al menos hasta ahora. Y no es otro que el clasismo.
Y es que si bien, al principio, los promotores ponían como excusa para cargar contra la norma del 30% justificaciones de índole económica, asegurando que con esta cláusula no les sale a cuenta construir, ahora parece que este argumento no pesaría tanto como el hecho de que la norma fuerza la convivencia en un mismo inmueble de "ricos y pobres". Es decir, la gente que accede a pisos de protección oficial en una finca con pisos de lujo, con unos precios de entre tres y seis veces más reducidos, según explica el responsable de una inmobiliaria. El diferente poder adquisitivo de unos y otros es evidente y aquí entraría la perspectiva clasista, en la que los promotores consideran "molesto" para los acomodados tener que compartir edificio con gente con menos recursos económicos. (..)

2025-02-26

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Turismo de 15 minutos

La Vanguardia 29-08-2024
https://www.lavanguardia.com/local/barcelona/20240829/9897677/barcelona-supera-tres-millones-pernoctaciones-mes.html



Um dos mais dramáticos capítulos do conflito economias vs. deseconomias nas grandes cidades europeias. 

As receitas do turismo de que nem a Espanha nem a Catalunha estão dispostas a abrir mão custam à população barcelonesa, por conta dos "apartamentos turísticos", os aluguéis médios mais caros de toda a Espanha.

Em consequência, suburbaniza-se, mais do que já é suburbanizada, a população trabalhadora e elitiza-se, mais do que já é elitizado, o acesso à “cidade de 15 minutos”.

2024-10-09

quarta-feira, 1 de março de 2023

Traçado ortogonal, cidade radial

Última edição em 30-07-2023

The Economist 20-12-2022
https://www.economist.com/interactive/christmas-specials/2022/12/20/the-decline-of-the-city-grid

Montagem: Abeiradourbanismo
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Esse artigo, como tantos outros dedicados ao tema fascinante da urbanização em grade ortogonal, também chamada malha hipodâmica, discute o seu objeto como se as estruturas espaciais urbanas fossem meras opções projetuais: “no último século a quadrícula saiu de moda”.

Um loteador poderá optar, de acordo com a preferência e o poder de compra de seus clientes, entre diversos tipos de traçado. Mas as circunstâncias que geraram o grid de Chicago nada têm a ver com critérios projetuais de urbanismo, preferências do consumidor ou modismos, embora o confirmem como o sistema mais simples e rentável de parcelamento e comercialização do solo: para financiar o Estado recém-criado, a Lei de Terras estadunidense de 1785 (Land Ordinance) dividiu os territórios do Oeste, ainda nem bem conquistados e essencialmente desconhecidos, em townships de 6x6 milhas, subdivididas em 36 sections parceláveis e renegociáveis de 1x1 milha, de modo a facilitar a venda de propriedades agrícolas a colonos nacionais e estrangeiros. Com referência ao uso urbano, que veio a se tornar um maná especulativo, diz a Britânnica de 1963: “Sua vantagem particular era que uma nova cidade podia ser planejada nos escritórios das imobiliárias do Leste e as terras vendidas sem que nem comprador nem vendedor tivessem nunca visto o lugar". [1]

Apesar de generalizado nos Estados Unidos desde o início do século XIX, o uso da malha urbana ortogonal pela indústria da urbanização tem raízes mais antigas e menos plebeias. Em seu clássico La Ciudad en la Historia, Mumford observa que
Stuttgart 1794, Edimburgo 1773, Berlim 1789
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El único hecho que lo hace [este tipo de trazado urbano] más notorio en los Estados Unidos que en el Viejo Mundo es la ausencia, excepto en zonas como las de los establecimientos iniciales de Boston y Nueva York, de tipos anteriores de planificación urbana. A partir del siglo XVII, las extensiones de ciudades occidentales, tanto en Stuttgart y Berlín como en Londres y Edimburgo, se hicieron del mismo modo, excepto donde antiguos cursos de agua, caminos o límites de campos habían establecido líneas que no era fácil anular. (..) Estos planos servían únicamente para una rápida división de la tierra, una rápida conversión de solares en lotes y una rápida venta. La carencia misma de adaptaciones más específicas al paisaje o a las necesidades humanas solo aumentaba, por su misma imprecisión e indeterminación, su utilidad general para el mercado. [1a] 

O que, por outro lado, não se pode deixar de observar, e que os textos sobre a grade ortogonal em geral desconsideram, é o fato de que a "economia da ocupação do solo", tão bem descrita pelo articulista, que fez da grade ortogonal o traçado padrão da moderna urbanização de mercado, é obrigada por essa mesma urbanização de mercado a coexistir com estruturas de acessibilidade urbana de tipo radial-concêntrico derivadas da “economia da localização” - como representada, por exemplo, no modelo geral da distribuição dos usos do solo na metrópole contemporânea, sintetizado por William Alonso na década de 1960. [1b]

Imagem: Àbeiradourbanismo

Essa relação nem sempre amigável entre as estruturas espaciais da apropriação/ocupação do solo para fins urbanos - que remontam aos primórdios das cidades e variam significativamente conforme a época e o lugar - e da moderna acessibilidade urbana - que são essencialmente as mesmas em todo o planeta - constitui a meu juízo um aspecto capital e inescapável do urbanismo de nosso tempo. 
Em artigo recente, escrevi:

 “(..) As forças que regem a organização sócio-espacial das metrópoles modernas não se subordinam, apenas se adaptam na medida da necessidade, aos traçados pré-existentes. A "economia da localização" se sobrepõe mais ou menos despoticamente à "economia da ocupação" segundo regras que lhe são próprias. As leis da organização sócio-espacial urbana são as mesmas, e seus efeitos análogos, na cidade radiocêntrica de Porto Alegre e nos vastos reticulados de Barcelona e Chicago. (..)” [2]


Corrijo-me, agora: as leis da “economia da localização urbana” são as mesmas em todas as cidades modernas, vale dizer construídas pela economia de mercado, mas os efeitos de sua coexistência com as regras da "economia da ocupação do solo” variam - segundo a resistência que esta última lhes ofereça. Em 1903, Hurd postulou tal relação nos seguintes termos: as cidades crescem em todas as direções a partir do ponto de origem salvo quando obstaculizadas pela topografia ou pela estrutura da propriedade fundiária pré-existente. [3] Na década de 1920, Burgess reafirmou o postulado acrescentando, como fatores de resistência, eventuais elementos construídos (ferrovias, aquedutos) e, muito importante, as próprias comunidades previamente assentadas no território. [4] 
Falta acrescentar um aspecto capital: os planos reguladores.

Se defrontadas por um rígido plano regulador de urbanismo, como em Brasília, as leis da economia da localização impor-se-ão à metrópole em expansão como coroa exterior de cidades satélites. 
Brasília - Plano Piloto e cidades satélites
Montagem: Àbeiradourbanismo
  


Montagem: Àbeiradourbanismo
Em face de uma grade parcelária pré-estabelecida, como no caso de Chicago, o arruamento e o reparcelamento do solo para fins urbanos acompanharão a grade e a preferência locacional dos usos residenciais recairá, como observou Burgess num texto de 1929,[5] sobre as principais artérias ortogonais de acesso ao centro de negócios, com a desvalorização relativa dos lotes urbanos situados nas direções diagonais. 
Por esse exato motivo, observou Burgess no mesmo texto, as manchas urbanas de cidades de planície do Meio-Oeste dos EUA tenderam a se expandir em forma de cruz de malta. Nos dois casos citados, Ft. Worth e Columbus, o próprio grid parece ter sido ajustado para deixar aos obstáculos geográficos as direções diagonais. 

Esse efeito é particularmente nítido na expansão das cidades argentinas nascidas do processo de colonização agrícola do Pampa Bonaerense na segunda metade do século XIX, como Chivilcoy, situada a 160km de Buenos Aires. Como mostra o mapa de Qualidade da Vida Urbana de DICROCE et al, [5a] Chivilcoy, com cerca de 56 mil habitantes em 2010, se expande ao longo das ortogonais principais de acesso ao Centro muito mais rapidamente do que nas direções diagonais, inclusive no que tange às quadras de maior qualidade de urbanização, consequentemente de maior rendimento familiar. A expansão da urbanização de melhor qualidade ao norte deriva,
Acréscimos e montagem: Àbeiradourbanismo
provavelmente, da proximidade da Estação Rodoviária, que desde 1975 dá acesso à capital em substituição à Estação Ferroviária Norte. Para as camadas empobrecidas, a acessibilidade ao centro urbano proporcionada pelos prolongamentos das ortogonais principais aparece aqui como determinante absoluto, a despeito da maior distância. A concentração de quadras de urbanização precária a sudeste, por sua vez, estaria relacionada à presença da Estação Ferroviária Sul, que serve a um ramal destinado ao transporte de cargas. 
Na ilustração acima, construída sobre o mapa original de DICROCE et al, são perceptíveis dois aspectos da expansão tendencialmente radio-concêntrica da cidade contemporânea: (1) a distribuição decrescente dos padrões de urbanização e rendimento familiar por coroas circulares e gradientes de preços da terra resultantes; (2) a formação de um “cone de altos rendimentos” [5b] para além do núcleo fundacional na direção norte. A singularidade que distingue Chivilcoy das cidades de crescimento "orgânico" é a ocupação da totalidade (180 graus) do núcleo fundacional pelas famílias de mais altos rendimentos, produto da enorme diferença histórica de padrão de urbanização relativamente ao seu entorno.

Na Barcelona de Cerdà, a comunicação direta e projetualmente privilegiada da cidade medieval-renascentista com a Vila de Gràcia determinou tanto 
Montagem: àbeiradourbanismo
a formação do corredor principal de acesso ao novo centro de negócios (Plaça de Catalunya / Portal de l'Àngel) quanto
 a preferência da localização residencial: o Passeig de Gràcia e a Rambla de Catalunya eram os endereços das mais importantes residências burguesas da primeira metade do século 20. Décadas mais tarde, a cidade radial-concêntrica se manifestaria em sua plenitude, como em todas as demais metrópoles, na configuração de seu sistema de Metrô.


Tal como as redes ferroviária e metroviária, o sistema rodoviário principal da grande metrópole também tende a apresentar a disposição radial-concêntrica determinada pelo princípio geral da menor distância, ou, mais exatamente, da maior acessibilidade das localizações residenciais ao centro urbano principal - superposto, por meio de obras públicas de 
grande envergadura, ao arruamento legado pelos ciclos de parcelamento e ocupação privada do solo que o precederam. [6] 
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Na ausência de ocupação prévia, de obstáculos físicos naturais e construídos, de grandes propriedades e de institutos reguladores, a urbanização de mercado imporá o princípio
Porto Alegre 1928 - linhas de bonde
geral
dos gradientes de custo-distância na forma “pura” da expansão radial-concêntrica – caso clássico da Porto Alegre de inícios do século XX. Abrindo-se em leque para ocupar toda a “coroa de 180 graus de terra firme disponível para a expansão urbana” [6a], a capital pós-colonial formou uma rede orgânica de vias radio-circunferenciais que ensejou a criação, no terceiro quarto do século XX, tanto de seu sistema de vias perimetrais quanto da região de planejamento batizada “cidade radiocêntrica”.

*

Um caso singular de adaptação da estrutura radial-concêntrica às redes urbanas herdadas do passado é o centro comercial e de negócios. Devido às vantagens econômicas da aglomeração, os negócios tendem a se beneficiar da ocupação dos arruamentos pré- ou proto-modernos, mais ou menos irregulares, mas altamente concentrados. Nas palavras de Hurd: 

"Há quem pense que quanto mais larga mais valorizada é a rua, devido à maior capacidade de tráfego. Mas em uma rua comercial, a largura é praticamente irrelevante (..). A pouca largura facilita o intercâmbio entre os dois lados, o que é de alguma forma vantajoso para os negócios quando não implica em limitação à altura dos edifícios". [7]
Boston 1814 (esq, acima), Boston CBD 1896 (esq abaixo) e Devonshire St atual (dir)
Essa propriedade dos arruamentos herdados do passado pré- ou proto-capitalista das metrópoles contemporâneas suscita uma interessante questão: serão os traçados regulares das cidades ex novo, com amplas avenidas centrais, ruas largas e baixa densidade construída um fator historicamente inibitivo do desenvolvimento de suas aglomerações comerciais e, por extensão, da própria economia urbana? 

Cruzamento da Av Soárez com Alvear, centro comercial de Chivilcoy, Argentina
Imagem Google 07-2023 

*

Em sua forma ‘pura’, vale dizer ‘determinada pelos imperativos fundamentais da 'economia da ocupação do solo' e 'da economia da localização urbana’, a estrutura físico-espacial da metrópole capitalista pode ser descrita como uma malha viária radial-concêntrica ‘preenchida’ por uma colcha de retalhos de parcelamentos reticulados de distintos tamanhos e padrões projetuais, tendo ao centro, ou em área contígua ao centro de negócios, o tecido remanescente das cidades pré- e proto-capitalistas. 

Nas metrópoles reais, essa estrutura impõe a sua soberania, que procede do capital em geral, de maneiras infinitamente diversas, amoldando-se aos fatores de resistência geográfica, econômica, social, cultural e política herdados do passado próximo ou distante.


*

Retornando ao artigo que deu origem a essa postagem, a ideia de que “o grid está em declínio” me parece uma dedução meramente circunstancial relacionada, se tanto, às práticas correntes da indústria estadunidense dos loteamentos suburbanos - que orientam a parte final do texto. Relativamente a qualquer outro país, o grid não pode estar em declínio nos EUA: ele é o marco regulador, indelével e indestrutível até onde alcança a perspectiva histórica, de seu singular processo de urbanização, simbolizado nas icônicas imagens de aglomerados de arranha-céus em meio a vastos reticulados urbanos de baixíssima densidade.

Ft. Worth, Texas, década de 1950

___
NOTAS

[1] Britannica 1963 V 5 p 816, “City Planning”

[1a] MUMFORD L (1961), “Capítulo XIV - Expansión Comercial y Disolución Urbana, 4. Los especuladores y el trazado de la ciudad”. La Ciudad en la Historia, Logroño (Esp): Pepitas de calabaza Ed., pp.701-709. [300-304 no link abaixo]
https://istoriamundial.files.wordpress.com/2013/11/la-ciudad-en-la-historia_lewis-mumford.pdf

[1b] ABRAMO P (2001) Mercado e Ordem Urbana: do caos à teoria da localização residencial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil 2001, pp. 65-87

[2] JORGENSEN P, “Porto Alegre cidade radiocêntrica (1)”. À beira do urbanismo (blog) 09-04-2019. https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2019/04/porto-alegre-cidade-radiocentrica-1.html

[3] HURD R M, Principles of City Land Values. New York, Record and Guide 1903
https://archive.org/.../principlesofcity.../page/n4/mode/1up

[4] BURGESS E W, “The Growth of the City: An Introduction to a Research Project", em BURGESS, E W e PARK R E, The City:Suggestions for Investigation of Human Behavior in the Urban Environment, The University of Chicago Press, 1984: Chicago e Londres
http://shora.tabriz.ir/Uploads/83/cms/user/File/657/E_Book/Urban%20Studies/park%20burgess%20the%20city.pdf

[5] BURGESS E W, "Urban Areas", em SMITH e WHITE, Chicago, An Experiment in Social Sciences Research, Chicago: University of Chicago Press 1929, pp 113-138

[5a] DICROCE L et al 2008, “Implementación de un Modelo de Calidad de Vida Urbana (MCVU). Caso de estudio: Chivilcoy”. IDEHAB, Universidad Nacional de La Plata.
http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/94194

[5b] SABATINI F (2003),”La segregación social del espacio en las ciudades de América Latina”. Documentos del Instituto de Estudios Urbanos y Territoriales, Serie Azul Nº 35, Julio 2003, p. 25.

[6] JORGENSEN P, “Porto Alegre cidade radiocêntrica (1)”. À beira do urbanismo (blog) 09-04-2019. https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2019/04/porto-alegre-cidade-radiocentrica-1.html

[6a] [4] VILLAÇA F, Espaço Intra-Urbano no Brasil Cap 5 “A estrutura urbana básica”, p. 132.

[7] HURD R M, Principles of City Land Values. New York, Record and Guide 1903
https://archive.org/.../principlesofcity.../page/n4/mode/1up


2023-03-01

terça-feira, 21 de julho de 2020

Baluarte da habitação social

Deu no UOL Economia
17-07-2020, por Feargus O'Sullivan / Bloomberg
Barcelona tem nova arma para desapropriar apartamentos vazios 
 
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Barcelona recorreu a uma nova arma na tentativa de aumentar moradias disponíveis para aluguel na cidade: o poder de obrigar a venda de propriedades vazias. Nesta semana, o departamento de habitação de Barcelona escreveu para 14 empresas que coletivamente são proprietárias de 194 apartamentos vazios avisando que, se não encontrarem um inquilino no próximo mês, a cidade poderá tomar posse desses imóveis, com remuneração pela metade do valor de mercado. Essas unidades seriam alugadas pela cidade como moradia pública para inquilinos de baixa renda, enquanto as empresas em questão também estariam sujeitas a multas entre 90 mil e 900 mil euros (US$ 103 mil e US$ 1 milhão), de acordo com a mídia espanhola. O plano tem como base medidas anteriores adotadas pela cidade para ocupar apartamentos vazios. Desde 2016, municípios da região da Catalunha, que inclui Barcelona, têm poder legal para assumir o controle de propriedades que estão sem inquilinos por mais de dois anos. As cidades podem alugá-las como moradias populares por um período de quatro a dez anos antes de devolvê-las ao controle dos proprietários. (Continua)

2020-07-21

terça-feira, 5 de março de 2019

Barcelona més que mai

Deu no 20 minutos (Catalunha) 
04-03-2019, por EFE 
https://www.20minutos.es/noticia/3578191/0/barcelona-multa-fondos-buitre-pisos-vacios
Barcelona multa con 2,8 millones a dos fondos buitre por tener pisos vacíos
Imagem: Europa Press / 20 minutos
El Ayuntamiento de Barcelona cerrará esta semana con sanciones que suman 2,8 millones de euros dos expedientes a dos sociedades (fondos buitres) por tener desde hace más de dos años dos edificios enteros con un total de 24 pisos vacíos, en aplicación de la ley catalana de vivienda.
La alcaldesa de la ciudad, Ada Colau, ha anunciado estas multas, las más altas impuestas para penalizar el mal uso de la vivienda desde que en 2007 se aprobó la ley catalana, en declaraciones a la cadena Ser.
Colau ha subrayado que estas multas no responden a una voluntad recaudatoria, sino que quieren que los propietarios "entiendan el cambio de lógica y pongan en alquiler asequible estas viviendas", ya que la ley no permite su expropiación forzosa en estos casos, de la que se ha manifestado partidária. (Continua)

Acesse a matéria completa pelo link
https://www.20minutos.es/noticia/3578191/0/barcelona-multa-fondos-buitre-pisos-vacios

2019-03-04

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

AirbnBarcelona

Deu no Ara.cat (Catalunha)
14-02-2019, por Pablo Feu – Advogado 
https://www.ara.cat/opinio/Pablo-Feu-Contra-canibalisme-habitacional_0_2180182171.html

La deriva cap al canibalisme habitacional
(..) Hi ha ciutadans que es veuen obligats a retroalimentar un model depredador en el seu propi perjudici
Imagem: Theodor de Bry 1593 
Domínio Público
(..) Si contraposo aquestes dades amb la realitat del que avui està passant a la ciutat en matèria d’habitatge, constato que (..) aquest nínxol de mercat és creixent perquè el turisme de negocis i d’oci a la ciutat també ho és, i això està fent que els immobles d’habitatges de la ciutat que Airbnb podrà gestionar els estiguin adquirint inversors immobiliaris per treure’n tota la rendibilitat possible. Que aquesta rendibilitat supera àmpliament el que pot pagar pel lloguer d’un pis una unitat familiar convencional que vulgui implantar la seva residència habitual a la ciutat, perquè els seus ingressos no s’incrementen. Que l’augment dels preus de lloguer està forçant els habitants habituals de la ciutat a canviar de barri o, fins i tot, a marxar-ne cada cop que expira el termini del seu contracte de lloguer. I que aquesta situació aboca al canibalisme habitacional, que apareix quan qui no pot afrontar els preus de lloguer imposats pel mercat claudica, lloga un habitatge i en relloga les habitacions amb Airbnb, de manera que retroalimenta un model depredador en el seu propi perjudici i en benefici de qui l’està imposant, i que aprofita aquesta desesperació per dir que col·labora.

Acesse a matéria completa pelo link
https://www.ara.cat/opinio/Pablo-Feu-Contra-canibalisme-habitacional_0_2180182171.html


2019-02-15



sábado, 29 de setembro de 2018

República de Barcelona


Deu no La Vanguardia online
28-09-2018, por Redação
https://www.lavanguardia.com/local/barcelona/20180928/452063070352/barcelona-ratifica-que-el-30-de-nuevos-edificios-sean-vivienda-protegida.html

Barcelona ratifica que el 30% de nuevos edificios sean vivienda protegida
Imagem: www.airpano.com
El pleno de Barcelona de este viernes ha ratificado la norma que obligará a los promotores de vivienda de Barcelona a destinar el 30% a pisos protegidos, con los votos de BComú, PDeCAT, ERC, PSC, CUP y los concejales no adscritos Gerard Ardanuy y Joan Josep Puigcorbé, mientras que Cs se ha abstenido y el PP ha votado en contra.
La medida consiste en modificar el Plan General Metropolitano (MPGM) para reservar a vivienda de protección oficial (VPO) el 30% de promociones residenciales de 600 metros cuadrados de nueva construcción o reforma: ahora se elevará a la subcomisión de Urbanismo de la Generalitat, y entraría en vigor cuando lo publique el Boletín Oficial de la Provincia de Barcelona (Bopb). (Continua)
2018-09-29


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Roteiro para as metrópoles do século XXI?

Deu no El País Cataluña online
17-01-2016, por Clara Blanchar

Aumenta la brecha económica entre los barrios de Barcelona

Montagem: À beira do urbanismo
Imagem original: Internet

(..) El barrio más rico, Pedralbes, lo es todavía más que el año anterior. Tiene una renta de 251,7 sobre una media de 100. Y la renta en el barrio más pobre, Trinitat Vella, baja: de 38,5 a 34,7. Es decir, si hace un año la riqueza de los vecinos más ricos multiplicaba por 6,3 la de los más pobres, ahora la multiplica por 7,2. 
(..) Los datos también muestran con crudeza cómo la brecha social [ha] dado un salto negativo durante la crisis. El año 2007 sólo había seis barrios muy pobres y cinco muy ricos. Siete años más tarde, los barrios muy pobres son 19 y los muy ricos, ocho.

Acesse a matéria completa pelo link


2016-01-20