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domingo, 12 de novembro de 2023

Os dois lados da moeda


The Guardian 01-11-2023
https://www.theguardian.com/uk-news/2023/nov/01/london-financial-district-to-receive-11-extra-towers-by-2030


Cara
"(..) A concentração do crescimento urbano nas grandes metrópoles nacionais não é uma opção cultural, mas uma imposição da competição econômica global - que continuará tão ou mais encarniçada do que antes. (..) Os grandes proprietários de escritórios e terrenos em localizações centrais hipervalorizadas (CBDs) não se renderão, portanto, tão facilmente. E eles podem esperar. Se a recuperação econômica acontecer, ainda que lentamente, os escritórios acabarão sendo ocupados mesmo que parte dos trabalhadores permaneçam em home-office – que, aliás, tende a ser apenas parcial. Pode haver um período relativamente longo de altas taxas de vacância e alguma baixa de preços e alugueis. Mas a conversão desses edifícios para habitação pela via do mercado é muito cara para tornar-se lucrativa e a opção de produzir moradia nova nessas localizações só atende a uma parcela bastante específica e relativamente restrita da demanda. (..) O que me parece provável (..) é que toda essa crise, que traz consigo o aumento da pobreza e da insegurança laboral, esteja acelerando processos de deterioração e abandono progressivo de edifícios comerciais situados em localizações "sub-prime" dos grandes centros. E nesse caso, como sabemos, ou as prefeituras intervêm a tempo para transformá-los em habitação decente necessariamente subsidiada ou eles acabarão sendo ocupados como habitação precária." *


Coroa
Pelo andar da carruagem**, são 11 torres comerciais adicionais a serem retrofitadas, digamos em 2040, para o uso residencial ou misto a preços de mercado, com generosos subsídios públicos.

2023-11-12

_______
* “15 minutos de prudência”, À beira do urbanismo 18-05-2021

** “Biden administration pushing cities to convert empty offices into housing”, Business Report (Associated Press) 27-10-2023
https://www.businessreport.com/realestate/biden-administration-pushing-cities-to-convert-empty-offices-into-housing

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Um passo à frente, dois atrás


G1 Economia 25-08-2020
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/08/25/piora-economica-deve-empurrar-38-milhoes-de-domicilios-para-as-classes-d-e-e-neste-ano.ghtml
Montagem: Àbeiradourbanismo

Na terminologia do urbanismo colombiano, 3,8 milhões de domicílios passarão do "estrato socioeconómico medio" para os "estratos medio-bajo y bajo". Parte desse contingente expandirá as periferias sub-urbanizadas, parte intensificará a deterioração física do estoque imobiliário das regiões centrais.

Uma pergunta crítica é: como evitar que as políticas urbanas redistributivas, elas próprias compensatórias da concentração persistente da renda, sejam ciclicamente revertidas pela crises recessivas?

2020-09-01

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Famílias de baixo padrão

Deu no DL News 22-01-2020, por Fernanda Lacerda /FolhaPress
Capacidade de financiar imóvel dos mais pobres caiu 25%
Montagem: À beira do urbanismo
imagens originais: Internet
A capacidade de conseguir um financiamento imobiliário piorou para a metade mais pobre da população entre 2017 e 2018 e, mantida as tendências atuais do aumento da desigualdade, a situação deve seguir se deteriorando.
A análise é dos economistas do Observatório Brasileiro de Crédito Habitacional Henrique Bottura Paiva (pesquisador da UNB e da Fipe) e José Pereira Gonçalves, também  ex-superintendente da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip). (..)

2020-02-05

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Interessante …

Money Times 02-09-2019, por Avelino Andrade

Imagem: Internet
Economia estagnada não barra crescimento do mercado imobiliário brasileiro


(..) Diante de previsões de baixo crescimento do PIB para 2019, balança comercial estagnada, inadimplência em alta, crédito curto e taxas de desemprego que não dão sinais de distensão, investir com sabedoria é uma prerrogativa mais do que necessária.

O número de investidores em fundos imobiliários, por sua vez, mais que dobrou nos últimos 12 meses, segundo a B3, superando a marca de 317 mil pessoas em abril, em um crescimento de 10,6% em relação ao mês anterior. 

(..) Mas, o mercado imobiliário não está em baixa? Ao contrário, ele dá todos os sinais de que é o fim definitivo do biênio negro do setor (2016/2017). Um levantamento feito pela Cbic – Câmara Brasileira da Indústria da Construção – revela aumento de quase 10% na venda de imóveis residenciais entre janeiro e março deste ano, em comparação ao mesmo período de 2018. (..) 

2019-09-02

terça-feira, 28 de maio de 2019

Ressaca olímpica


Deu n’O Globo / Rio
27-05-2019, por Rafael Galdo
Despesas com obras de infraestrutura do estado do Rio recuam a níveis da década passada
Em tempos de um Rio que não consegue conservar estradas, túneis e nem hospitais, o que dirá realizar novas obras.
A desaceleração nos investimentos públicos — que atinge todas as esferas de governo — está refletida nas contas do estado, com um recuo a patamares da década passada. Em 2018, as despesas liquidadas com atividades e projetos relacionados à infraestrutura (como construções, reformas e ampliações) fecharam perto de R$ 1,8 bilhão, pouco abaixo dos R$ 2 bilhões de dez anos antes, em valores corrigidos pela inflação.
Há sinais da asfixia vindos também da prefeitura da capital. Ano passado, os investimentos em geral (em todos os setores) representaram apenas 2,63% (ou R$ 760 milhões) das despesas totais do município, frente aos 18,98% (R$ 5,1 bilhões) de 2015. Nessa marcha lenta, sua principal intervenção em andamento, o BRT Transbrasil, se arrasta desde 2015. (Continua)
2019-05-28


quinta-feira, 4 de abril de 2019

Sua Casa Minha Vida (2)

Deu no Sindsep PE
02-04-2019, por Sindsep
Construtoras do Minha Casa, Minha Vida ameaçam demitir 50 mil
Montagem: à beira do urbanismo
Imagem: Internet
Sob alegação de atrasos no repasse de pagamentos devidos pelo Governo Federal, construtoras que atuam no programa Minha Casa, Minha Vida avisaram ao Palácio do Planalto que vão começar a demitir trabalhadores. Empresários falam em dispensar até 50 mil empregados nos próximos dez dias. A dívida seria de R$ 450 milhões.
Dados Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) indicam que o Minha Casa, Minha Vida representa dois terços do mercado imobiliário brasileiro. O setor da construção chegou a empregar 3,4 milhões de pessoas, mas atualmente emprega 2 milhões. 
O porta-voz do recado dos construtores foi o presidente da CBIC, José Carlos Martins, enviou mensagens aos ministros da Casa Civil, do Desenvolvimento Regional e da Economia informando que “não consegue mais segurar o pessoal”. (Continua)
2019-04-04

domingo, 17 de março de 2019

Sua Casa Minha Vida

Época 14-03-2015, por Guilherme Amado
https://epoca.globo.com/guilherme-amado/construcao-civil-apela-rodrigo-maia-para-salvar-minha-casa-minha-vida-23521107
Montagem: À beira do urbanismo
Imagem original: Internet

Construção Civil Apela a Rodrigo Maia para Salvar Minha Casa, Minha Vida 

José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Industria da Construção, propôs ontem a Rodrigo Maia que a Câmara faça um debate sobre os dez anos do Minha Casa, Minha Vida, e o que se quer para o futuro do programa.

Embora a Câmara frise que o objetivo seria comemorar os dez anos do programa, é claro que o evento seria uma maneira de sinalizar para o governo a importância da política pública, diante da reformulação do Minha Casa, Minha Vida, que vem sendo discutida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.

Na conversa, o setor também pediu agilidade na aprovação da reforma da Previdência.

2019-03-17

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Rule of thumb down

Deu no UOL Economia
18-02-2019, por Douglas Gavras / Estadão conteúdo
Crise aposentou ‘regra de ouro’ para aluguel
A crise do mercado imobiliário nos últimos anos, a dificuldade na venda de unidades e a grande oferta de imóveis para locação fizeram a "regra de ouro" usada para calcular o preço do aluguel ficar ultrapassada. Hoje, o valor a ser cobrado pelo aluguel de um imóvel é motivo de preocupação para muitos proprietários --é preciso achar um ponto de equilíbrio entre quanto o dono gostaria de cobrar pelo aluguel e quanto o futuro inquilino está disposto a pagar. 
Esse cálculo sempre envolve comparação de preços de imóveis semelhantes, consulta a corretores e jogo de cintura na hora de negociar com o novo locatário. O mercado costumava usar como regra uma conta simples: a referência era cobrar pelo aluguel cerca de 0,5% do valor de venda do imóvel. Por essa conta, um apartamento avaliado em R$ 500 mil poderia ser alugado por cerca de R$ 2,5 mil.
Durante os anos de crise, que afetaram duramente o setor, os preços de venda pararam de subir e o mercado de locação foi inundado por imóveis que não foram vendidos, fazendo com que os reajustes de aluguel variassem bem abaixo da inflação. (Continua)

Acesse a matéria completa pelo link

2019-02-19


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Fodidos e mal pagos

Deu no El País
02-01-2011, por José García Montalvo
Devolver el piso y saldar la hipoteca

https://www.dailymail.co.uk/news/article-2897562/When-poverty-meant-poverty-Impoverished-Victorians-revealed-photographs-workhouse-residents-eating-dinner-coffin-beds-inside-shelter.html  


Desde hace bastantes meses, el endeudamiento de algunas economías europeas, incluyendo la española, está bajo la atenta mirada de los mercados. Los casos de países pequeños como Irlanda o Islandia son bien conocidos. En el caso español, el endeudamiento total sobre el PIB, en torno al 350%, está en el medallero del mundial de grandes economías, detrás de Japón (470%) y Reino Unido (490%). Sin embargo, hay diferencias importantes en la composición de dicho endeudamiento: mientras en Japón es la deuda pública la que pesa como una losa, en el Reino Unido la mayor contribución corresponde a las instituciones financieras. En el caso español, el endeudamiento de empresas no financieras ocupa la primera plaza de las grandes economías. Solo países con mucho menor peso económico, como Irlanda o Portugal, están por encima. Del endeudamiento de las sociedades no financieras, una parte corresponde a la financiación de grandes multinacionales españolas. Sin embargo, otra parte está enterrada en el sector inmobiliario español. Esta es la parte preocupante. (..)

La cuarta fórmula para hacer frente al sobreendeudamiento hipotecario es la dación en pago: devolver la vivienda y saldar la deuda. Asociaciones de consumidores, movimientos sociales, etcétera, proponen esta medida. Incluso Convergència i Unió (CiU) llevó hace unos días esta propuesta al Pleno del Congreso de los Diputados, encontrando la oposición frontal del grupo socialista. En la actualidad, los productos hipotecarios en España son generalmente préstamos personales con garantía hipotecaria. Esto quiere decir que si el cliente no puede pagar y devuelve una vivienda cuyo valor de mercado es inferior a la deuda (según Standard & Poor's, esto ya sucede en un 8% de las hipotecas españolas), aún debe la diferencia. No parece conveniente cambiar las reglas del juego a estas alturas para las hipotecas ya concedidas. Si los contratos incluyen cláusulas abusivas, hay que denunciarlas, pero la condición básica del contrato es clara y conocida. (Continua)

2011-01-03