![]() |
Foto e legendas: Arq Marcos Moraes de Sá Fonte: Facebook 14-02-2024 https://www.facebook.com/photo/?fbid=7866026566746502&set=a.103392296343340 |
![]() |
Foto e legendas: Arq Marcos Moraes de Sá Fonte: Facebook 14-02-2024 https://www.facebook.com/photo/?fbid=7866026566746502&set=a.103392296343340 |
Todo estudo que se debruce sobre uma cidade nova tem diante de si a oportunidade de observar alguns fenômenos em um contexto que evidencia de forma mais latente as contradições entre o projetado (desejado) e o realizado (materializado). Aqui, o objeto de análise é Palmas, capital do então recém-criado estado brasileiro do Tocantins, concebida por arquitetos e inaugurada no final do século 20 a toque de caixa em um movimento de ocupação da região norte do país.(..)Parte-se da hipótese de que o projeto de Palmas representa um interessante paradoxo, ao reforçar paradigmas da cidade modernista, embora no discurso do plano a negasse plenamente. Conforme descrito em seu memorial, buscava-se revogar atitudes radicais racionalizadoras, bem como setorizações e imposições contra a natureza. No entanto, o traçado, o arranjo das funções e as espacialidades construídas resultaram numa cidade de uma tediosa quadrícula cartesiana em que a falta de usos combinados, a monotonia da repetição, a negação da rua e da calçada e a total priorização do transporte motorizado individual terminaram por moldar o inverso do que se pretendia. (..)
2023-08-25“(..) hoje, ao invés de espaços de inclusão de pessoas de origens e culturas diversas, nossas cidades globalizadas estão expulsando as pessoas e a diversidade. Seus novos proprietários, muitas vezes habitantes de tempo parcial, são bastante internacionais - o que não significa que representam culturas e tradições diversas, mas sim a nova cultura global do sucesso. Eles são incrivelmente homogêneos, não importa quão diversos em termos de nacionalidade e idioma. Não são os cidadãos que nossas cidades grandes e diversificadas produziram historicamente. São, acima de tudo, cidadãos do “mundo corporativo” global.” (Sassen Saskia, “Who owns our cities - and why this urban takeover should concern us”. The Guardian online, 24-11-2015*)
![]() |
Rodoviária
de Jaú, 1973, arquiteto Vilanova Artigas |
“(..) Desde os primórdios da república um dos pilares desta pretensa modernização nacional foi a tentativa de implementação de um sistema rodoviário capaz de interligar o território nacional. Buscava-se, através da rodovia, romper com a condição de arquipélago agrário-exportador historicamente constituído no território nacional. Neste plano de modernização nacional composto também pela industrialização e urbanização, a estação rodoviária colocava-se como materialização espacial deste fenômeno nas cidades brasileiras.
Não parece, portanto, fortuita a decisão de Lucio Costa na implantação da Plataforma Rodoviária, “transformando o próprio centro geométrico da cidade em terminal local e interestadual; de certa maneira sendo Brasília a capital, é quase como se postulasse um centro do país”. Costa propunha mesclar a função do terminal rodoviário com a própria cidade, nas palavras do arquiteto a Plataforma deveria ser “o centro de diversões da cidade (mistura em termos adequados de Piccadilly Circus, Times Square e Champs Elysées)”.
Esta concepção urbana proposta por Lucio Costa se repetiria na construção das novas estações rodoviárias.” (Continua)
Fascinantes edificios modernistas y ‘art déco’ de Madrid
![]() |
Cine Barceló, Madri Foto Silvia Álvarez/El País |
CINE BARCELÓ
El cine era el espectáculo moderno de la época y sus templos ocuparon una parte importante en el trabajo del ya conocido miembro de la Generación del 25, Gutiérrez Soto. El Barceló es su cuarta sala dedicada al séptimo arte, y él mismo la consideró como una de las más logradas de la arquitectura racionalista madrileña. En sintonía con las obras de Mendelsohn, destacan las franjas horizontales de su fachada que recuerda la iconografía naval. Su terraza también se diseñó para exhibir películas al aire libre. Pero la actividad cinematográfica y su interior se transformaron, dando paso ahora a una discoteca que, tras varias denominaciones, ha retomado la original y ahora se hace llamar Teatro Barceló.
El Cine Europa, la desaparecida piscina La Isla o el antiguo aeropuerto de Madrid fueron algunos otros proyectos suyos.
Fecha: 1930 Arquitecto: Luis Gutiérrez Soto Dirección: calle Barceló, 11. Madrid
Le Havre, a short break built on concrete chic
Le Havre is celebrating its 500th anniversary, but its architectural gems are modern masterpieces built from the ashes of war – and now a world heritage site
![]() |
Avenida Foch, Le Havre Fonte: The Guardian |
Few cities make you want to stroke their walls, but in Le Havre it’s hard to resist caressing the concrete. All but obliterated by allied bombing in the second world war, France’s second-largest port city was entirely rebuilt according to the meticulous vision of Auguste Perret, supreme master of liquid stone and tutor of Le Corbusier.
It is a place where concrete is treated with the care and attention usually given to fine timber panelling, where joints between columns and beams are expressed with the precision of carpentry, where surfaces are variously polished, bush-hammered, washed and brushed, creating tactile textures that range from gnarled rock face to lustrous velvet. Anyone yet to be convinced that concrete can be beautiful might find a weekend in Le Havre does the trick.
![]() |
Centro Cultural Le Havre - Le Volcan (O Vulcão), inaugurado em 1982. Projeto Oscar Niemeyer |
Celebrating its 500th anniversary this year, Le Havre is promoting itself as something of an architectural hotspot, home not only to Perret’s celebrated master plan, but also as home to one of the few European projects by the great Brazilian architect Oscar Niemeyer in the form of Le Volcan, a swooping white volcano-shaped theatre, nicknamed the “yoghurt pot”. There are a clutch of other recent buildings in the docklands too, including a fun swimming pool and spa, Les Bains des Docks, by Jean Nouvel (only skin-tight trunks or Speedos allowed), a brooding black wedge of a naval college, and some rather grim student flats in shipping containers – the usual mixed bag of waterfront regeneration, which only serves to throw the elegance of the town centre into relief.
As one of the few modern sites to be given Unesco status, the 130-hectare centre of Le Havre stands as a hymn to the mid 20th-century faith in modular construction and prefabrication. It is a serene place of broad avenues lined with slender colonnades of tapering columns, supporting finely proportioned blocks of apartments above, in shades of cream, terracotta and ochre. Look closely and you’ll spot the attention to detail, like the faceted geometric column capitals which vary from street to street, and the careful concrete panelling – echoing skirting boards, dado rails and wainscoting – that lines the buildings’ entrances. (Continua)