Mostrando postagens com marcador Grandes Projetos Urbanos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Grandes Projetos Urbanos. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Trabalho de Sísifo

The “Big Dig” was the largest, and most expensive, highway project of its kind in the United States. It included 7.8 miles of highway (161 lane-miles in all), about half of which tunnel under the city and its harbor. (..) The project was the result of more than 30 years of planning and 12 years of construction. (..) Its initial estimated cost was $2.56 billion. Estimates increased to $7.74 billion in 1992, to $10.4 billion in 1994, and, finally, $14.8 billion in 2007—more than five times the original estimate. The reported reasons for the cost escalation included inflation, the failure to assess unknown subsurface conditions, environmental and mitigation costs, and expanded scope. (..)

O maior feito do urbanismo dos anos 1990/2000 foi desconstruir o suporte material da expansão urbana dos 50 anos anteriores - para revalorizar as áreas centrais! 

Pois não se passaram nem 25 e já tememos que as novas áreas centrais estejam entrando em um novo ciclo de declínio causado pela mudança dos paradigmas da economia urbana.

A exemplo de Nova York, poderemos ver imobiliárias de Boston, que gastou 22 bilhões de dólares (atualizados) para construir o Big Dig e revitalizar o Centro, sugerindo subsídios públicos para converter endereços comerciais em edifícios residenciais. 

Talvez nem precisemos ir tão longe: o Rio de Janeiro já está subsidiando a construção e o retrofit habitacionais no Centro da cidade em troca de m2 de construção adicional na Zona Sul - um método mais de acordo com as nossas tradições.

As grandes metrópoles, asseguram-nos as agências internacionais de desenvolvimento, respondem pela criação da imensa maior parte da riqueza planetária. O problema é que essa riqueza, que se concentra a níveis nunca vistos, cresce junto com deseconomias megalopolitanas nunca contabilizadas, mas invariavelmente alocadas na rubrica dos custos públicos.

Mais do que um novo paradigma, precisamos é de mudar de fase.

2023-08-09

sexta-feira, 26 de março de 2021

Cidade Maravalleyosa

Deu na Portos e Navios / Clipping
21-03-2021, por Rennan Setti / O Globo
‘Porto Maravalley’, o projeto que quer transformar o Porto do Rio em polo de start-ups
Foto: D J Slater 06-2011

A Invest Rio, agência de atração de negócios da prefeitura, tentará uma saída para a crise do Porto Maravilha. Junto com a aceleradora Fábrica de Startups, criou um grupo de trabalho que deve elaborar um plano executivo para transformar a região em um polo de empresas inovadoras.

Participam do comitê nomes como Hudson Mendonça (MIT Reap), Ricardo Geromel (ex-Forbes e analista da 3G Radar) e José Aranha (Anprotec).

Além de atrair empresas, o projeto deve prever a conversão de imóveis vagos na região em moradias de co-living e apartamentos para quem trabalha em start-ups. (..)


2021-03-26


sexta-feira, 10 de abril de 2020

Grandes Projetos Urbanos na UE: atualização

El Economista / Espanha 21-08-2019, por Alba Brualla

Así son los grandes desarrollos urbanísticos de Europa 
Clique na imagem para ampliar

(..) al igual que en Madrid nuevo Norte con la estación de Chamartín, el origen del caso emblemático de King's Cross, en Londres, fue actualizar, integrar y poner en valor una gran estación ferroviaria dentro del entramado de la ciudad. Este desarrollo, cuyas obras arrancaron en 2007 supuso la creación de crean más de 10 hectáreas de parques y espacios públicos mediante el desmantelamiento de las vías.

También Europacity, en Berlín, se vincula a la estación central de la ciudad, situada a sólo un kilómetro del centro histórico, por lo que en este caso se ha buscado dotar a esta zona de un carácter propio, creando un nuevo barrio entorno a la estación con usos mixtos, zonas verdes y culturales, cambiando totalmente la primera imagen de la ciudad que se llevan los turistas que llegan en tren. Otro caso representativo es Porta Nouva, en Milán. Un proyecto de regeneración urbana que sirve de puerta de enlace para conectar tres barrios antes separados del centro de Milán a través de amplias zonas verdes y peatonales. Así, se ha reconvertido una zona antes ocupada por antiguos almacenes de tren en un nuevo distrito de usos mixtos, con una importante zona residencial de viviendas.

En Frankfurt está el ejemplo de Europaviertel, cuya construcción arrancó en 2005 y supuso el desmantelamiento de gran parte de la playa de vías para reconvertir los antiguos espacios industriales y ferroviarios del distrito de Gallus en un área con mezcla de usos residencial y de negocios, conectados por un gran parque. Así, se logró transformar una zona degradada en uno de los distritos más modernos de la ciudad. (..) 

2020-04-10

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Projeto urbano ou negócio imobiliário?

El País Economía 26-09-2019, por Iñigo de Barrón

El BBVA negocia ceder el control de la Operación Chamartín a Merlin Properties

Operação Chamartín, Madrid
El BBVA ultima los detalles de la cesión de los derechos de propiedad de Distrito Castellana Norte (DCN) a la inmobiliaria Merlin Properties en la mayor operación inmobiliaria de España y que también puede serlo de Europa, según fuentes cercanas a la operación y tal como adelanta Cinco Días.

Las dos partes llevan semanas negociando los detalles del acuerdo sobre este proyecto, conocido como la Operación Chamartín, entre los que se encuentra que el BBVA pasará a tener un porcentaje muy pequeño del capital de la empresa resultante, alrededor del 2%. No obstante, el banco ha impuesto los detalles del desarrollo del proyecto, según fuentes cercanas a la operación. Hasta ahora, el BBVA controla el 75% del capital de DCN y la constructora San José el 25% restante. El proyecto, del que tres cuartas partes se destinarán a usos públicos, tendrá viviendas, oficinas, locales comerciales, equipamientos y zonas verdes. Está desarrollado en 45.000 folios y 1.200 planos, lo que da una idea de la magnitud del proyecto.

Según las fuentes consultadas, el BBVA supervisará el desarrollo de la operación hasta el final, que puede llegar dentro de 25 años por la complejidad del proyecto. En el desarrollo previsto no pasa por realizar operaciones especulativas, siguiendo el modelo de Canary Wharf de Londres, el gran complejo de negocios. (..) 

2019-10-12

domingo, 19 de maio de 2019

Cidade inteligente, enclave privado (2)

Deu na BBC News 
18-05-2019, por Jane Wakefield 
https://www.bbc.com/news/technology-47815344
The Google city that has angered Toronto
That would include autonomous cars, innovative ways to collect rubbish and shared spaces for communities to come together in new ways.

Sidewalk Toronto’s vision for urban development (Sidewalk Toronto)
Fonte: Yahoo FinanceClique na imagem para ampliar

Sidewalk Labs, a sister company to Google, had earmarked disused land in Toronto, Canada for this bold urban experiment, which it hoped would become a model for other cities around the world.
The fact that it would be collecting a lot of data from sensors placed all around the harbourside development unsettled some.Now many are asking whether a private firm should take charge of urban improvement at all.
(..)
This group [Block Sidewalk] was formed because leaked documents in the Toronto Star suggested Sidewalk Labs had a far grander vision than the 12-acre (48,500-sq m) site it had talked about. We were concerned that we were not getting transparency," Ms Wylie told the BBC.
The article she refers to alleged that the Google-affiliate wanted to build a much bigger neighbourhood at Quayside and provide new transport for it.
In return for its investment it wanted a share of property taxes, development fees and increased value of city land that would normally go to the city.
This has not been disputed by Sidewalk Labs. (Continua)

2019-05-19

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Grandes Projetos Urbanos: Porto Maravilha, por Sarue

Publicado em Scielo / Dados vol.61 no.3 Rio de Janeiro Jul/Set 2018
Por SARUE Betina*
http://dx.doi.org/10.1590/001152582018168

Quando grandes projetos urbanos acontecem? Uma análise a partir do Porto Maravilha no Rio de Janeiro

(..) o Porto Maravilha apresenta um arranjo institucional e orçamentário complexo que passou por um longo período de formulação até se instituir a partir de instrumentos inovadores. O caso mostra que o projeto acontece apenas quando há um processo de encaixe institucional que inclui um modelo inovador de política urbana. A utilização da venda de solo virtual como principal instrumento de financiamento atrelada à criação de fundos de investimento imobiliário com aporte inicial de um banco público federal em contrapartida à cessão de terras da União, a criação de uma empresa mista para coordenação da política, a contratualização dos investimentos em uma PPP de obras e serviços e a duração de 15 anos estabelecem um modelo de política urbana que agrega interesses dos principais atores envolvidos, formando uma coalizão de apoio ao projeto.

O caso evidencia, portanto, a importância de analisar o desenho institucional do grande projeto urbano para compreender as condições de sua realização e seu impacto sobre a governança urbana, trazendo luz a variáveis institucionais e políticas, além das condições econômicas amplamente debatidas pela literatura. Com isso, destaca questões fundamentais para que estudos de grandes projetos urbanos abordem a realização de tais projetos, tais como o insulamento, a divisão de riscos e oportunidades e a responsabilidade de regulamentação e os impactos do arranjo sobre a governança urbana. A complexidade dos arranjos requer análises de atores e espaços decisórios que, aliadas aos contextos locais, permitam um entendimento sobre os múltiplos interesses em jogo e sobre o desenrolar da política.

A literatura sobre grandes projetos urbanos tem a ganhar com as contribuições oriundas dos estudos de governança urbana, em especial sobre novos arranjos institucionais. O debate sobre a divisão de tarefas entre mercado e Estado no marco desses modelos, bem como a composição múltipla de atores e de arenas decisórias e as análises sobre participação social nos projetos são pontos fundamentais que poderão se desdobrar em novas agendas de pesquisa, a fim de compreender os impactos dos diferentes arranjos nos resultados da política. Essas condições, ao contrário de isoladas dos marcos econômicos, oferecem ferramentas para compreender a forma como se organiza a disputa entre atores em torno da captura do processo de valorização da terra, que são imprescindíveis para o debate sobre o caráter redistributivo ou concentrador desses projetos como uma agenda de pesquisa futura à literatura especializada. (Continua)

___
*Centro de Estudos da Metrópole, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEM / CEBRAP), São Paulo, SP, Brasil. 

2018-11-08



quinta-feira, 5 de julho de 2018

Com os burros n'água

Ademi na imprensa / O Globo 05-07-2018, por Luiz Ernesto Magalhães 

Porto sem fundo 
Montagem à beira do urbanismo
Imagens originais Internet
Idealizado como uma Parceria Público-Privada (PPP) que viabilizaria uma revolução urbana sem o uso de recursos públicos, o projeto Porto Maravilha já custou R$ 280,5 milhões à prefeitura desde junho de 2016. E os gastos vão aumentar. Com a saída, na semana passada, da concessionária que cuidava da área de um milhão de metros quadrados - o equivalente aos bairros de Copacabana e Leme -, o município teve que assumir os serviços de limpeza, operação de trânsito, iluminação pública e manutenção de vias, uma despesa que pode chegar a R$ 140 milhões por ano, de acordo com o previsto no contrato de concessão.

O projeto está à deriva porque o Fundo Imobiliário administrado pela Caixa Econômica Federal, que deveria financiar as obras de infraestrutura e a manutenção, encontra-se insolvente há dois anos. Por isso, deixou de repassar recursos à Concessionária Porto Novo. A prefeitura já teve que injetar dinheiro na PPP em dois momentos. No início de 2017, o município pagou R$ 62,5 milhões, a fundo perdido, para ressarcir despesas com conservação. Depois, a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (Cdurp), ligada à prefeitura, comprou R$ 218 milhões em cotas do fundo, tornando-se "sócia" do negócio. Agora, o sistema de financiamento voltou a naufragar, e a concessionária deixou o projeto. (..).

2018-07-05

Veja mais sobre o Porto Maravilha no "Dossiê Porto do Rio", coluna à esquerda, e nos marcadores "Porto do Rio" e "Porto Maravilha", coluna à direita.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Belgrado Waterfront II

Deu no Estado de S Paulo
03-05-2018, por Barbara Surk / NY Times
http://internacional.estadao.com.br/noticias/nytiw,plano-para-construir-a-dubai-dos-balcas-irrita-moradores-de-belgrado,70002291828

Plano para construir a Dubai dos Balcãs irrita moradores de Belgrado
“Queremos restaurar a antiga glória de Belgrado, fazer dela uma cidade grande e respeitável novamente, depois dos anos de vergonha que vieram com os conflitos e guerras”, disse o prefeito de Belgrado, Sinisa Mali.
Antes do começo da construção, há dois anos, 231 famílias foram realocadas por causa do projeto, mas algumas se recusaram a sair. Certa noite, cerca de 30 homens mascarados com tacos de beisebol e ferramentas pesadas apareceram no local. Ao amanhecer, vários prédios residenciais e comerciais tinham sido demolidos para permitir o início das obras.
O ataque de 2016 chocou os sérvios, que levaram sua raiva às ruas, denunciando o que afirmavam ser práticas corruptas da elite. Os protestos se transformaram nas maiores manifestações contra o governo desde que uma revolta popular derrubou o poderoso Slobodan Milosevic, em 2000.
(..) Os primeiros proprietários dos prédios residenciais a serem concluídos em breve deverão pagar até 7 mil euros por metro quadrado, em um país com um salário médio mensal de 375 euros. Ao todo, 5.700 residências e oito hotéis serão construídos no empreendimento, na área entre o rio e as ferrovias.
Placas de cimento foram colocadas ao longo do rio para formar um calçadão repleto de escorregadores para crianças, um ancoradouro, um restaurante, uma ciclovia e uma fileira de cartazes gigantes que mostram os prédios a serem construídos nos próximos 30 anos. Entre estes, o maior shopping center dos Balcãs.
“Estamos tentando fazer tudo novo, sem romper os laços da cidade com o passado”, disse Mali.
Mas Bojan Kovacevic, presidente da Academia de Arquitetos da Sérvia, chamou o empreendimento de “crime contra o planejamento urbano”.

2018-05-21

Leia também

“To Build Dubai of the Balkans, Serbia Deploys Bulldozers and Baseball Bats”. NY Times 29-04-2018, por Barbara Surks

“Controversy surrounds Belgrade Waterfront development”. BBC online 21-06-2016, por Guy Delauney

“Belgrade's 'top-down' gentrification is far worse than any cereal café”, The Guardian 10-12-2015, por Alex Eror

“Belgrade Waterfront - the dark side of 'urban renewal'. Open Democracy 26-11-2015, por Marko Aksentijevic


quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Apontamentos: Rezende e Furtado 2016 - o financiamento da Presidente Vargas

Estes apontamentos são parte de um processo de estudo compartilhado. À beira do urbanismo está à disposição dos autores cujo trabalho aqui se comenta para suas considerações.

REZENDE Vera* e FURTADO Fernanda**, “O financiamento da abertura da Avenida Presidente Vargas: estratégias institucionais e legais”. Revista do Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro No. 10, 2016


Avenida Presidente Vargas 1942
Imagem Internet
À beira do urbanismo convida à leitura - no caso dos urbanistas ao estudo atento - do artigo das professoras Fernanda Furtado e Vera Rezende intitulado "O financiamento da abertura da Avenida Presidente Vargas: estratégias institucionais e legais", recém-publicado na Revista do Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro.

Trata-se de um ótimo trabalho de pesquisa documental e análise, sob o ângulo do financiamento público, de uma das intervenções mais importantes - por sua extensão, radicalidade, simbolismo e arquitetura - da história da cidade do Rio de Janeiro e de seu urbanismo.

Já no início da leitura nos damos conta que o modelo arquitetônico rua-corredor com grandes planos de fachada e passeios em galeria não é o único elo de ligação entre os planos Agache, de 1930, e Dodsworth, de 1940: ambos adotam o princípio da cobertura dos custos dos projetos urbanos com a captura da valorização do solo reurbanizado. Nas palavras de Agache:

Quase sempre após os trabalhos de urbanismo, o valor da parte conservada pelo proprietário aumenta de tal maneira que é de toda justiça obrigá-lo a ceder, à cidade, a metade da valorização obtida (AGACHE, 1930, p. IX).

Partindo daí, o texto oferece ao leitor uma ampla gama de antecedentes administrativos e legais dessa prática nos âmbitos municipal e federal.

Em seguida, tendo por fio condutor considerações do próprio ex-prefeito-interventor Henrique Dodsworth datadas de 1955, Rezende e Furtado descrevem e analisam o instrumento adotado para o financiamento do projeto, destacando três momentos cruciais de sua trajetória: 

(1) criação das Obrigações Urbanísticas, em 1940, como instrumento de antecipação das receitas esperadas da valorização dos terrenos servidos pelas melhorias; 

(2) sua centralização, por Decreto de 1941, em mãos do Banco do Brasil como garantia de empréstimos destinados à execução do projeto (uma intrigante analogia com a recente monopolização dos CEPACs do Porto Maravilha pela Caixa Econômica Federal!); 

(3) o impacto da nova Lei de Desapropriações de 1941 sobre a viabilidade da programação financeira original, baseada em legislação de 1903.

Além de preencher, com sobras, uma séria lacuna historiográfica no urbanismo carioca e brasileiro, o artigo das professoras Furtado e Rezende projeta um longo feixe de luz sobre a questão pouco pesquisada, e menos ainda discutida, do balanço econômico-financeiro dos Grandes Projetos Urbanos teoricamente financiáveis, no todo ou em parte, com a valorização do solo que têm por corolário.
__

Vera F. Rezende é Arquiteta, Doutora em Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), Professora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense (UFF) 

** Fernanda Furtado é Arquiteta, Doutora em Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP) e Professora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense (UFF)


Acesse postagens sobre o tema neste blog pelos links

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Grandes Projetos Urbanos: Euroméditerranée - Marselha, segundo Bertoncello e Malta 2003

Publicado em Annales de Géographie, t. 112, n°632, 2003. pp. 424-436,
por Brigitte Bertoncello e Rachel Rodrigues Malta
https://www.persee.fr/doc/geo_0003-4010_2003_num_112_632_948
Marseille versus Euroméditerranée / Marseille versus the Euromediterranean
(..)Le projet urbain, planche de salut de la planète urbaine? 
Euroméditerranée - Marselha 
Perímetro original e extensão em 2008
Clique na imagem para ampliar

Barcelone, élue “poisson pilote” de l'urbanisme contemporain (Masboungi 1998), constitue aujourd’hui une référence incontournable en matière de projet urbain. Dès le début des années 1980 la municipalité de Barcelone entreprend ainsi une requalification globale de la ville à partir d’une multitude d’interventions urbanistiques de petite envergure portées par les comités de quartier. Le responsable du développement de la ville, Oriol Bohigas parle alors d’urbanisme “métastasique” à savoir la prise en compte des besoins spécifiques de chaque quartier de Barcelone. La démarche change de rythme et de formule lorsque Barcelone est désignée pour accueillir les Jeux olympiques de 1992. L’ organisation de la manifestation apparaît alors comme une opportunité pour entreprendre une restructuration de grande échelle en appui sur des grands projets et encadrée par un plan stratégique associant de nombreux représentants de la société civile (J.M Pascal Esteve 1999, Rodrigues-Malta 1999).
 

La démarche adoptée par Marseille est très différente de celle observée Barcelone: elle se cantonne au périmètre central de 313 hectares et ne s’inscrit pas véritablement dans une vision de requalification globale de la ville. Quant à la participation des habitants, l’absence de modalités préalablement définies en a longtemps limité l’expression à une simple diffusion d’informations. Six ans après le lancement de l’opération, l’ établissement public se dote des moyens d’implication et d’accompagnement de la population résidante du périmètre en créant notamment “la Maison Euroméditerranée”, bureau d’information sur les questions du logement et de l’emploi. Ainsi, si ele ne s’apparente pas vraiment à un programme d’actions concerté, la notion de “projet urbain” désigne davantage un objectif à atteindre, celui d’élever Marseille au rang de capitale Euroméditerranéenne. Plus q’un “projet de forme” ou q’un “projet de ville”, Euroméditerranée est déclinée avant tout en “projet de positionnement territorial”. Les actions d’Euroméditerranée: accélérer la métropolisation de MarseilleL’opération vise doter Marseille des éléments qui permettront de légitimer son statut de Métropole. Trois grandes orientations structurent le projet de transformation du centre de l’agglomération: action économique, la création de grands équipements structurants et la dotation / modernisation des infrastructures de transport. 
Un pôle économique méditerranéen 
À l’instar d’autres grandes opérations de transformation, le projet Euroméditerrannée contient un important volet économique qui s’appuie sur le renouvellement urbain des quartiers centraux. Les aménageurs souhaitent offrir aux entreprises un cadre de vie requalifié, doté des services et des fonctions à la hauteur de celle une metrópole. Il s’agit de rendre Marseille incontournable pour les investisseurs étrangers qui visent un développement sur Europe du Sud et le bassin Méditerranéen. À l’horizon 2010-15], ce sont 20.000 nouveaux emplois qui sont attendus. Un bilan au 30 juin 2000 réalisé par Agence urbanisme de l’agglomération marseillaise (AGAM) et l’établissement public (EPAEM) annonce que, depuis 1995, 7800 emplois bruts ont été créés, soit un accroissement net de 2500 et une installation de 390 entreprises. Certes, il conviendra de s’attacher une analyse fine de ces nouveaux emplois dont l’effet d’annonce stimule de nouvelles initiatives entrepreneuriales. Il est déjà possible de constater que le projet s’appuie davantage sur les composantes internationales que sur celles locales et régionales. (B. Bertoncello, R. Rodrigues-Malta 2000, p. 411. Les nouveaux emplois tertiaires fortement concentrés dans le secteur de la Joliette génèrent aujourd’hui l’émergence de nouveaux services aux personnes (restauration, pressing, agences
de voyage...): reste à savoir si les activités induites seront la seule forme recherchée du développement économique accessible aux populations locales? Dans ce projet, le port bénéficie d’une attention particulière. Il ne s’agit plus ici d’envisager le réaménagement physique de l’appareil portuaire ou de consolider son hinterland industriel immédiat, mais de retenir à Marseille les richesses produites par le flux des échanges des biens et des personnes. Soulignons à ce propos les efforts du Port Autonome de Marseille et du milieu économique local pour développer l’activité de croisière, en plein essor en mer Méditerranée. Dans ces perspectives, de nouveaux services tertiaires plus diversifiés, liés aux activités maritimes et au transport, doivent être développés dans la “zone arrière-portuaire”.
 Des équipements qualifiés
Ce type de grande opération urbaine s’appuie généralement sur la création d’équipements qualifiés appelés à fonctionner comme des signaux forts. Àce jour, l’ Euroméditerranée privilégie la création d’équipements dans le domaine de la connaissance et de la culture distribués sur deux pôles distincts. La bande urbano-portuaire de 25 kilomètres qui s’étend du Fort St Jean à Arène, accueillera une Cité de la Méditerranée actuellement en cours de définition. Pensée comme une vitrine urbaine où seront exposés les “trésors” d’une Méditerranée revisitée, d’une Euroméditerranée en construction, les différents équipements d’excellence qui la composent participeront directement au changement d’image escompté. Quant la Friche de la Belle de Mai où sont déjà implantées des activités artistiques (système friche théâtre), elle participe au renforcement de la vocation culturelle deMarseille en accueillant un “pôle patrimoine” et un hôtel réservé aux entreprises de la culture et de la communication.
Des infrastructures de transport repensées 
Au delà de la revalorisation de toutes les composantes des secteurs transformés (logement, espaces publics...), cette opération de renouvellement urbain est dans tous les cas un grand chantier de consolidation et de développement des infrastructures de transport. Elle favorise amélioration de l’accessibilité nationale et internationale avec notamment les aménagements liés à la ligne TGV-Méditerranée, sans négliger pour autant la requalification/modernisation des infrastructures existantes et le développement du réseau de transport collectif. Ces interventions constituent un maillage fort, apte à mieux satisfaire les besoins en mobilité des usagers de la ville mais aussi à impulser un nouvel ordonnancement des quartiers traversés.  (Continua)

Acesse o artigo completo pelo link


2016-02-10


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A reinvenção de Marselha


Deu no France Culture
15-01-2012, atualizado em 22-01-2016, por Florence Pacaud
Euroméditerranée, le nouveau centre de Marseille?
Marseille se redessine-t-elle? Le projet Euroméditerranée tend en effet à redéfinir la cartographie sociale, économique et infrastructurelle de la ville. Un nouveau centre, plus riche et plus équipé, est-il en train d’apparaître provoquant l’éviction de l’ancien qui ne parvient à sortir de la paupérisation?
Dans le courant des années 90, Marseille tire la sonnette d’alarme. Le maire Robert Vigouroux, et Jean-Claude Gaudin, président de la région et qui prendra la municipalité en 1995, constatent le déclin de la cité phocéenne. En l’espace de vingt ans, Marseille a perdu 200 000 habitants et 50 000 emplois. La raison : la chute de son moteur économique, l’activité maritime et portuaire. Le projet Euroméditerranée naît pour contrecarrer cette tendance. L’objectif est double : diversifier les activités en créant un pôle tertiaire et faire revenir des habitants par la construction d’équipements structurels, écoles, transports, espaces publiques et culturels.
Le territoire de développement de ce projet est identifié. François Jalinot, directeur général d’Euroméditerranée, présente l’espace à aménager qui s’étend sur une surface de 310 hectares:
(..)
A la demande de la municipalité, l’Etat soutient financièrement le projet, qui devient une opération d’intérêt national, dans le but de palier les difficultés économiques de la deuxième ville de France. A cette même période, naît un projet européen destiné au développement du pourtour méditerranéen, appelé le processos de Barcelone. Le projet de Marseille est donc baptisé Euroméditérranée. En octobre 1995 est créé un établissement public d’aménagement (EPA) qui bénéficie des financements des quatre collectivités territoriales (municipalité, département, région et plus tard la communauté urbaine de Marseille Provence Métropole), de l’Etat et de l’Europe.
En 2007, une extension du projet a été décrétée étandant le périmètre de 170 hectares. Pour autant, la première phase qui a nécessité 2,2 milliards d’investissements ne sera achevée que d’ici trois ou quatre ans. Alors pourquoi cette extension qui demande 4 milliards d’investissements supplémentaires, alors même que le centre-ville continue à se paupériser? (Continua)

Acesse a matéria completa pelo link

Veja o resumo da Operação em

Veja uma análise da Operação em
“Operation Euromediterranee Une Affaire D’etat”, por Brigitte Bertoncello, Rachel Rodrigues-Malta et Jérôme Dubois. POPSU – Plateforme d’Observation des Projets et Stratégies Urbaines, Jan 2009

2016-01-25



domingo, 20 de dezembro de 2015

Belgrado Waterfront

Deu no The Guardian 10-12-2015, por Herbert Wright

Belgrade Waterfront: an unlikely place for Gulf petrodollars to settle
Belgrade Waterfront is a €3.5bn (£2.5bn) project of condominiums, hotels, offices, retail, parks and paths dominated by a glass skyscraper that will be the tallest between Vienna and Istanbul. Its developer is Abu Dhabi-based Eagle Hills, chaired by Mohamed Alabbar, who previously founded Emaar, builders of the world’s largest shopping mall and tallest building, both in Dubai. Their project manager in Belgrade, Nikola Nedeljkovic, says that “we envisage Belgrade Waterfront to be a game-changing hub for Serbia”, and that it “takes into consideration the balanced sensitivity to nature, culture and modernity”.
(..)The model shows the entire 1.77 sq km district – a core of dense high-rise buildings, dominated by a glass tower that is twisted in the middle. Called the Kula Beograd, the tower has been designed by the Chicago office of skyscraper architecture titans SOM, and would overlook the River Sava and the new 1.8km Sava Promenade.
Also part of the masterplan is the Balkans’ largest shopping mall, a soap-bubble dome on disused railway land further away from the river. Its 140,000 sq m would make it almost as big as London’s Westfield Stratford. Surrounding the mall would be upwards of 6,000 flats. “We’re trying to focus on the affordable as well as the high-end segments,” Nedeljkovic says. “We’re trying to have a diverse mix of product.” The mix is not obvious in the model. There are offices, of course, and hotels, including a including a swanky W Hotel to open in 2019. Parkland and tree-lined boulevards are spread liberally. Belgrade’s 1884 railway station will become a museum.
(..)The movement Neda(vi)mo Beograd (a pun that loosely translates as “We won’t let Belgrade d(r)own”) organises street protests against Belgrade Waterfront. They carry yellow ducks and rally behind a gigantic oversized duck the size of a car.
Dobrica Veselinović, one of the movement’s activists, alleges that the agreement to build Belgrade Waterfront is contrary to Serbian law and procedures because he claims that the promenade construction works started without a building permit. He adds: “It does not take into account the needs of society or economic and urban reality in Belgrade.” The group argues that local people were not consulted, that the deal does not provide adequate affordable housing and that it was done in secret.
They also say that families in the area were summarily evicted with mere days’ warning, and their houses demolished. Radio Television of Vojvodina (RTV), a public broadcaster in neighbouring Vojvodina province, ran a report in April interviewing some of the families who said their houses were destroyed without permission. The apartments in which they were resettled were only for limited periods or to buy, according to Veselinović, and “no social service or legal assistance was offered to them”. (Continua)

2015-12-15 



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Grandes Projetos Urbanos: Malecón 2000, Guayaquil

A decisão de retomar esta série com o projeto Malecón 2000, em Guayaquil, Equador, surgiu da exposição preparada pelo arquiteto e planejador urbano Luis Alfonso Saltos Espinoza para o webinário promovido pelo Lincoln Institute of Land Policy em 04-11-2015.[1]



Malecón 2000, essencialmente um parque urbano à beira-rio, dificilmente poderia ser classificado como Grande Projeto Urbano (GPU) numa acepção, digamos, funcionalista do termo - uma intervenção estatal, ou mista, que vise a renovação de um setor urbano com todos os componentes característicos da cidade moderna: habitações, comércio e serviços privados; vias públicas, circulação veicular e meios de transporte; espaços, equipamentos e serviços públicos em geral. 

À guisa de exercício, deixo ao leitor interessado a tarefa de cogitar, como eu, se ele cabe no conceito de GPU sugerido por Garay, o de intervención sobre [una] pieza urbana (IPU) que abrange uma “parte significativa do tecido urbano” e “se baseia na aplicação de novas modalidades de gestão que combinam a aplicação de diferentes instrumentos de urbanismo e buscam incluir em seu desenvolvimento uma gama de instituições e atores sociais mais numeroso e complexo”.[2]

De todo modo, Malecón 2000 está apto a figurar nesta série por compartilhar com um significativo número de grandes intervenções urbanas contemporâneas a pretensão de dar à cidade-objeto um novo polo de lazer, entretenimento, turismo e - vá lá - civismo, arquitetonicamente adequado ao “gosto” internacional, de modo a satisfazer o objetivo fundamental do planejamento urbano “estratégico” de fins do século XX, que é integrar as grandes cidades, com seus atributos tangíveis e intangíveis, ao mercado mundial de bens, serviços, equipamentos, consultoria e capitais - uma via de mão dupla que serve de um lado à atração de divisas e, de outro, à projeção dos “poderes” da elite local. 

Malecón 2000 parece ter conseguido, como a maioria de seus congêneres, transformar os intangíveis da centralidade de Guayaquil - memória histórica, nacionalidade, cultura local, modo de vida - em um “pacote” de exportação cuja natureza consiste, contraditoriamente, no virtual apagamento dessas referências, “congeladas” para fins de legitimação em um pequeno acervo de museus e construções remanescentes. 

A propósito, vale citar um recente artigo de de Saskia Sassen sobre a onda de aquisições de bens urbanos por grandes corporações, intitulado “Who owns our cities - and why this urban takeover should concern us”:


(..) hoje, ao invés de espaços de inclusão de pessoas de origens e culturas diversas, nossas cidades globalizadas estão expulsando as pessoas e a diversidade. Seus novos proprietários, muitas vezes habitantes de tempo parcial, são bastante internacionais - o que não significa que representam culturas e tradições diversas, mas sim a nova cultura global do sucesso. Eles são incrivelmente homogêneos, não importa quão diversos em termos de nacionalidade e idioma. Não são os cidadãos que nossas cidades grandes e diversificadas produziram historicamente. São, acima de tudo, cidadãos do “mundo corporativo” global.[3]


Não surpreende, pois, que a crítica do equatoriano Espinoza a essa intervenção se concentre no caráter essencialmente privatista - segregacionista mesmo, poderíamos dizer - de seu programa e sua gestão, perfeitamente expresso nos reiterados avisos visíveis por todo o parque onde se lê: “Se reserva el derecho de admisión”.


Esta compilação inclui materiais de diversas fontes, tipos e pontos de vista disponíveis na Internet. Julgue o leitor por si mesmo, de preferência após a leitura integral de todos os materiais citados. Os links aparecem no final da postagem.
__

[1]  Para acessar a apresentação, clique no link

[2] Garay, Alfredo, “El Montaje de una gran intervención urbana”, em Lungo, Mario (comp), Grandes Proyectos Urbanos, San Salvador: UCA Editores, 2004, p. 76

[3] Sassen Saskia, “Who owns our cities - and why this urban takeover should concern us”, em The Guardian online, 24-11-2015,
http://www.theguardian.com/cities/2015/nov/24/who-owns-our-cities-and-why-this-urban-takeover-should-concern-us-all?CMP=share_btn_fb


*


      Malecón 2000 - Guayaquil, Equador
          (Veja a listagem das fontes ao final da resenha)



OBJETO
[Malecón2000]Este importante parque urbano le devuelve a la ciudad su relación perdida con el Río Guayas y se constituye en el percutor del proceso de regeneración urbana del centro.
Procurando aumentar el valor de los predios aledaños al mismo, a efectos de inducir una considerable atracción de la inversión inmobiliaria, el proyecto busca atraer nuevos residentes al centro de la ciudad y así prolongar el uso de sus espacios públicos, anteriormente abandonados y en desuso a partir de las seis de la tarde. 
[wikipedia/es 2015] A partir de 1999, la remodelación del Malecón Simon Bolivar, (..) tuvo como finalidad desde el principio de su concepción, la revalorización del casco comercial de la ciudad de Guayaquil, creando espacios que propiciaran la regeneración urbana (..)
[Perrone 2012]Malecón 2000 es un proyecto urbano-arquitectónico construido en Guayaquil - Ecuador a finales del siglo pasado, augurando cambios para la ciudad en el nuevo milenio. En la orilla oeste del río Guayas, se despliegan las formas arquitectónicas que reemplazaron al antiguo paseo recreativo y comercial llamado Malecón Simón Bolívar, constituido como el centro fundacional de la ciudad portuaria. La reconstrucción de esta centralidad, inaugura una nueva etapa en la historia de la ciudad, en el imaginario de la ciudadanía y en la gestión pública, en respuesta a un proyecto municipal de regeneración urbana que opera hasta la actualidad y que persigue la transformación de aquellas zonas consideradas degradadas.

(..) localizado en el centro de la ciudad de Guayaquil, se desarrolla sobre una extensión de 2.5 km de largo con una superficie aproximada de 20 ha, desde la calle Cuenca por el sur hasta el barrio Las Peñas por el norte. El diseño se proyecta sobre las antiguas instalaciones del Malecón Simón Bolívar y la plataforma ganada al río como parte del malecón regenerado.

[Urvía 2010] Es el proyecto percutor del proceso de regeneración urbana. Fué planteado y promovido por iniciativa privada en 1996 (**) y en octubre de 1999 fue inaugurada la primera etapa. Se invirtió US$ 75 millones. Ha sido visitado por cerca de 45 millones de personas desde la inauguración. Ha elevado el orgullo ciudadano a niveles insospechados–el 95% de la población piensa que es muy bueno- generando una corriente de opinión altamente positiva a nivel de todo el país sobre este tipo de procesos -en la actualidad muchas otras municipalidades han emprendido planes similares-, y ha permitido continuar con el mismo en la ciudad de Guayaquil.

En el año 1995, la Universidad Oxford Brookes del Reino Unido a través de un grupo de arquitectos y urbanistas peruanos, concibió la imagen objetivo del nuevo malecón - a pedido de Alvaro Guerrero, presidente ejecutivo del Banco La Previsora de Guayaquil.


ANTECEDENTES


Acesse o material completo desta pesquisa clicando em
https://docs.google.com/document/d/1C4URS9wJBJU1GvLm0jRC_QtUaIN5I5Q-Ail0sy-aT1s/edit?usp=sharing 


terça-feira, 31 de março de 2015

Canary Wharf: enclave privado com ajudinha do governo

Deu no CN Construction News
30-03-2015, por Robyn Wilson
https://www.constructionnews.co.uk/markets/sectors/housing/canary-wharf-receives-crucial-200m-government-loan-for-new-development/8680647.article

Docklands housing scheme to start after Canary Wharf Group secures government loanWork on a major housing development in London’s Docklands can now get under way after developer Canary Wharf Group received a £200m loan from the government.

2015-31-03


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Grandes Projetos Urbanos: Canary Wharf - linha do tempo

Deu no The Guardian 28-01-2015, por Julia Kollewe 

Canary Wharf timeline: from the Thatcher years to Qatari control
Docklands estate, now home to financial heavyweights, is the creation of Canadian tycoon Paul Reichmann.
Canary Wharf is to be bought by Qatar’s sovereign wealth fund and Canadian investor Brookfield Properties for £2.6bn after Songbird, the owner of the Docklands estate, admitted defeat.
Cleveland Bridge, CanaryWharf, Londres
Concluída em junho de 2013
Canary Wharf takes its name from the quay where fruit and veg from the Mediterranean and Canary islands was once unloaded. The disused Docklands site, formed by a loop in the Thames, was turned into a second financial district to rival the City of London after 1987.
Today, Canary Wharf’s cluster of skyscrapers in east London is home to some of the world’s biggest banks, such as Citigroup and HSBC.
1988
Construction began.
1990
The 244m Canary Wharf skyscraper at One Canada Square, topped by a pyramid, was the first tower to rise out of the docks in 1990. It was Britain’s tallest building for two decades until it was overtaken by the Shard in 2010 (architecture critics thought it was too tall and Thatcher and Prince Charles didn’t like it either).
1991
The first tenants moved to Canary Wharf in 1991. The banks Morgan Stanley, Credit Suisse First Boston, HSBC and Citigroup, and the Financial Services Authority all moved to the Docklands in subsequent years. Barclays was the last clearing bank to leave Lombard Street in the City for Canary Wharf, in 2005. Much of Fleet Street also decamped east, including the Telegraph, the Mirror and the Independent, although only the Mirror remains.
1992
But it wasn’t all plain sailing. In 1992, following a property crash, Olympia & York filed for bankruptcy and Canary Wharf was placed in administration.
1995
Undaunted, three years later Reichmann pulled together a consortium of wealthy investors (including Saudi Arabia’s Prince Al-Waleed bin Talal and the American media mogul Larry Tisch) to buy Canary Wharf back from the banks for £800m.
As the property market recovered and more firms moved to the Docklands, the business floated on the London stock market.
2004
Reichmann finally lost control of Canary Wharf during a fierce 11-month takeover battle, ending his 20-year involvement with the project. Canary Wharf Group was acquired by Songbird Estates, a consortium led by US investment bank Morgan Stanley.
2009
The Qatari Investment Authority became a major Songbird shareholder, after coming to the company’s rescue with China’s sovereign wealth fund in 2009, when Songbird almost collapsed under the weight of its debts.
2014
Canary Wharf is now spreading east, the first expansion of the estate since the 2008 financial crisis. There are plans for 30 buildings at Wood Wharf, including a 57-storey cylindrical residential skyscraper facing the waters of South Dock, designed by Herzog & de Meuron, the Swiss architects behind Tate Modern and the Bird’s Nest in Beijing.
The eastern extension is set to almost double the number of people working and living in the area within the next 10 years. It will get a big boost from Crossrail, the £16bn railway running east-west across London that is due to open in 2018.

2015-02-05