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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Pedra cantada

Deu no InfoMoney
27-12-2021, por Giovanna Sutto
https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/demanda-por-compra-de-imoveis-no-interior-esfria-mas-precos-seguem-em-alta/


Demanda por compra de imóveis no interior esfria, mas preços seguem em alta

Imagem: Internet
"(..) Ano passado muito se discutiu o fenômeno do êxodo urbano, com famílias procurando casas no interior para terem mais espaço e qualidade de vida. Porém, é unanimidade entre os especialistas que esse processo foi pontual.

Segundo Alberto Ajzental, coordenador do curso em Desenvolvimento de Negócios Imobiliário da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a demanda é sinal claro disso. “É um fenômeno que acontece com uma fatia pequena da população, entre outros pontos porque é caro e também porque não são todas as profissões que permitem o trabalho remoto”, avalia.

“Nunca foi um processo universal. Além disso, muita gente comprou terreno e ainda não construiu porque está na dúvida do que faz agora: vai conseguir passar mais tempo na casa? será apenas para veraneio? vale o investimento? Fica fácil ir e voltar? Quanto mais longe de São Paulo, mais difícil adotar o trabalho híbrido e mais provável reverter a decisão e voltar para a cidade com centro urbano, deixando o imóvel no interior para feriados e fim de ano”, diz o professor. (..)"


______
Sobre o tema, leia neste blog

[1] “Revoada seletiva”, À beira do urbanismo 01-05-2021 https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2021/03/interiorizacao-metropolitana.html

[2] “Interiorização metropolitana”, À beira do urbanismo 12-05-2021
https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2021/02/revoada-seletiva.html

[3] “15 minutos de prudência”, À beira do urbanismo 18-05-2021.
https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2021/05/15-minutos-de-circunspeccao.html

[4] “Interiorização à francesa”, À beira do urbanismo 19-06-2021 https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2021/06/interiorizacao-metropolitana-francesa.html

2022-01-04 


sábado, 14 de agosto de 2021

Não tem vacina

Deu no Valor Investe online
09-08-2021, por Yasmin Tavares

Imagem: Getty Images / Valor Investe

A moradia puxa a fila e a espiral

de valorização dos apartamentos
A e B garante, na crise, a
rentabilidade média dos fundos,
mas a "financeirização" é da
cidade inteira, mais exatamente
de todos os bens e serviços 
urbanos 
que possam ser 
produzidos e explorados a 
título privado. A financeirização
não é uma excrescência do
mercado imobiliário; é sua
forma mais desenvolvida, que
habita o coração da economia
de mercado do século XXI. 
 
Fundos de papel surfam alta da Selic enquanto ativos de tijolo aguardam vacinação

"(..) “Os fundos de CRI [recebíveis imobiliários] devem continuar puxando a fila da classe, já que o residencial vem batendo recordes por fatores como o retorno de investimentos dos investidores e o comprador final estimulado por uma oferta de crédito abundante”, comenta.

Sobre os outros setores menos favorecidos em razão da pandemia, como os fundos de tijolo, Bidetti comenta que, com o avanço da vacinação em massa, esses fundos devem vislumbrar um cenário mais positivo a partir do último trimestre do ano. “São fundos que, além de estarem muito descontados no mercado secundário, ainda tiveram uma pausa nas novas emissões, já que foram os mais impactados pela crise”, avalia.

Nardo, da RBR, chama atenção para os fundos de escritórios, que apresentam, atualmente, os valores mais depreciados frente aos outros setores. “Apesar de o segmento ter enfrentado um aumento de vacância, tal movimento já começou a inflexionar e os preços ficaram estáveis”, afirma.

Em segundo lugar no ranking de fundos mais descontados, o profissional inclui os de shopping, mas destaca a imprevisibilidade destes ativos em razão do surgimento de novas variantes da covid-19. “Eles estão mais baratos do que a média porque têm um risco adicional. Agora, o investidor que puder segurar esses fundos durante quatro ou cinco anos está comprando bons imóveis com um ‘valuation’ atrativo”. (..)"

20210-08-14

sábado, 19 de junho de 2021

Interiorização à francesa

Deu no Le Monde online
10-05-2021, por Laetitia Van Eeckout
https://www.lemonde.fr/societe/article/2021/05/10/le-retour-en-grace-des-villes-moyennes-a-confirmer_6079739_3224.html

Le retour en grâce des villes moyennes à confirmer

La crise sanitaire a renforcé l’attrait des métropolitains pour les zones moins denses. Mais le rééquilibrage du territoire est encore loin d’être gagné 

Este título é enganoso para os nossos padrões de “cidade média”.

A matéria fala da migração de famílias, provocada pelo êxodo sanitário, entre anéis sucessivos da Paris metropolitana e das áreas centrais para setores periféricos de grandes cidades como Lyon, Bordeaux e Montpellier.

Como produto do aumento da distância, o artigo menciona a adoção de um “modo de vida birresidencial: a família vai morar em um lugar do qual um membro sai durante uma parte da semana para trabalhar na grande metrópole”. E nesse caso, "a escolha há de recair sobre uma cidade que ofereça não só boa qualidade de vida, mas também a proximidade de uma metrópole e uma boa ligação ferroviária para lá chegar em uma ou duas horas."

Noves fora as diferenças de escala e situação das "cidades médias" francesas e brasileiras e dos sistemas de transportes de passageiros que as comunica com as respectivas metrópoles, quero crer que o efeito do trabalho remoto sobre a estrutura das cidades francesas aqui relatado não destoa em conteúdo do juízo emitido neste blog a respeito do que a nossa imprensa especializada informa estar em curso no Brasil
[1]:

“a maioria dos home-officers que fugiram da pandemia não foram para o campo, nem para cidades médias, mas para a periferia de suas próprias metrópoles, ao alcance do seu 'CBD', que assim estaria ampliando, não diminuindo, o âmbito territorial da sua atratividade”. [2]

O que os artigos citados não comentam, sequer especulativamente, é o tamanho do contingente de home-officers relativamente ao trabalhadorado urbano em geral, a vasta maioria do qual não tem a opção do trabalho remoto e é, consequentemente, tanto beneficiária quanto prisioneira da metrópole, e o que essa migração pode representar para a estrutura e a economia das cidades para além da vacância mais ou menos intensa e prolongada dos escritórios centrais.

___
NOTAS

[1] “Revoada seletiva”, de 01-05, e “Interiorização metropolitana”, de 12-05. https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2021/03/interiorizacao-metropolitana.html
https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2021/02/revoada-seletiva.html

[2] “15 minutos de prudência”, À beira do urbanismo 18-05-2021.
https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2021/05/15-minutos-de-circunspeccao.html

2021-06-19

terça-feira, 18 de maio de 2021

15 minutos de prudência

Deu no CityLab 14-05-2021, por Richard Florida

The Death and Life of the Central Business District
Offices are not going back to the way they were pre-pandemic, and neither are the downtown neighborhoods that house them.

"(..) far from killing them off,
the shift to remote work will
ultimately change their form
and function in more subtle
ways. Given their strategic
locations at the very center
of major metro areas, Central
Business Districts are perfectly
positioned to be remade as
more vibrant neighborhoods
where people can live and
play as well as work — a
leading-edge example of what
many urbanists are now calling
15-minute neighborhoods. And
with conscious and intentional
action on the part of urban
leaders and assistance from the
federal government, these CBDs
can be rebuilt in ways that are
more inclusive and affordable.
(...)"

Foto: Alexander Spatari/Moment/CityLab
Sugiro cautela com esse tipo de análise. A concentração do crescimento urbano nas grandes metrópoles nacionais não é uma opção cultural, mas uma imposição da competição econômica global - que continuará tão ou mais encarniçada do que antes.

Muitos artigos publicados na imprensa têm mostrado que a maioria dos home-officers que fugiram da pandemia não foram para o campo, nem para cidades médias, mas para a periferia de suas próprias metrópoles, ao alcance do seu "CBD", que assim estaria ampliando, não diminuindo, o âmbito territorial da sua atratividade.

De resto, a localização de start-ups comerciais e financeiras em novas centralidades dotadas de parques residenciais e hoteleiros destinados à sua população mais ou menos flutuante já vinha acontecendo em alguma medida em todas as grandes metrópoles. Ou não terá sido a combinação finança + turismo + hotelaria + residência de alta rotatividade o programa da quase totalidade dos Grandes Projetos Urbanos dos anos 1980-2010?

A ideia, muito difundida entre urbanistas, de que a ausência de diversidade nas zonas centrais das grandes metrópoles resulta de legislações inspiradas no princípio modernista da separação de usos é bastante discutível.

A formação dos CBDs, culminação de um longo processo de especialização econômico-espacial iniciado com a migração residencial das famílias dedicadas ao comércio, dos sobrados centrais recém-valorizados para localizações circundantes à cidade proto-capitalista [1] [2], decorre, antes de mais nada, dos imensos benefícios proporcionados às empresas pela aglomeração central, a incluir, de um lado, o acesso físico imediato a uma vasta cadeia de prestadores de todo tipo de serviços e, de outro, a máxima disponibilidade de mão de obra ao mínimo custo de transporte.*

A mescla de atividades nessas áreas só poderia ser garantida, ela sim, por legislações, ou planos, que a impusessem como critério de interesse público às expensas do que, em economia da localização, se chama “o maior e melhor uso” (MMU) do solo - como é o caso, no Brasil, das Áreas de Especial Interesse Urbanístico (AEIUs) e Áreas de Preservação do Ambiente Cultural (APACs), muitas delas situadas nos próprios centros  urbanos ou em suas imediações.

“CityCenterDC is a mixed-use
development consisting of two
condominium buildings, two
rental apartment buildings, two
office buildings, a luxury hotel,
and public park in downtown
Washington, D.C. 
It encompasses 2,000,000 
square feet (190,000m2) and
covers more than five city blocks.
Salvo por tipologias de interesse direto das próprias empresas, como parece ser o caso de certos conjuntos de unidades de pequeno tamanho e alta rotatividade destinadas a trabalhadores qualificados mais ou menos temporários, jovens em sua maioria, a residência no CBD, que demanda a proximidade de todo tipo de equipamentos públicos e firmas “sub-MMU”, é, por definição, antagônica às vantagens econômicas privadas da aglomeração central.

Os grandes proprietários de escritórios e terrenos em localizações centrais hipervalorizadas (CBDs) não se renderão, portanto, tão facilmente. E eles podem esperar. Se a recuperação econômica acontecer, ainda que lentamente, os escritórios acabarão sendo ocupados mesmo que parte dos trabalhadores permaneçam em home-office – que, aliás, tende a ser apenas parcial. Pode haver um período relativamente longo de altas taxas de vacância e alguma baixa de preços e alugueis. Mas a conversão desses edifícios para habitação pela via do mercado é muito cara para tornar-se lucrativa e a opção de produzir moradia nova nessas localizações só atende a uma parcela bastante específica e relativamente restrita da demanda.

O que me parece provável, por outro lado, é que toda essa crise, que traz consigo o aumento da pobreza e da insegurança laboral, esteja acelerando processos de deterioração e abandono progressivo de edifícios comerciais "sub-prime" - pela antiguidade, localização ou ambos - dos grandes centros. E nesse caso, como sabemos, ou as prefeituras intervêm a tempo para transformá-los em habitação decente com preços / alugueis subsidiados, se necessário, ou eles acabarão sendo ocupados como habitação precária.

2021-05-18

* Nova redação 04-11-2023:

“(..) imensos benefícios proporcionados às empresas pela aglomeração central, a incluir (1) as vendas turbinadas pela mínima distância agregada ao conjunto das famílias, (2) a máxima disponibilidade de mão de obra ao mínimo custo de transporte – consequentemente menor preço da força de trabalho – e (3) acesso imediato a uma vasta cadeia de prestadores de todo tipo de serviços.”

_________
NOTAS

[1] "The physical evolution of a large city from a small one results not only from increased population and added industries, but also from continual specialization in business and differentiation in social grades. The first step is the separation between business and dwellings, the original buildings used for business below and dwelling above being replaced by separate business and residence buildings." [HURD R M, Principles of City Land Values. New York, Record and Guide 1903, p 75.]
https://archive.org/.../principlesofcity.../page/n4/mode/1up

[2] "Observamos que as freguesias que compunham o centro histórico da cidade continuam a perder população, fruto da tendência verificada desde o fim do século XIX desta parte da cidade especializar-se como zona comercial [QUEIROZ RIBEIRO, Luiz Cesar. Dos Cortiços aos Condomínios Fechados - As formas de produção da moradia na cidade do Rio de Janeiro. 2015, p. 180.]"
https://www.observatoriodasmetropoles.net.br/wp-content/uploads/2020/07/Livro-Dos-Corti%C3%A7os-aos-Condom%C3%ADnos-Fechados_2edicao.pdf


sábado, 24 de abril de 2021

O vírus não distingue classe; a pandemia sim

Deu na Folha de s Paulo
Em 21-04-2021, por Fernando Canzian
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/04/atras-de-renda-e-sem-home-office-pobres-morrem-mais-de-covid.shtml

28% dos membros da classe A/B puderam alterar local de trabalho por causa da pandemia, ante 10% na C e 7,5% na D/E


2021-04-24

segunda-feira, 1 de março de 2021

Revoada seletiva

Deu na Época
19-02-2021, por Henrique Gomes Batista e Sérgio Matsuura
Crise econômica e pandemia empurram classes média e alta para o interior

Itu, município paulista de 
174 mil hab situado 
a 102 km da capital,
oficialmente qualificado 
Estância Turística,
é um dos destinos das 
famílias paulistanas
emigradas na onda do 
home office.
Uma consequência provável é a imediata elevação de preços imobiliários nas cidades de destino (associada a certa dinamização da atividade econômica), não necessariamente compensada pela baixa de preços nas metrópoles de origem.

Por já ocuparem o alto da pirâmide e estarem poupando com a pandemia, os segmentos sociais que fazem esse movimento mais provavelmente reservarão as suas propriedades na grande cidade para uso próprio eventual ou de membros da família. 

Sem falar que a baixa de preços por falta de demanda é sempre muito mais lenta do que a alta por excesso, dentre outras razões a de que, nas principais metrópoles, as curvas de preços tendem a ser especulativamente sustentadas pelas expectativas de proprietários e administradoras com a demanda de pessoas físicas, firmas e investidores com alto poder de compra ou que operam em divisas*.
__
*Ver, por exemplo,


2021-02-28



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Modelos?

Deu no Archdaily
30-01-2021, por Camilla Ghisleni
Cidades policêntricas: um velho novo conceito como futuro urbano pós-pandemia

Imagem ©Joana França /ArchDaily
Unidade de vizinhança, Brasília 


À parte a sugestão de que a pandemia fará as cidades se renderem à razão urbanística, chama a atenção nesse artigo - que não tem, evidentemente, pretensão acadêmica ou científica - a ideia de que a estrutura monocêntrica é um “modelo de urbanização ao qual nossas cidades são submetidas” e o policentrismo urbano um “modelo alternativo“ sobre o qual “pesquisadores e estudiosos têm se debruçado”.

Uma pergunta me ocorre. Quem teria criado tais modelos, em que circunstâncias históricas e por meio de quais instituições, instrumentos e mecanismos eles teriam sido, ou poderão ser, impostos às cidades?

Ecoando, talvez sem saber, o ilustre Peter Hall, a jovem autora parece propensa a associar tudo o que ocorre de relevante nas cidades a modelos criados pelos “seers” do urbanismo: Ebenezer Howard, Clarence Perry, Lucio Costa e, mais recentemente, Anne Hidalgo, a prefeita de Paris.

Talvez sejam apenas “maneiras de dizer”. Mas será que essas “maneiras de dizer” não traduzem uma percepção enganosa, essencialmente idealizada, de como se constroem e se estruturam as cidades?


2021-02-04

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Epidemia inteligente e sustentável

Época Negócios 09-12-2020  Como a covid-19 impulsiona o mercado imobiliário para o futuro

Montagem: àbeiradourbanismo
Foto: Charles Ommanney/Getty Images/The Guardian 03-04-2014

2020-12-11

domingo, 9 de agosto de 2020

Nada de novo no front (2)

Deu no UOL / Cotidiano
O3-08-2020, por Agência Brasil
Quantidade de remoções e despejos dobra em SP na pandemia
Levantamento do Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (Labcidade), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), mostra que o número de reintegrações de posse e remoções, na Região Metropolitana de São Paulo, dobrou durante a pandemia de covid-19. A pesquisa compara os meses de abril, maio e junho, após o início da pandemia, com o trimestre anterior: janeiro, fevereiro e março.
De acordo com o levantamento, nos meses de abril, maio e junho foram realizadas seis remoções na Região Metropolitana, afetando 1,3 mil famílias. O número de casos, no período, é o dobro do registrado no trimestre anterior, janeiro, fevereiro e março, em que ocorreram três.
Segundo o Labcidade, a maior parte dessas remoções foi feita sob ordens do Poder Judiciário. Em uma delas, em meados de junho, na Vila Roseira 2, no distrito de Guaianases, zona leste de São Paulo, a decisão da Justiça foi dada em caráter de urgência, em um plantão judicial, autorizada com o uso da força policial.
"Cerca de 900 famílias perderam suas casas. Mesmo neste atual cenário de pandemia imposto pela covid-19, as famílias receberam apenas um comunicado para desocuparem o local, sem nenhuma proposta de atendimento habitacional", dizem os pesquisadores da FAU na pesquisa. "Fica nítido que a ação de remoção forçada ocorrida deixou as famílias ainda mais vulneráveis ao novo coronavírus, expondo-as a condições precárias de saneamento e prejudicando o distanciamento social, sendo estas recomendações básicas de prevenção à covid-19”. (Continua)
2020-08-09

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Nada de novo no front

Deu no UOL / A cidade é nossa
30-06-2020, por A Marino, D Klintowitz, G Brito, R Rolnik, P Santoro, P Mendonça.

https://raquelrolnik.blogosfera.uol.com.br/2020/06/30/circulacao-para-trabalho-explica-concentracao-de-casos-de-covid-19/ 

Circulação para trabalho explica concentração de casos de Covid-19
Clique na imagem para ampliar

(..) Com base neste estudo, pode-se dizer que, em síntese, quem está sendo mais atingido pela Covid-19 são as pessoas que tiveram que sair para trabalhar. Embora tenhamos mapeado os locais que concentram os maiores números de origens ou destinos dos fluxos de circulação por transporte coletivo, não é possível ainda afirmar se o contágio ocorreu no percurso do transporte, no local de trabalho ou no local de moradia, o que vai exigir análises futuras, que serão realizadas no âmbito desta pesquisa. Mas o que está evidente é que quem saiu para trabalhar e realizou percursos longos de transporte coletivo é quem foi mais impactado pelos óbitos ocorridos. (Continua)

2020-08-06


segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Covid nas favelas

Deu no  O Tempo
30-07-2020, por Jessica Almeida
https://www.otempo.com.br/podcasts/tempo-habil/filme-mostra-como-a-pandemia-piorou-uma-situacao-que-ja-era-grave-nas-periferias-1.2365995

Filme mostra como a pandemia piorou uma situação que já era grave nas periferias
“Muito tem sido dito sobre como os impactos da pandemia se tornam mais graves entre as populações mais pobres, mas nem sempre essas pessoas têm espaço para falar. No documentário ‘Pandemia do Sistema: O retrato da desigualdade na capital mais rica do Brasil’, que estreia na semana que vem, moradores da periferia de São Paulo falam sobre como uma situação que já era difícil antes se tornou insustentável com a chegada do novo coronavírus.
Segundo média-metragem da Zalika Produções, o trabalho foi realizado com recursos próprios e a colaboração de profissionais voluntários. Neste episódio, a produtora audiovisual e fotógrafa Naná Prudêncio, diretora do filme, fala das motivações, expectativas e do processo de realização do trabalho. A estreia de ‘Pandemia do Sistema’ acontece na próxima terça (4), com exibição online às 19h na página de Facebook da agência de notícias Alma Preta.
Após a exibição, haverá um debate com participação da diretora, de Douglas Belchior, da Uneafro Brasil, de Luana Vieira, gestora executiva do projeto sociocultural Comunidade Pagode na Disciplina Jardim Miriam, e de Raimunda Boaventura, entrevistada no filme.”

2020-08-03

sábado, 11 de julho de 2020

Legado viral

Deu no Guardian 
03-07-2020, por Amelia Hill 
https://www.theguardian.com/world/2020/jul/03/covid-19-exposes-stark-generational-uk-housing-divide-report-says
Covid-19 exposes stark generational housing divide, UK report says 
The coronavirus pandemic has exposed a generational divide in living conditions across Britain, with young people more likely to be locked down in smaller, overcrowded homes with no access to garden than older age groups, a report has found. (..)
https://www.independent.co.uk/independentpremium/
coronavirus-schools-close-benefits-sick-pay-nhs-a9409936.html
Caroline Abrahams, the charity director at Age UK, said: “Poor housing is a problem affecting people of all ages. Two million older households, including 530,000 long-term sick and disabled older individuals, live in homes classed as ‘non-decent’.”
Polly Neate, the chief executive of Shelter, added: “A toxic combination of expensive private rents, successive cuts to housing benefit, and a dire shortage of social housing have left us in a total mess. (Continua)

2020-07-11

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Pandemia de conversa fiada (2)


Boletim ADEMI / O Globo 19-06-2020, por Gilberto Porcidonio 
Imagem: Internet  / Anônimo 

Favelas poderiam ter problemas de habitação resolvidos em 20 anos por valor 300 vezes menor que o custo da crise da Covid-19 ao Rio
Uma cidade sem favelas e com infraestrutura de água, luz e esgoto disponível para todas as cerca de 600 mil residências em condições precárias é possível até 2040? Essa é uma realidade possível de ser feita e foi tema de debate na série Webinários da Pandemia Para a Utopia, promovida pela Firjan junto do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e da Comerc Energia. Para eles, o interesse público sobre a questão habitacional da cidade torna a ideia real. (..) 

2020-06-19


sexta-feira, 12 de junho de 2020

Covid acelera o capitalismo de rendas

Informe ADEMI Rio 09-06-2020

Imagem: Washington Post 2020-06-10 
Santander reforça linha de ‘home equity’ na crise
Diante de uma reformulação da área de negócios imobiliários, o Santander colocou entre as prioridades avançar na oferta do “home equity”, o crédito com garantia em imóveis, tendo em vista o contexto de crise econômica e a necessidade de liquidez de pessoas físicas e jurídicas. (..)

Em meio à crise causada pela pandemia de covid-19, o Santander reduziu a burocracia do produto chamado Use Casa, tornou o processo mais digital, para evitar o deslocamento do cliente, e está fazendo ofertas on-line e pelo aplicativo. (..) 

2020-06-12


segunda-feira, 8 de junho de 2020

Pandemia de conversa fiada

SINDUSCON-Rio / O Globo Notícias 08-06-2020, por Camila Zarur e  Thayz Guimarães 

A reinvenção das cidades depois da pandemia
Montagem: À beira do urbanismo
Imagem original Internet

Cidades se reinventam na busca de soluções para manter o distanciamento seguro durante e após a pandemia. Do incentivo ao uso da bicicleta a novas vias e calçadas largas, são muitas as medidas. Mas o Brasil e outros países da América Latina terão que encarar a questão habitacional e a gestão dos municípios para evitar tragédias como a que estamos vivendo.

Calçadas mais largas, pedestres dividindo a pista com veículos e mais alguns quilômetros de ciclovias pelo espaço urbano. Por causa do novo coronavírus, as cidades tiveram que se adaptar para oferecer mais segurança à população e garantir o distanciamento seguro em tempos de pandemia. Ao redor do mundo, diversos países adotaram medidas distintas nas diferentes fases do surto da doença, e algumas delas — bem simples e de baixo custo — podem ser incorporadas de forma permanente à paisagem urbana. 

Porém, as novas estratégias precisam vir acompanhadas de um planejamento urbano anterior, conforme explicam especialistas ouvidos pelo GLOBO. Este é o caso no Brasil e em outros países da América Latina, que, mesmo implementando tais medidas, devem sanar problemas habitacionais e de gestão para tornar suas cidades mais seguras em surtos sanitários. (..) 

2020-06-08

sábado, 9 de maio de 2020

Covid mata bairro inteligente e sustentável

Época / negócios 08-05-2020

Dona do Google desiste de construir bairro inteligente em Toronto

A crise causada pelo novo coronavírus afetou os planos da Alphabet, holding dona do Google. O braço de urbanismo do grupo, o Sidewalk Labs, desistiu de construir um bairro inteligente e sustentável em Toronto, no Canadá. O anúncio foi feito na quinta-feira (07/05) em comunicado escrito por Dan Doctoroff, CEO da Sidewalk Labs. Segundo o CEO, o projeto do bairro Quayside foi descartado por questões financeiras.
 
Instantâneo do momento em que, sob o olhar atônito de seus desafortunados residentes, o bairro Quayside era atacado por uma horda de temíveis coronavírus vindos, ao que parece, do espaço sideral chinês. Indagado pela reportagem sobre o antivírus utilizado em seu revolucionário programa urbano, o Google declarou que bairros inteligentes e sustentáveis não deveriam, ao menos em tese, precisar se precaver contra ameaças alienígenas.
Montagem À beira do urbanismo. Imagem original Internet
2020-05-09