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sábado, 16 de junho de 2012

Prodígios do urbanismo olímpico: autódromo em... Deodoro!

(A propósito de manifestação da vereadora Sônia Rabello contra a apropriação da área militar de Deodoro para a construção do novo autódromo.)

A decisão de construir o novo autódromo do Rio de Janeiro nessa área militar, chamada Camboatá, me parece uma estupidez digna do "urbanismo olímpico".

Localizada no centro de gravidade da cidade metropolitana a 0este da Baía de Guanabara, em meio a um oceano urbano de alta taxa de ocupação do solo, baixa renda e pouquíssima oferta de serviços públicos e amenidades, ela seria, por seu tamanho, forma, massa arbórea e acessibilidade por transporte público (Avenida Brasil com o ramal ferroviário de Japeri), muito mais adequada à instalação de um Parque Metropolitano de acesso controlado e povoado de instituições de pesquisa.

Por que não fazer o novo autódromo fora da zona urbana, por exemplo em algum lugar da planície relativamente despovoada e de alta acessibilidade de Seropédica, contígua à Rodovia Presidente Dutra, à rodovia Seropédica - Campo Grande e ao futuro Arco Metropolitano? 


O 'Autódromo de Seropédica' teria duas vantagens adicionais. A primeira, obrigar a uma ação pública ao menos defensável como 'legado olímpico', qual seja a duplicação e/ou redesenho da rodovia BR-465, conhecida como "Antiga Rio-São Paulo", com urbanização dos bairros lindeiros. A segunda, obrigar à criação de um Plano Diretor de Uso e Ocupação do Solo do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro. 
   
As comunidades do Baixo Guandu, a Universidade Federal Rural e os ambientalistas interessados em impedir a urbanização à bangu das encostas do Tinguá (Serra do Mar) agradeceriam penhoradamente.


2012-06-16

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Se a memória não me falha e se a vista não me pisca, era tudo pra ser feito com dinheiro do Batista!

Deu no Destak SP 04-05-2012
Custo inicial com estádios triplica e vai a R$ 6,9 bilhões
Se bem me lembro, primeiro vieram as indefectíveis declarações dos interessados diretos de que seria tudo feito com dinheiro privado, ante o silêncio conivente das autoridades federais, estaduais e municipais, todas perfeitamente conscientes de que tal promessa não passava de uma conveniente mentira - como no Pan2007.

Todavia, um aspecto incontornável da política de gastos públicos (se não é política é o que?) com a Copa do Mundo e as Olimpíadas é deixarem-se de lado, ou postergarem-se, projetos alternativos. A propósito, vale refletir sobre  a notícia, publicada n'O Globo há algum tempo, de que o Arco Rodoviário do Rio de Janeiro está quatro anos atrasado e terá o dobro do preço - de 536 milhões para mais de 1 bilhão! [*]

O trade off governamental entre  infraestruturas críticas e estádios de retorno duvidoso é um  interessante tema para um futuro desdobramento do artigo “Copa e Olimpíada: política anti-crise, de desenvolvimento ou de prestígio?”
postado em Uma estranha e gigantesca ave sobre Barcelona em 09-10-2011. 

O leitor pode acessá-lo pelo link

2012-05-25