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domingo, 28 de junho de 2020

A espiral especulativa e seu culto

Viva Balneário / Facebook 04-09-2019

Dos torres doradas de 193 metros que se recortan sobre el horizonte de la playa de Poniente de Benidorm: el Intempo, el edificio exclusivamente residencial más alto de España y uno de los primeros de Europa, se ha convertido en un símbolo de la capital turística de la Costa Blanca sin haber abierto al público aún ni una sola de sus 256 viviendas. Proyectada en el año 2006, el sueño de 47 plantas del empresario vasco José Ignacio de la Serna (Olga Urbana SL) encalló en la crisis del ladrillo y fue adquirido primero por la Sociedad de Gestión de Activos procedentes de la Reestructuración Bancaria (conocido como la Sareb), quien heredó en 2012 la deuda de 108 millones de Novacaixagalicia, la entidad que financió su construcción. En 2018 el fondo de inversión Strategic Value Partners (SVPGlobal) se hizo con el control del inmueble. (..)
Balneário espanhol de Benidorm, Comunidade Valenciana.
À esquerda, as Torres InTempo. Qualquer semelhança
de contexto não é mera coincidência. O eventual
compartilhamento de suas atribulações também não será.

2020-06-28

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Dilemas do social-rentismo

Público.pt 07-12-2019, por David Pontes / Editorial
https://www.publico.pt/2019/12/07/opiniao/editorial/habitacao-novo-desemprego-1896513

A habitação é o novo desemprego
Imagem: Internet
O turismo devolveu-lhes o emprego que faltou durante os tempos mais difíceis da troika, vitalizou a economia, mas acabou por lhes tirar a casa.

(..) O mais grave é que nesta ironia está encerrado o destino de muitos milhares de portugueses, com matizes nem sempre tão dramáticas como os que foram auxiliados pela Igreja do Mirante, mas com histórias igualmente complicadas de vidas gravemente perturbadas pela falta de habitação acessível. Nos últimos anos, a habitação tornou-se um problema central, com influência directa em questões determinantes do nosso futuro como a demografia, o ensino ou o ambiente. (..)


2019-12-16

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Círculo virtuoso III

Valor 29-11-2019, por Mônica Magnavita 

Na segunda residência, surfe na piscina e pista de pouso 

Imóveis de alto padrão
são o melhor veículo de
investimento na concentração
mundial da riqueza.” [*]
O mercado de condomínios de luxo com opções de lazer trouxe um conceito que vai além de conforto, beleza, segurança e comodidade. O consumidor de alta renda espera mais. Morar, ou passar fins de semana, em casas com acesso a campos de golfe, piscinas com ondas, hípicas para equitação, trilhas para caminhada pela natureza, pista para pouso aeronaves e marina para barcos é uma realidade desejada, e disponível, para quem pode dispor de, no mínimo, R$ 2,5 milhões para viver uma experiência que ultrapassa o simples ato de comprar um bom imóvel. É para quem almeja uma casa que traga, também, um estilo de vida.

Empreendimentos como o Fasano Cidade Jardim, Village Boa Vista, ambos em São Paulo e Aretê Búzios, no Rio de Janeiro, com pista de pouso para jato particular e marina para barcos, são alguns exemplos. Também no Rio, dois condomínios na Barra da Tijuca, bairro carioca a beira mar, Golden Green e Reserva Uno contam com campos de golfe. Os apartamentos têm plantas a partir de 500 metros quadrados, com valores superiores a R$ 7 milhões, de acordo com Alexandre Frickmann, diretor comercial da BAP Administradora de Bens. Segundo ele, o diferencial em áreas urbanas fica por conta do lazer sofisticado, como spa, piscina térmica, pistas de corrida e quadra de tênis.

O Fasano Cidade Jardim, em fase em de lançamento na capital paulista, tem como um de seus atrativos conexão com o hotel Fasano e com o sofisticado shopping Cidade Jardim, que reúne marcas como Gucci, Prada, Hermes, Valentino, Louis Vuitton, Dior e Cartier. Resultado de projeto em conjunto da incorporadora JHSF e do grupo Fasano, o condomínio, em uma área de seis mil metros quadrados, terá apartamentos de 156 m2 e 420 m2, com valor de R$ 35 mil o metro quadrado. Os moradores também terão acesso ao Fasano Club e à piscina aquecida com raia de 25 metros. “Procuramos investir para que o entretenimento associado ao imobiliário fosse diferenciado”, disse Thiago Alonso, CEO da JHSF, com o charme dos serviços prestados pela marca Fasano.

Quanto ao retorno, o metro quadrado, há dez anos, foi vendido em empreendimento semelhante, o Parque Cidade Jardim, a R$ 5 mil. Hoje, está em R$ 35 mil. Em breve, o mesmo grupo lançará o Village Boa Vista, condomínio de apartamentos de 150 m2 a 400 m2, contíguo à Fazenda Boa Vista, no município de Porto Feliz, com o conceito de segunda residência. Ou seja, casa para fins de semana e férias. Além de contar com todo o complexo de lazer da fazenda (cavalos, trilhas, dois campos de golfe, de polo, quadra de tênis, espaço para triatlo, ciclismo e lago voltado para natação), a novidade ficará por conta de uma piscina com ondas de até 2,70 metros de altura. Um achado para os surfistas do campo.

“O projeto veio a partir de um estudo realizado no mundo voltado para segunda residência que concluiu que o lazer era uma das coisas importantes nesse mercado. As pessoas querem ter um lugar prático onde possam reunir amigos e família”, diz Alonso.

Em comum, esses clientes têm hábitos e culturas similares. Os proprietários da Fazenda Boa Vista são, em geral, famílias com sobrenomes tradicionais e profissionais liberais de destaque. Muitas famílias reúnem várias gerações em casa, avós, pais e netos. Já o novo Village, com apartamentos, será voltado para famílias interessadas em serviços de qualidade com padrão de hotel cinco estrelas. “Hoje tanto a mulher quanto o marido têm atividade intensa durante a semana. No fim de semana, os dois querem descansar, por isso a oferta maior de serviços agregados”, disse Alonso.

No Rio de Janeiro, houve, nos últimos anos, mudança no perfil dos clientes muito ricos que buscam lazer acima de tudo. “Há menos de uma década, eram pessoas entre 45 e 60 anos. Agora, vemos um número maior de jovens milionários”, disse AlexandreFrickmann, referindo-se à geração dos millennials, que enriqueceu rapidamente, muitos deles com negócios em startups, fintechs, inteligência artificial.

O segmento de luxo passou ao largo da crise. “Esse é um mercado que tem comportamento descolado de outro segmentos imobiliários”, diz Claudio Hermolin, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário, Ademi- RJ.

Um dos motivos, além da queda de juros, foi o crescimento de 8,4% do rendimento médio do grupo 1% mais rico, segundo o IBGE. No ano passado, 14 mil brasileiros entraram para o grupo dos que possuem patrimônio superior a US$ 1 milhão, conforme a consultoria Capgemini. Hoje, há 186 mil milionários no Brasil. Ou seja, as perspectivas são promissoras.

2019-12-06

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[*] "Circulo virtuoso II", À beira do urbanismo, por Pedro Jorgensen
https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2017/12/circulo-virtuoso-ii.html

terça-feira, 18 de junho de 2019

Espiral de ouro

Ara.cat 17-06-2019, por Laia Forès
El Banc d'Espanya avisa que una baixada del preu de l'habitatge afectaria la solvència dels bancs


Ou seja, a estabilidade do sistema financeiro do século XXI está atada à elevação contínua do preço da moradia, que, nas condições de estagnação crônica da economia global, depende da concentração incessante dos rendimentos e da riqueza nos níveis mais elevados da pirâmide social e da invenção cada vez mais frenética de novas modalidades de extração desse excedente como renda da terra - de forma extensiva, pela via da hiperconcentração do capital investido na propriedade imobiliária urbana e na indústria de meios de hospedagem, ou intensiva, como são as novas mecas do investimento imobiliário.

2019-06-18


sexta-feira, 29 de março de 2019

E os patrícios vão morar… nas caravelas (3)


Jornal Econômico 24-03-2019, por Fernanda Pedro
Preços das casas vão estabilizar em Lisboa e subir nas periferias
(..) Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, revela ao Diário Imobiliário que é nos segmentos médio e médio baixo que se concentra, atualmente, a procura. “Contudo, a oferta disponível no mercado não é suficiente nem ajustada a este perfil de procura”, admite.
(..) Apesar da subida constante do preço das casas, o CEO da Century 21 revela que os indicadores da mediadora “levam-nos a acreditar que os preços vão estabilizar em Lisboa e subir nas periferias”.  Ricardo Sousa, acrescenta que o nível de preços dos imóveis no centro da cidade já está a superar o rendimento disponível das famílias portuguesas para aquisição de casa, pelo que a procura está a deslocalizar-se agora para as periferias, para encontrar as soluções de habitação em linha com as suas expetativas e capacidades financeiras. “Esta tendência vai, consequentemente, gerar maior pressão nos preços das zonas mais periféricas da cidade”.
O responsável indica que há cada vez mais famílias e jovens portugueses a não conseguirem aceder a soluções de habitação. (..) 
2019-03-29

quinta-feira, 21 de março de 2019

Money City

Deu no Isto É Dinheiro
17-03-2019, por Redação
Nasce em Nova York o maior empreendimento imobiliário da história, por US$ 25 bilhões
São 113.300m² de terreno abrigando escritórios, lojas icônicas e de luxo, múltiplos endereços de comida badalada, uma praça ao ar livre, escola, hotel e um edifício multiarte coexistindo com prédios residenciais
Nova York ganhou nesta sexta-feira um bairro. Em Manhattan. E por ser Nova York, e por ser Manhattan, o Hudson Yards já se tornou o maior empreendimento imobiliário privado da história americana. E consequentemente o maior da história da humanidade. São 113.300m² de terreno abrigando escritórios, lojas icônicas e de luxo, múltiplos endereços de comida badalada, uma praça ao ar livre, escola, hotel e um edifício multiarte coexistindo com prédios residenciais (cheque preços aqui). Related Companies e Oxford Properties Group, as corporações por trás da operação, construíram uma área de US$ 25 bilhões de dólares a partir do zero. Para o The New York Times, “são magnitudes de cair o queixo e você não vai entender até que esteja lá”. (Continua)

Leia também neste blog: "Circulo virtuoso II"
https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2017/12/circulo-virtuoso-ii.html

23-03-2019


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Alerta de temporal?

Deu no UOL Notícias
16-01-2019, por Patrick Clark/ Bloomberg
https://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2019/01/16/acaba-imunidade-das-metropoles-a-queda-do-mercado-imobiliario.htm
Acaba imunidade das metrópoles à queda do mercado imobiliário
(..) Para alguns, trata-se de um recuo bem organizado. Para outros, há motivos para preocupação. Um estudo divulgado em novembro pelo Fundo Monetário Internacional alertou que a sincronia dos preços dos imóveis residenciais nas cidades globais significa que choques locais podem abalar mercados no mundo todo.
Imagem: Internet
Várias cidades globais afetam "o sentimento sobre a percepção de risco", disse Albert Saiz, professor de economia urbana do Massachusetts Institute of Technology (MIT). "Se Nova York ou Londres escorregam, sua importância talvez seja suficiente para ter impacto sobre o mercado inteiro."
Na busca por maior rendimento, investidores internacionais despejaram dinheiro em propriedades nas cidades mais caras do mundo, elevando ainda mais os preços. As autoridades reagiram com restrições aos fluxos de capital externo. Ainda neste mês, parlamentares britânicos publicarão detalhes sobre o imposto sobre a compra de imóveis por estrangeiros em Londres, após o aumento das taxas sobre casas compradas por empresas e sobre imóveis comprados por quem já tinha a casa própria. O governo também eliminou isenções tributárias para quem financia a compra de imóveis para aluguel. Nos bairros mais caros de Londres, os preços das casas caíram 19 por cento desde o pico atingido em 2014, segundo dados da Savills, mas os esforços para restringir as compras para fins de investimento ainda estão em curso.
Em outras partes do mundo, observa-se uma dinâmica parecida. (Continua)
2019-01-21

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Minibum gourmet

Boletim ADEMI / Folha de São Paulo 18-08-2018, por Renan Marra 
http://www.ademi.org.br/article.php3?id_article=76012&recalcul=oui
Especialistas apostam em 'miniboom' dos imóveis de alto padrão
Montagem: à beira do urbanismo
Foto original M Piu / O Globo
2018-08-23

domingo, 10 de dezembro de 2017

Círculo virtuoso II

Terra Brasil 06-12-2017, por DINO
Imóvel de alto padrão pode ser boa opção de investimento

Notícias publicadas todos os dias na imprensa comum e especializada dão conta de que o imóvel de alto padrão é uma ótima - senão a melhor - opção de investimento. E não só no Brasil. Por que?

Porque a irrefreável concentração de riqueza que marca a economia do século XXI tem o dom de retroalimentar a espiral de valorização dos imóveis mais luxuosos e bem localizados mesmo em um cenário global de baixo crescimento, estagnação dos salários e precarização do trabalho.

Velhos e novos, verdadeiros e falsos, físicos e jurídicos, quanto mais renda concentram os ricos do mundo inteiro, mais se dispõem a pagar por imóveis de alto padrão em Nova York, Los Angeles, Miami, Londres, Paris, Hong Kong, Dubai, Vancouver, Sydney, Lisboa, São Paulo e Rio de Janeiro, na expectativa razoável de que não faltará quem lhes cubra a parada a qualquer momento em que queiram vendê-los. 

Imóveis de alto padrão são o melhor veículo de investimento na concentração mundial da riqueza.

Meu palpite é que os cortes fiscais previstos na nova Lei de Impostos de Trump, que beneficiam principalmente os americanos verdes, maduros e podres de ricos, servirão de combustível extra para acelerar a espiral de preços imobiliários e a gentrificação dos grandes centros urbanos globais

2017-12-10

sábado, 15 de julho de 2017

Moradia do dinheiro

Deu no Mother Jones maio-junho 2017, por Paul Roberts https://www.motherjones.com/politics/2017/05/hedge-city-vancouver-chinese-foreign-capital/


Is Your City Being Sold Off to Global Elites?
Visas for sale, skyrocketing housing prices, miles of condos
Fonte: https://www.vancouverrealestatepodcast.com
/podcast/speculation-is-good-for-vancouver/
It’s midmorning on a Saturday in Richmond, a suburb of Vancouver, British Columbia, and this is maybe the 20th example we’ve seen of what locals call the “empty-house syndrome"—homes purchased by foreign nationals, many of them wealthy Chinese, and left to sit vacant. Some will eventually have occupants; Vancouver is a top destination for well-heeled emigrants. But often, the new owners treat the houses as little more than vehicles for spiriting capital out of China. By one recent estimate, 67,000 homes, condos, and apartments in the Vancouver metro area, or about 6.5 percent of the total, are either empty or “underused”—an appalling statistic, given a housing market so tight that rental vacancy rates are below 1 percent. Hence the shoes: To shield absentee owners from public opprobrium, niche firms specializing in “vacant-property maintenance” will arrange elaborate camouflages—everything from timed light switches and “garden staging” to artful props, like pumpkins at Halloween and wreaths at Christmas.
(..) For wealthy Chinese, Vancouver has emerged as the perfect “hedge city”—scenic, cosmopolitan, with good schools, a long-standing Chinese community, and an undervalued (by global standards) real estate market where capital can be sheltered against mounting economic and political uncertainties back home. In 2015 alone, according to estimates by Canada’s National Bank Financial, Chinese purchases of real estate in the Vancouver metropolitan area amounted to nearly $ 10 billion, or a third of the total dollar amount spent on city real estate. (Figures are in US dollars unless otherwise noted.) So popular is Vancouver among hedgers that local real estate firms send Mandarin-speaking recruiters to Chinese cities to entice buyers to take bus tours of Vancouver’s upscale neighborhoods.
But for many longtime residents, Vancouver’s evolving role as a giant safety deposit box for China’s elite has been profoundly destabilizing. Thanks in part to foreign capital, home prices here have more than doubled since 2006. In one 12-month period (mid-2015 to mid-2016), the median price for a single-family house jumped nearly 40 percent, to $ 1.17 million, making Vancouver almost as expensive as San Francisco, but with a job market that is far less varied and robust. (Continua)

2017-07-15


quarta-feira, 12 de março de 2014

O Porto e a Bolha


Montagem: abeiradourbanismo
Imagens originais Internet
Por mais focados que estejamos nas especificidades do nosso mister, não há de escapar aos arquitetos e urbanistas que o condão “regenerativo” da maior parte das Grandes Operações, ou Grandes Projetos, urbanos de nossa época é mera externalidade - positiva para o nosso páthos profissional - do poder que tem a combinação dos fatores localização centralterra públicaturismo internacionalcentros empresariais e, eventualmente, habitação gentrificada de alentar economias urbanas cronicamente deprimidas com espirais ascendentes de preços imobiliários. 

A flagrante similaridade dos programas, recursos e métodos de gestão - sem falar de arquitetura e aparato simbólico - dos Grandes Projetos de revitalização de áreas centrais obsolescentes é testemunha de sua subordinação à dinâmica e às necessidades do mercado financeiro global.

As ondas de choque do estouro da bolha imobiliária em 2007 podem fazer do Porto Maravilha o último Grande Projeto Urbano do seu gênero. A pergunta, a esta altura, é se, como e quando ele poderá se completar. 

2013-11-23