sábado, 5 de janeiro de 2013

Paulistana 1: O pão nosso de cada dia

Inauguração da Avenida Paulista em 1891.
Aquarela de Jules Martim*
Encontros extraordinários só me acontecem em Botafogo e Ipanema, nunca em Bangu ou Belford Roxo. Sempre que alguém me diz, “Puxa, como este mundo é pequeno”, eu respondo: “Nós é que somos poucos”.

Para não me deixar mentir, quis o acaso que, numa breve e quase anônima estada de três dias numa metrópole de mais de 20 milhões de habitantes, terceira ou quarta maior aglomeração urbana do planeta, cruzei, na entrada de um centro comercial da Avenida Paulista, como se fosse um evento absolutamente corriqueiro, com a urbanista mais famosa do Brasil.

Ela não me reconheceu, por certo – eu não sou, decididamente, uma figura popular. Fato é, creiam-me, que o encontro extraordinário ocorreu, tão inexorável como seria se frequentássemos, toda manhã, a mesma padaria. 

Mundo pequeno, mesmo! Botafogo, Ipanema e Jardim Paulista.



*Fonte:http://fotonocaminhosaopaulo.blogspot.com.br/2009/05/paulista_28.html