sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Drácula de Bram Stoker

Deu no SOPESP
09-12-2012, por Chiara Quintão / Valor

Hospedagem em cápsulas já é realidade em São Paulo 
Montagem: àbeiradourbanismo
Imagem original: Internet
Principal incorporadora de referência no segmento de compactos, a Vitacon se inspirou nos hotéis-cápsulas do Japão e está oferecendo, há duas semanas, hospedagem de curta permanência em cabines de dois metros quadrados, nas proximidades da avenida Faria Lima, no Itaim Bibi, na zona Sul de São Paulo. A proposta do projeto, denominado “On Pod”, é oferecer um espaço para demandas de uma hora a até alguns dias. Ainda neste ano, será inaugurada unidade de cápsulas na avenida Paulista, na região do Paraíso.
Segundo Alexandre Frankel, fundador da Vitacon, esse modelo de hospedagem se mostra como solução para situações específicas. É o caso de quem virou a noite na balada ou no trabalho, mora longe e quer descansar algumas horas. “Pessoas que vêm a São Paulo de última hora são outro exemplo, assim como quem trabalha em uma startup e vai participar de evento no Cubo Itaú, a uma quadra do Pod”, acrescenta o empresário. (Continua)
2019-12-20



quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Unidas para sempre

Deu no UOL Economia
10-12-2019, por Laura Benitez, Jack Sidders e Irene Garcia Perez
Emissão de dívida alimenta expansão imobiliária na Alemanha
É a maior economia da Europa e conhecida pela aversão à emissão de dívida, o que a protege dos altos e baixos enfrentados repetidamente pelos países vizinhos.
Fonte: Internet
Agora, a Alemanha está no centro de uma expansão imobiliária alimentada por dívida que, segundo analistas, parece frágil com o potencial de afetar o patrimônio de investidores em todo o mundo.
Empresas imobiliárias alemãs estão emitindo dívida no ritmo mais rápido de todos os tempos: só este ano as ofertas de títulos somam US$ 19 bilhões, quase metade do total emitido pelo setor na Europa. A maior parte dessa dívida foi comprada por gestoras de recursos estrangeiras, incluindo BlackRock e Allianz, repassando bilhões para as empresas imobiliárias que investiram os recursos em uma onda de construções e compras num mercado imobiliário aquecido.
(..) Além dos proprietários comerciais, as empresas que investem em apartamentos alemães também recorreram ao mercado de títulos e enfrentam dores de cabeça devido a um possível congelamento do aluguel determinado pelo governo em Berlim. A capital do país é central para as carteiras da Deutsche Wohnen e ADO Properties, dois dos maiores emissores de títulos nos últimos três anos. (Continua)

2019-12-18

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Dilemas do social-rentismo

Deu no Público.pt 
07-12-2019, por David Pontes / Editorial
https://www.publico.pt/2019/12/07/opiniao/editorial/habitacao-novo-desemprego-1896513
A habitação é o novo desemprego
O turismo devolveu-lhes o emprego que faltou durante os tempos mais difíceis da troika, vitalizou a economia, mas acabou por lhes tirar a casa.

(..) O mais grave é que nesta ironia está encerrado o destino de muitos milhares de portugueses, com matizes nem sempre tão dramáticas como os que foram auxiliados pela Igreja do Mirante, mas com histórias igualmente complicadas de vidas gravemente perturbadas pela falta de habitação acessível. Nos últimos anos, a habitação tornou-se um problema central, com influência directa em questões determinantes do nosso futuro como a demografia, o ensino ou o ambiente. 
(Continua)
2019-12-16

sábado, 14 de dezembro de 2019

Muito além do urbanismo

Deu no The Guardian 
08-11-2019, por Hannah Ellis-Petersen
https://www.theguardian.com/world/2019/dec/08/delhi-fire-india-factory-dozens-dead
Delhi fire: at least 43 dead in ‘horrific’ factory blaze
(..) Police said the building had violated multiple regulations and the owner had been arrested. Many of those who gathered near the site of the fire at Sadar Bazaar blamed the city council for poor oversight and regulation, as it is thought the factory was operating illegally. According to the head of the city’s fire services, Atul Garg, the building did not have fire clearance.
Sanjay Singh, a local MP, said it was the responsibility of municipal authorities to shut the factory down if it was operating illegally. “How did MCD [the council] allow the factory to run?” he asked.
Many factories and small manufacturing units in big Indian cities are located in old, cramped quarters of the cities, where the cost of land is relatively cheaper. Such units often also serve as sleeping quarters for poor, mostly migrant labourers and workers, who manage to save money by sleeping overnight at their workplaces. Lack of planning and lax enforcement of building and safety regulations often leads to such deadly accidents.

*

Estima-se que 50 trabalhadores dormiam, no momento do incêndio,  nas instalações desse “suadouro” situado numa ruela do velho centro comercial de Delhi. 

É claro que faltam planejamento, regulação, fiscalização e poder de  polícia urbanística.

Mas as instituições do urbanismo não têm, por si sós, o condão de reverter a expansão da precariedade e da informalidade, habitacional e trabalhista, gerada continuamente nas entranhas da economia monopolista do século XXI - muito especialmente nos países médios e pobres da Ásia, África e América Latina mas também, a essa altura, também nos países ricos, fulminados pelo “efeito bumerangue” de sua própria potência imperialista. 

2019-12-14



quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Concessões cariocas: buracos sem fundo

Deu n’O Globo
30-11-2019, por Aline Macedo
Justiça permite que o estado volte a investir na conclusão da estação de metrô da Gávea
Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
Depois de quase cinco anos de paralisação, as obras para concluir a estação do metrô da Gávea, que integra a Linha 4, podem ser retomadas pelo estado. Na sexta-feira, uma decisão da 16ª Vara de Fazenda Pública revogou a liminar que impedia o governo de investir recursos próprios na construção. A proibição era um pedido do Ministério Público do Rio, que calcula um superfaturamento de mais R$ 3 bilhões no projeto: alegando a defesa do patrimônio público, o órgão quer que todos os custos adicionais para a conclusão da estrutura sejam arcados exclusivamente pela concessionária que iniciou a obra.
A nova decisão judicial levou em consideração um relatório da PUC-Rio que apontou risco iminente à segurança não apenas dos trabalhadores, como também dos moradores do entorno da estação, que deveria ter ficado pronta para a Olimpíada de 2016. Segundo o laudo, a água ácida do poço que, desde 2018, mantém a estabilidade do buraco já escavado, ataca tanto o aço como o concreto da estrutura. Para piorar, a vida útil dos tirantes provisórios instalados na estação em 2015 é de dois anos. (Cont.) 

2019-12-06



terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Euforia imobiliária

Deu no Informe Diário ADEMI
02-12-2019, por Estação / Economia
‘Aprovaram o dobro de unidades em relação ao que foi vendido’
Incorporador paulistano eufórico com
a perspectiva de um fabuloso encalhe * 
O empresário Mauro Teixeira Pinto, sócio da construtora TPA, especializada em erguer edifícios residenciais no centro de São Paulo, está cauteloso, apesar da melhora que houve no mercado imobiliário este ano. Nos últimos 12 meses até setembro, foram vendidas na capital paulista 42 mil unidades, aponta pesquisa do Secovi-SP. 
Teixeira diz que, além destas, foram aprovadas na capital paulista 80 mil unidades que ainda serão lançadas. “Aprovaram o dobro de unidades em relação ao que está vendendo, é um exagero”, afirma. Ele se diz assustado com a euforia que há hoje no setor, mas mantém os planos de lançar três empreendimentos no centro em 2020. A seguir, trechos da entrevista. (Continua)
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2019-12-08




domingo, 8 de dezembro de 2019

O silêncio sorridente da FIESP

Deu no G1
02-12-2019, por G1 
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/12/02/mortes-em-paraisopolis-o-que-se-sabe-e-o-que-falta-esclarecer.ghtml
Mortes em Paraisópolis: o que se sabe e o que falta esclarecer
Foto: Tuca Vieira 2004

Não é concebível, nos dias de hoje, a remoção de um bairro popular de 100 mil habitantes e 8 mil estabelecimentos comerciais numa área de 10 quilômetros quadrados, dito a 2a maior favela de São Paulo e 5a maior do Brasil, ainda que precariamente urbanizado e majoritariamente constituído de contruções informais.

Mas não custa lembrar que Paraisópolis, mundialmente conhecido pela foto histórica de Tuca Vieira (2004) como símbolo da desigualdade urbana no Brasil, ocupa o coração da região urbana para onde se expande o mercado paulistano de imóveis de alto padrão, menina dos olhos do espasmo econômico que se quer fazer passar, à toda custa, por indício da "retomada do crescimento” e justificativa para a extinção de todos os direitos que não o de propriedade.

"Não cabia mais ninguém no auditório da Fiesp. Numa noite fria de junho, o presidente cantou o Hino Nacional, posou para fotos e ganhou uma medalha dos capitães da indústria. Depois caminhou até a tribuna e passou a elogiar o ministro do Meio Ambiente.
“O Ricardo Salles é um homem que está no lugar certo”, exaltou. “Os produtores rurais, cada vez mais, têm menos medo do Ibama. Eu paguei uma missão para ele: ‘Mete a foice em todo mundo’. Não quero xiita ocupando esses cargos”, prosseguiu.
A plateia interrompeu o discurso com aplausos. (..)"
"O atestado do desastre", por Bernardo Melo Franco / O Globo 19-11-2019
*
"E ouvir o silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina"
("Haiti", Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1993)

2019-12-08


sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Círculo virtuoso III

Deu no Valor 
29-11-2019, por Mônica Magnavita 
Na segunda residência, surfe na piscina e pista de pouso 
Imóveis de alto padrão
são o melhor veículo de
investimento na concentração
mundial da riqueza.”*
O mercado de condomínios de luxo com opções de lazer trouxe um conceito que vai além de conforto, beleza, segurança e comodidade. O consumidor de alta renda espera mais. Morar, ou passar fins de semana, em casas com acesso a campos de golfe, piscinas com ondas, hípicas para equitação, trilhas para caminhada pela natureza, pista para pouso aeronaves e marina para barcos é uma realidade desejada, e disponível, para quem pode dispor de, no mínimo, R$ 2,5 milhões para viver uma experiência que ultrapassa o simples ato de comprar um bom imóvel. É para quem almeja uma casa que traga, também, um estilo de vida.
Empreendimentos como o Fasano Cidade Jardim, Village Boa Vista, ambos em São Paulo e Aretê Búzios, no Rio de Janeiro, com pista de pouso para jato particular e marina para barcos, são alguns exemplos. Também no Rio, dois condomínios na Barra da Tijuca, bairro carioca a beira mar, Golden Green e Reserva Uno contam com campos de golfe. Os apartamentos têm plantas a partir de 500 metros quadrados, com valores superiores a R$ 7 milhões, de acordo com Alexandre Frickmann, diretor comercial da BAP Administradora de Bens. Segundo ele, o diferencial em áreas urbanas fica por conta do lazer sofisticado, como spa, piscina térmica, pistas de corrida e quadra de tênis.
O Fasano Cidade Jardim, em fase em de lançamento na capital paulista, tem como um de seus atrativos conexão com o hotel Fasano e com o sofisticado shopping Cidade Jardim, que reúne marcas como Gucci, Prada, Hermes, Valentino, Louis Vuitton, Dior e Cartier. Resultado de projeto em conjunto da incorporadora JHSF e do grupo Fasano, o condomínio, em uma área de seis mil metros quadrados, terá apartamentos de 156 m2 e 420 m2, com valor de R$ 35 mil o metro quadrado. Os moradores também terão acesso ao Fasano Club e à piscina aquecida com raia de 25 metros. “Procuramos investir para que o entretenimento associado ao imobiliário fosse diferenciado”, disse Thiago Alonso, CEO da JHSF, com o charme dos serviços prestados pela marca Fasano.
Quanto ao retorno, o metro quadrado, há dez anos, foi vendido em empreendimento semelhante, o Parque Cidade Jardim, a R$ 5 mil. Hoje, está em R$ 35 mil. Em breve, o mesmo grupo lançará o Village Boa Vista, condomínio de apartamentos de 150 m2 a 400 m2, contíguo à Fazenda Boa Vista, no município de Porto Feliz, com o conceito de segunda residência. Ou seja, casa para fins de semana e férias. Além de contar com todo o complexo de lazer da fazenda (cavalos, trilhas, dois campos de golfe, de polo, quadra de tênis, espaço para triatlo, ciclismo e lago voltado para natação), a novidade ficará por conta de uma piscina com ondas de até 2,70 metros de altura. Um achado para os surfistas do campo.
“O projeto veio a partir de um estudo realizado no mundo voltado para segunda residência que concluiu que o lazer era uma das coisas importantes nesse mercado. As pessoas querem ter um lugar prático onde possam reunir amigos e família”, diz Alonso.
Em comum, esses clientes têm hábitos e culturas similares. Os proprietários da Fazenda Boa Vista são, em geral, famílias com sobrenomes tradicionais e profissionais liberais de destaque. Muitas famílias reúnem várias gerações em casa, avós, pais e netos. Já o novo Village, com apartamentos, será voltado para famílias interessadas em serviços de qualidade com padrão de hotel cinco estrelas. “Hoje tanto a mulher quanto o marido têm atividade intensa durante a semana. No fim de semana, os dois querem descansar, por isso a oferta maior de serviços agregados”, disse Alonso.
No Rio de Janeiro, houve, nos últimos anos, mudança no perfil dos clientes muito ricos que buscam lazer acima de tudo. “Há menos de uma década, eram pessoas entre 45 e 60 anos. Agora, vemos um número maior de jovens milionários”, disse AlexandreFrickmann, referindo-se à geração dos millennials, que enriqueceu rapidamente, muitos deles com negócios em startups, fintechs, inteligência artificial.
O segmento de luxo passou ao largo da crise. “Esse é um mercado que tem comportamento descolado de outro segmentos imobiliários”, diz Claudio Hermolin, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário, Ademi- RJ.
Um dos motivos, além da queda de juros, foi o crescimento de 8,4% do rendimento médio do grupo 1% mais rico, segundo o IBGE. No ano passado, 14 mil brasileiros entraram para o grupo dos que possuem patrimônio superior a US$ 1 milhão, conforme a consultoria Capgemini. Hoje, há 186 mil milionários no Brasil. Ou seja, as perspectivas são promissoras.
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* "Circulo virtuoso II", À beira do urbanismo
https://abeiradourbanismo.blogspot.com/2017/12/circulo-virtuoso-ii.html


2019-12-06


quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Sua Casa Minha Vida (4)

Deu no Cidadeverde.com
26-11-2019, por Cidadeverde / Folhapress https://cidadeverde.com/noticias/312966/mercado-imobiliario-retoma-lancamentos-mas-credito-para-os-mais-pobres-preocupa

Mercado imobiliário retoma lançamentos, mas crédito para os mais pobres preocupa
Os indicadores imobiliários divulgados pela Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) nesta segunda-feira (25) mostram um aumento de 23,9% no volume de lançamentos no país no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano
passado. Nos primeiros nove meses deste ano, o número de lançamentos ficou em 82.044 unidades. Em 2018, entre janeiro e setembro foram registrados 70.059 lançamentos. Para o presidente da Cbic, José Carlos Martins, os números demonstram consistência na recuperação do setor, que aposta em resultados ainda melhores no trimestre final deste ano.
(..) Os números vão bem, mas o financiamento da habitação popular preocupa. O Minha Casa Minha Vida ainda responde a 56,9% dos lançamentos no terceiro trimestre deste ano. A participação é relevante também em São Paulo, onde representa 44% dos lançamentos e 46% das vendas. Crítico da liberação de recursos do FGTS para o estímulo ao consumo, o presidente da Cbic diz que a habitação de médio e alta padrão encontrará outros caminhos para o crédito, mas que o crédito para os mais pobres ainda precisa de soluções. "Todas as projeções são de otimismo, mas a fonte de financiamento é uma preocupação. Temos certeza que o mercado de classe média vai embora, vai em frente, mas nos preocupa o orçamento cada vez menor justamente onde se concentra o déficit", diz. (Continua)

2019-12-04

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Civilização brasileira

Deu no Yahoo Notícias 30-11-2019, por Gian Amato / O Globo
Imóveis ganham suítes e chuveirinho no banheiro em Portugal para atrair ricos brasileiros 
Brasileiro recém-chegado a Portugal
ensina aos patrícios o uso da
ducha higiênica
Imagem: https://www.mdig.com.br/index.php?itemid=45690
O fluxo crescente de endinheirados entre Brasil e Portugal atrai bancos internacionais para Lisboa e provocam mudanças no mercado imobiliário do país para atender às preferências dos brasileiros. 
Nos primeiros nove meses deste ano, 176 investidores do Brasil transferiram € 132,6 milhões, o equivalente a R$ 617 milhões para Portugal, 46,5% mais que no mesmo período de 2018, como forma de obter os chamados vistos gold, que dão direito à residência em contrapartida à compra de imóveis de alto padrão, a partir de € 500 mil (R$ 2,3 milhões). 
A chegada dos brasileiros ricos obrigou as construtoras e imobiliárias de luxo a adaptarem os imóveis para atender aos pedidos bem característicos desses clientes, como dependências de empregados domésticos, suítes em todos os quartos, com instalação de duchas higiênicas, e áreas de serviço com tanques. (Continua)
2019-12-02