O silêncio sorridente da FIESP

G1 02-12-2019 

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/12/02/mortes-em-paraisopolis-o-que-se-sabe-e-o-que-falta-esclarecer.ghtml

Mortes em Paraisópolis: o que se sabe e o que falta esclarecer

Não é concebível, nos dias de hoje, a remoção de um bairro popular de 100 mil habitantes e 8 mil estabelecimentos comerciais numa área de 10 quilômetros quadrados, dito a 2a. maior favela de São Paulo e 5a maior do Brasil, ainda que precariamente urbanizado e majoritariamente constituído de contruções informais.

Foto: Tuca Vieira 2004

Mas não custa lembrar que Paraisópolis, mundialmente conhecido pela foto histórica de Tuca Vieira (2004) como símbolo da desigualdade urbana no Brasil, ocupa o coração da região urbana para onde se expande o mercado paulistano de imóveis de alto padrão, menina dos olhos do espasmo econômico que se quer fazer passar, à toda custa, por indício da 'retomada do crescimento' e justificativa para a extinção de todos os direitos que não o de propriedade.

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"Não cabia mais ninguém no auditório da Fiesp. Numa noite fria de junho, o presidente cantou o Hino Nacional, posou para fotos e ganhou uma medalha dos capitães da indústria. Depois caminhou até a tribuna e passou a elogiar o ministro do Meio Ambiente.

“O Ricardo Salles é um homem que está no lugar certo”, exaltou. “Os produtores rurais, cada vez mais, têm menos medo do Ibama. Eu paguei uma missão para ele: ‘Mete a foice em todo mundo’. Não quero xiita ocupando esses cargos”, prosseguiu.

A plateia interrompeu o discurso com aplausos. (..)"

"O atestado do desastre", por Bernardo Melo Franco / O Globo 19-11-2019

https://gilvanmelo.blogspot.com/2019/11/bernardo-mello-franco-o-atestado-do.html

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"E ouvir o silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina"
("Haiti", Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1993)

2019-12-08