sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Arquitetura desenvolvimentista

Publicado na Vitruvius
Ano 21, ago. 2020, por Diogo Augusto Mondini Pereira

“O imaginário das estações rodoviárias modernistas nas décadas de 1960, 1970 e 1980 - Arquitetura como grande praça coberta” 

Rodoviária de Jaú, 1973, arquiteto Vilanova Artigas
“(..) Desde os primórdios da república um dos pilares desta pretensa modernização nacional foi a tentativa de implementação de um sistema rodoviário capaz de interligar o território nacional. Buscava-se, através da rodovia, romper com a condição de arquipélago agrário-exportador historicamente constituído no território nacional. Neste plano de modernização nacional composto também pela industrialização e urbanização, a estação rodoviária colocava-se como materialização espacial deste fenômeno nas cidades brasileiras.
Não parece, portanto, fortuita a decisão de Lucio Costa na implantação da Plataforma Rodoviária, “transformando o próprio centro geométrico da cidade em terminal local e interestadual; de certa maneira sendo Brasília a capital, é quase como se postulasse um centro do país”. Costa propunha mesclar a função do terminal rodoviário com a própria cidade, nas palavras do arquiteto a Plataforma deveria ser “o centro de diversões da cidade (mistura em termos adequados de Piccadilly Circus, Times Square e Champs Elysées)”.
Esta concepção urbana proposta por Lucio Costa se repetiria na construção das novas estações rodoviárias.” (Continua)

Sobre o tema “estações rodoviárias”, leia também neste blog
O Porto Maravilha, o trem-bala e o trambolho” (06-07-2011)

2020-08-21