quarta-feira, 2 de julho de 2025

Santos 1959: O centro de Salvador, bancos


SANTOS M, O Centro da Cidade do Salvador (excerto), 2a. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Salvador: Edufba, 2008, pp. 89-90
https://pt.scribd.com/.../O-Centro-Da-Cidade-de-Salvador
Agências bancárias, Salvador 1959 cf SANTOS M, op. cit.

(..) Os bancos da rede nacional financiam o comércio de exportação e importação, a agricultura comercial e a especulação imobiliária, bem como a indústria, embora em menor escala. (..) Os bancos regionais ou locais, possuindo capitais menores, interessam-se sobretudo pelo comércio, agricultura comercial e especulação imobiliária, que asseguram uma movimentação de fundos mais rápida. (..) Isso explica por que os bancos, ligados estreitamente ao comércio e, consequentemente, 'ao porto, tenham preferido a Cidade Baixa para a sua instalação. Ali os negócios financeiros criam quarteirões fortemente especializados, nas ruas Miguel Calmon, Portugal e avenida Estados Unidos. (..) É na Cidade Baixa que se acham as principais sedes bancárias, enquanto na rua Chile, São Pedro, Calçada e Baixa dos Sapateiros há escritórios secundários, as "agências metropolitanas". (..) O desenvolvimento do comércio na Cidade Alta e na Calçada levou os bancos a abrirem agências metropolitanas, sobretudo na rua Chile e Ajuda, onde se encontram sete delas. Novas foram abertas em São Pedro, Baixa dos Sapateiros e Calçada, estas sob a influência das indústrias de Itapagipe e do comércio. Para fazer uma idéia da valorização da rua Chile como localização bancária, basta acrescentar que uma casa de chá, de enorme clientela, fechou recentemente suas portas para acolher um guichê bancário, bem como o fato, já mencionado, da ocupação de algumas partes do Palácio do Governo por um guichê secundário do Banco do Estado. (..)

2025-07-02