terça-feira, 22 de maio de 2012

Postagem recomendada: "A Falácia do Mergulhão"

Recomendo a postagem “A Falácia do Mergulhão”, em Desabafos Niterioenses, como exemplar de como funcionam os projetos e obras públicas urbanas na era do triunfo do “planejamento estratégico”, isto é, os governos das empreiteiras, imobiliárias e concessionárias – quando o próprio “planejamento estratégico” tornou-se, por motivos óbvios, irrelevante. 

(Voltarei ao tema. O chamado Planejamento Estratégico da década de 1990 era mais propriamente uma transição da "cidade regulada" para a "cidade oligopolizada"). 

A propósito, a imprensa fluminense tem noticiado o descontentamento dos moradores de Pedra de Guaratiba com o "Transoeste", não porque são contra o novo meio de transporte, como bem explicou um cidadão entrevistado pela rádio Band News, mas porque o sistema implantado lhes estaria impondo um aumento de 8km no trajeto entre o bairro e a região de Santa Cruz. O projeto, "ninguém sabe, ninguém viu". Ele existe, decerto, mas eu aposto que dificilmente poderá ser encontrado, mesmo para consulta, em qualquer órgão do governo municipal. 

Outra importante característica das intervenções urbanas de nossa época é a utilização - no mínimo qualificável de propaganda enganosa - de "marcas" de prestígio nacional e internacional como "Jogos Olímpicos", "Copa do Mundo", "Guggenheim", "Oscar Niemeyer", "Jaime Lerner" etc. como uma espécie de "licença para matar": alguns governos usam-nas para eximir-se da obrigação de prestar contas ao público e para justificar, a priori, quaisquer políticas e intervenções que lhes convenham, à custa dos planos vigentes e até da malversação dos projetos originais.

Acesse a matéria de "Desabafos Niteroienses" pelo link
http://www.desabafosniteroienses.com.br/2012/05/falacia-do-mergulhao.html




2012-05-22