quarta-feira, 27 de abril de 2011

Caio Martins, Niterói: Sede olímpica da construção em altura?

DESDE QUE VOLTEI a residir em Niterói, minha cidade natal, há cerca de dezoito meses, não parei de intrigar-me com o destino no Complexo Desportivo Caio Martins, onde passo todos os dias a caminho de casa.

Ocupando o equivalente a quatro quadras na região mais valorizada da cidade, o Caio Martins é um estranho conjunto esportivo com um ginásio circular e uma piscina olímpica onde quase nada de relevante acontece e um estádio de futebol semi-abandonado cuja maior serventia talvez seja proporcionar, com seus longos muros e arquibancadas projetadas sobre a calçada, o abrigo e privacidade a que têm direito, como qualquer um de nós, os sem-teto que a habitam cronicamente – não me espantaria que os atuais fossem desabrigados do Morro do Bumba ainda à espera de uma solução.

O contraste é evidente, uma vez que ao redor do Caio Martins a cidade se renova ao preço de até R$ 6.000,00 o m2 residencial construído, com intensidades de ocupação que chegam a atingir os absurdos índices de 5, 6 e até 7 vezes a área do terreno.

A mim, que sou amante de quase todos os esportes e, por razões que não cabem neste artigo, convicto adversário da indústria olímpica mundial e brasileira, nunca me assaltaram dúvidas sobre o imenso potencial do Caio Martins como equipamento público desportivo. O mesmo não se pode dizer, ao que parece, dos homens públicos, para-públicos e privados que ganham montanhas de prestígio e sabe-se lá que caudais de dinheiro como gerentes, propagandistas e sanguessugas do grande sonho olímpico nacional de 2016.

Trago bem vivas na memória as épicas batalhas de futebol de salão que opunham, para delírio de suas torcidas, Liceu x Salesiano, Figueiredo Costa x Instituto Abel e outros clássicos dos jogos estudantis niteroienses da década de 1960. Talvez por isso, como ex-profissional de planejamento urbano e governamental me pus a imaginar cenários, excessivamente otimistas talvez, em que a prefeitura, a universidade e os estaleiros locais bancavam equipes de vôlei, basquete e futebol de salão para, a exemplo dos atuais Petrópolis de futsal e Macaé de vôlei, disputar as ligas nacionais tendo o Caio Martins como seu “ginásio de mando” – criando, de quebra, uma boa alternativa noturna nesta cidade onde a diversão quase que se resume (menos mal) a comer fora.

Podem-se imaginar infinitos cenários. Não há sequer contradição entre a valorização imobiliária do bairro e o pleno funcionamento de um grande complexo esportivo, bastando que um plano gerencial ousado se faça acompanhar de um projeto arquitetônico e urbanístico que transforme o Caio Martins num lugar bonito, eficiente e atrativo: em vez de um estádio de futebol inútil, campos de pelada, quadras de tênis e pistas de skate com ciclovias, calçadas largas e passeios arborizados, além de cercas vivas e fechamentos semi-transparentes onde houver necessidade.

Eis, porém, que o cacoete de urbanista foi obrigado a dar lugar àquilo que, desde o início, era em mim uma sombria intuição: dias atrás, o saite do jornal O Dia anunciava a iminente venda do Complexo Esportivo Caio Martins, em Niterói, pelo Botafogo de Futebol e Regatas – sim, o Glorioso Botafogo de Heleno, Quarentinha, Garrincha, Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho.

O erro da matéria era evidente. O Botafogo não poderia vender o Caio Martins pela simples razão de que este não lhe pertence, apenas lhe serve por concessão do Estado do Rio de Janeiro. Talvez relegada a algum “buraco da memória” orwelliano, a matéria não é mais encontrada pela ferramenta de busca do saite, mas as que lá estão dizem com todas as letras de quem é o sinistro desígnio:


Rio - O Complexo Esportivo Caio Martins, em Niterói, vai acabar. O governo do Estado venderá o conjunto, formado por estádio de futebol, ginásio e piscina olímpica. O comprador poderá demolir as instalações e usar o terreno para construir prédios: terá apenas que fazer equipamentos esportivos para a comunidade. (O Dia, 16-04-2011)

Socorram-me juristas e advogados, mas creio que pelas regras do direito administrativo um bem de uso especial – seguramente o caso do Caio Martins – não pode ser vendido pelo Executivo estadual sem ser desafetado desse uso pela Câmara dos Deputados. Ora, vender o velho presídio da Rua Frei Caneca, na região central do Rio de Janeiro, para implantar um grande projeto habitacional de interesse social é exatamente o oposto de vender um grande complexo esportivo de interesse social para transformá-lo em mais um paliteiro residencial de (relativo) luxo no centro de Icaraí!

A palavra está, pois, com o Ministério Público, mas também com o Tribunal de Contas, ao qual cabe zelar pela correta administração e destinação dos bens do povo sob a guarda do Estado, e à Câmara dos Deputados, que tem a oportunidade de, ao menos uma vez na vida, exercer a vontade soberana do eleitorado fluminense: já está em curso um movimento popular contra esse esbulho.

Não podemos, todavia, esquecer o prefeito e a Câmara Municipal de Niterói, aos quais cabe uma grave responsabilidade pois QUEM REGULA OS USOS E EDIFICABILIDADES DE CADA QUADRA DA CIDADE REGULA AO MESMO TEMPO... O VALOR DA TERRA, que, neste caso, o Estado proprietário quer vender! Há vagas para figurantes neste filme, no papel de vendilhões do templo. Alguém se candidata?

De minha parte, rogo ao grande Zeus do Olimpo o mesmo destino dos companheiros de Odisseu na morada do Cíclope para todos os hipócritas públicos e privados que contribuírem, ativa ou passivamente, para perpetrar este hediondo crime de lesa-cidade e lesa-esporte em nome do interesse geral e da boa marcha - quem há de duvidar? - do negócio olímpico nacional.

“O oráculo me soprou que Caio Martins, o escoteiro-padrão do Brasil, vai levar a Tocha Olímpica!” (Agamênon)



2011-04-27 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Cidades novas no Brasil: Erechim


FÜNFGELT Karla, História da paisagem e evolução urbana da cidade de Erechim – RS. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, 2004.
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/88190/211966.pdf


2011-02-15


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Fodidos e mal pagos

Deu no El País
02-01-2011, por José García Montalvo
Devolver el piso y saldar la hipoteca

https://www.dailymail.co.uk/news/article-2897562/When-poverty-meant-poverty-Impoverished-Victorians-revealed-photographs-workhouse-residents-eating-dinner-coffin-beds-inside-shelter.html  


Desde hace bastantes meses, el endeudamiento de algunas economías europeas, incluyendo la española, está bajo la atenta mirada de los mercados. Los casos de países pequeños como Irlanda o Islandia son bien conocidos. En el caso español, el endeudamiento total sobre el PIB, en torno al 350%, está en el medallero del mundial de grandes economías, detrás de Japón (470%) y Reino Unido (490%). Sin embargo, hay diferencias importantes en la composición de dicho endeudamiento: mientras en Japón es la deuda pública la que pesa como una losa, en el Reino Unido la mayor contribución corresponde a las instituciones financieras. En el caso español, el endeudamiento de empresas no financieras ocupa la primera plaza de las grandes economías. Solo países con mucho menor peso económico, como Irlanda o Portugal, están por encima. Del endeudamiento de las sociedades no financieras, una parte corresponde a la financiación de grandes multinacionales españolas. Sin embargo, otra parte está enterrada en el sector inmobiliario español. Esta es la parte preocupante. (..)

La cuarta fórmula para hacer frente al sobreendeudamiento hipotecario es la dación en pago: devolver la vivienda y saldar la deuda. Asociaciones de consumidores, movimientos sociales, etcétera, proponen esta medida. Incluso Convergència i Unió (CiU) llevó hace unos días esta propuesta al Pleno del Congreso de los Diputados, encontrando la oposición frontal del grupo socialista. En la actualidad, los productos hipotecarios en España son generalmente préstamos personales con garantía hipotecaria. Esto quiere decir que si el cliente no puede pagar y devuelve una vivienda cuyo valor de mercado es inferior a la deuda (según Standard & Poor's, esto ya sucede en un 8% de las hipotecas españolas), aún debe la diferencia. No parece conveniente cambiar las reglas del juego a estas alturas para las hipotecas ya concedidas. Si los contratos incluyen cláusulas abusivas, hay que denunciarlas, pero la condición básica del contrato es clara y conocida. (Continua)

2011-01-03  

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cidades novas: Volta Redonda RJ

AZEVEDO Marlice, “Attilio Corrêa Lima (1901/1943): Uma produção moderna em diferentes escalas – do objeto à cidade”. ENANPARQ 2010.
https://www.anparq.org.br/.../simposios/34/34-293-1-SP.pdf

A decisão do presidente Vargas de criar a Usina Siderúrgica Nacional (CSN), com apoio de recursos americanos no período da 2ª Guerra Mundial veio propiciar que o Arquiteto e Urbanista tivesse uma nova oportunidade de participar de projetos de interesse nacional. O fato de Vargas ser intransigente em sua localização no Estado do Rio de Janeiro por injunções políticas e estratégicas deu ao Arquiteto a oportunidade de elaborar o plano de Volta Redonda regional compreendido da cidade de Barra Mansa à vila de Pinheiro (..). O plano definitivo foi apresentado em dezembro de 1941, após o decreto de criação da Companhia Siderúrgica Nacional (9 de abril) e o início imediato da construção da Usina. (..)

A solução dada pelo Arquiteto parece bastante influenciada pela Cidade Industrial de Tony Garnier (Lopes, 1993), ocupando as áreas planas da cidade, entre os morros e a linha ferroviária, que separava a usina siderúrgica da cidade. (..)

O plano regional que se estendia da cidade de Barra Mansa à vila de Pinheiro (..) compreendia uma área de 25 km² em Barra Mansa, previa uma série levantamentos e projetos no município, incluindo o plano da cidade operária de Volta Redonda. Representava este contrato uma visão regional estendida à área de influência da Cia. Siderúrgica Nacional. (..)

2010-12-21

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sobram casas, faltam moradias

Deu na Agência Brasil online
11-12-2010, por Vinicius Konchinski

Número de casas vazias supera déficit habitacional brasileiro, indica Censo 2010
Os primeiros dados do Censo 2010 divulgados pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de domicílios vagos no país é maior que o déficit habitacional brasileiro.
Existem hoje no Brasil, segundo o censo, pouco mais de 6,07 milhões de domicílios vagos, incluindo os que estão em construção. O número não leva em conta as moradias de ocupação ocasional (de veraneio, por exemplo) nem casas cujos moradores estavam temporariamente ausentes durante a pesquisa. Mesmo assim, essa quantidade supera em cerca de 200 mil o número de habitações que precisariam ser construídas para que todas as famílias brasileiras vivessem em locais considerados adequados: 5,8 milhões.
Esse déficit habitacional foi calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) com base em outro levantamento do IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O déficit soma a quantidade de famílias que declaram não ter um teto, que habitam locais inadequados ou que compartilham uma mesma moradia e pretendem se mudar. Não leva em conta as famílias que vivem em casas adequadas de aluguel. (Continua)

Acesse a matéria completa pelo link


2010-12-13

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Broadacre City, por Colin 2010

Publicado em Coisas da Arquitetura
24-11-2010, por Silvio Colin
https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/11/24/broadacre-a-utopia-de-wright/  

Broadacre. A utopia de Wright.

Broadacre City é um conceito proposto por Frank Lloyd Wright nas últimas décadas de sua vida. A idéia foi apresentada no livro The Disappearing City de 1932. Alguns anos depois ele apresentou ao público uma maquete de cerca de 3,7 m por 3,7 m bem detalhada, feita por estudantes estagiários de Taliesin, na época o escritório- escola mantido por Wright.

Broadacre City era a antitese da cidade e a apoteose da recém-nacida vida suburbana, segundo a visão particular de Wright. Era, além de uma proposta urbana, um esquema político-social, pois a comunidade concebida pelo arquiteto nasceria de doações de lotes de cerca de 4 000 m² às famílias interessadas. Broadacre tem muito em comum com a Cidade-Jardim e as ideias de Ebenezer Howard. (..)

(..) Wright acreditava que, por meio do planejamento urbano, o homem moderno poderia recuperar sua paz interior e garantir a sua verdadeira liberdade. O triunfo da arquitetura orgânica poderia levar o homem ao triunfo de seu ser e regeneração da sociedade.

Esta teoria de um novo assentamento, que é uma espécie de anti-urbanismo tem suas raízes na tradição do pensamento americano. Esta é a utopia que Broadacre Wright desenvolve em três livros sucessivos e ilustrou-o em 1934 por uma maquete gigante. Broadacre City quer ser a natureza da liberdade do espaço humano, reflexo. (Continua)


Acesse o texto completo pelo link
https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/11/24/broadacre-a-utopia-de-wright/

2010-11-30

sábado, 30 de outubro de 2010

Centralidad, espacio urbano y renta del suelo - apuntes

Texto produzido originalmente em espanhol 

1

Se podría decir que todo el complejo edificio de la ciencia de la economía espacial reposa sobre el problema del costo de la distancia que uno tiene de vencer para realizar las tareas cotidianas de mantenimiento y reproducción de la vida
.

2
De esa restricción proviene el fenómeno capital de la geografía urbana que es la centralidad, es decir el efecto colectivo, o generalizado, del esfuerzo de cada agente económico para minimizar sus costos de desplazamiento, incluso en una acepción más amplia de costo no monetario. Todos quieren “estar lo más cerca de" las cosas a que atribuyen valor, o de que tienen necesidad, es decir de los recursos socialmente producidos. La moderna centralidade urbana es la relación espacial que el costo de la distancia establece de una banda entre demandantes y proveedores de productos y servicios de uso o consumo rutinarios, de otra entre demandantes y proveedores de fuerza de trabajo.

"Lo más cerca de" significa geometricamente, para un conjunto de puntos en el espacio, un anillo "alrededor de". En un modelo territorial sencillo de asentamiento de residentes de cara a un mercado como suma de decisiones individuales, "lo mas cerca de" implica situar-se cada uno a lo largo de cuantos caminos puedan existir "a partir de", generando procesos expansivos de tendencia radial. La accesibilidad entra en el esquema. 

Y, a medida que la distancia económica a tierras ubicadas entre los caminos radiales pueda ser menos grande que a la próxima parcela disponible a lo largo del radio, ocurre la ocupación progresiva de los intersticios, siguiendo ramificaciones que, con el paso del tiempo, tienden a fusionarse como anillos más o menos regulares de ocupación alrededor del "centro". 




Sin embargo, las leyes de la economía espacial no actúan en una situación ideal donde solo existen residentes y un mercado. Además, su clara manifestación en la red urbana supone al menos un mercado de suelo e costos de transporte. Por lo que, ellas no determinan la forma física de la red urbana más que en un sentido muy general, y sobrepuesto a la trama histórica de la ciudad, el de la expansión radial en múltiples direcciones, con cierta propensión a la consolidación de anillos concéntricos. Más probablemente, ellas determinan el patrón de distribución y densidad de los distintos usos del suelo sobre la red física, que se puede representar en términos modernos como una estructura radial de desarrollo desigual en las múltiples direcciones alrededor de un "punto" focal - tipicamente el lugar de los comercios, servicios y gobierno -, como en el diagrama siguiente, derivado del concepto de distribución residencial según sectores de círculo de Homer Hoyt, 1939. 



Organización socioespacial urbana
según sectores de círculo 

La "expansión radial de la ciudad en multiples direcciones con cierta propensión a la consolidación de anillos concéntricos", es decir el esquema radioconcéntrico desigual, puede se exhibir más o menos claramente en el plan físico - como en el mapa de Porto Alegre del año 1928 - a depender de como lo permita el sítio natural y de cuanto no lo impidan las regulaciones urbanísticas y los planes de urbanización, en especial los dameros mas o menos vastos da la época moderna. 


La generalización de la produción para el intercambio, es decir de la produción / circulación / consumo de mercancías, materiales y imateriales, dentre ellos los propios bienes inmuebles y servicios que constituyen el substracto material de la urbe, en la sociedad capitalista madura, trajo consigo, además del crecimiento exponencial de las ciudades, la proliferación del fenómeno de las centralidades urbanas. Las metrópolis no tienen una, sino que múltiples centralidades, con áreas de influencia muy a menudo superpuestas. 
Centralidades de Buenos Aires


3 La centralidad tiene una importancia capital en la estructura de la ciudad moderna. Ella es la expressión geográfica de la escasez económica del suelo urbano, forma de escasez que se sobrepone a todas las demás - escasez por restricciones normativas al uso y edificabilidad del suelo, escasez relativa a la calidad de los servicios, escasez por incompatibilidades raciales, sociales o étnicas etc. - y que resulta de la competencia de las famílias y firmas por las localizaciones recíprocamente más ventajosas. La centralidad es como una contración del espacio natural, tanto más clara y intensa cuanto más integrada es la producción y consumo de bienes y servicios urbanos a la economía de mercado.

Así como las áreas de anillos sucesivos de igual sección alredor de un punto son vertiginosamente decrecientes en la aproximación al mismo punto, la cantidad de espacio disponible alrededor de um cluster de comercio y servicios será tanto más pequeña y escasa respecto a la demanda, y por lo tanto más cara, cuanto más cerca nos pongamos de dicho cluster. Por decirlo de otra manera, aunque todos los puntos de un territorio urbano fueran homogéneamente servidos de infraestructura y servicios a la parcela, sería imposible que fueran todos igualmente próximos a los centros de trabajo, consumo, servicios personales, ocio etc. 

La contracción del espacio que supone la centralidad en la moderna economía de mercado es procesada, compensada y de esa forma continuamente reproducida, en el marco del propio mercado de productos inmobiliarios y hasta donde lo permiten las limitaciones técnicas y jurídicas existentes en un dado momento, por la intensificación del uso del suelo urbanizado mediante la edificación en altura, que multiplica la cantidad de unidades inmobiliarias erguidas sobre cada parcela, y el correspondiente fraccionamiento jurídico de la propiedad, que propicia a su titular la multiplicación de las rentas de localización.

Respecto al campo, la ciudad es, ella misma, centralidad. Una ciudad en la que no hay ninguna especie de “centro” solo puede existir en el plan ideal, como en una sociedad desarrollada fictícia donde no hay mercado, o en el plan teórico de una sociedad sobredesarollada igualitaria más allá del mercado. La centralidad es una norma reguladora constitutiva del mercado de suelo, es decir, que no ha sido creada por ningún gobierno; una forma de escasez que yace en el corazón de la economía del espacio socialmente construído, es decir histórico, y es su propio modo de ser.

4
De la combinación entre los costos relativos de transporte y las diversas formas de escasez de suelo en el espacio del asentaminento  nace el fenómeno económico capital de la renta del suelo urbano.

La renta es el precio que le cobra el poseedor de suelo para cederlo a quien lo necesita para su uso. Dado que el suelo urbanizado es un bien al mismo tiempo esencial y muy escaso, parece claro que este precio será igual a la máxima oferta que reciba el propietario de todos los demandantes que compitan por accederlo . Y parece claro, además, que los que puedan pagar más tendrán la preferencia para ocupar las localizaciones que más les convengan.

Esa constatación, quizás obvia y muy importante, no parece sin embargo suficiente como para resolver toda la complejidad del problema económico del precio del suelo y, lo que es más, de cómo eses precios afectan la construcción y la organización sócio-espacial de la ciudad.

Es así que, hace ya casi dos siglos, quizás más, los economistas y demás estudiosos del espacio se pusieron a construir modelos, de menor o mayor complejidad, para comprender la economía del espacio.

Independientemente de su mayor o menor capacidad de reflejar “auténticamente” la economía del espacio, los modelos son una manera que tenemos de acercarnos de nuestro objeto. Su manejo es una fuente permanente de ideas sobre la naturaleza de la renta y la organización del espacio, sin jamás olvidarse de que se tratan de meras representaciones simplificadas de la ciudad, que hay que poner a prueba en el mundo real.

5
Para ejemplificarlo, imaginemos una ciudad ideal monocéntrica, habitada por ciudadanos-trabajadores económicamente iguales y en que el espacio fuera rigurosamente indiferenciado excepto por el costo la distancia de cada residencia al centro de la ciudad, donde están todas las fuentes de rendimientos y demás recursos y servicios. La llamamos Isópolis.


Se podría argumentar que la manutención del “monasterio” igualitarista de Isópolis exige que la ventaja de menor distancia al centro, por tanto de menor costo de transporte para el isopolitano, fuera anulada por la incidencia de un costo inversamente proporcional por el "derecho" de vivir en esa localización – es decir, un alquiler.

6
Lo que nos permite imaginar nuestra Isópolis es un principio de la economía espacial brillantemente expreso por Lowdon Wingo Jr, en meados del siglo XX, como siendo la “hipótesis del costo constante de localización”. Se trata de un modelo de equilibrio espacial basado en el carácter complementar de los gastos de alquiler y transporte en el presupuesto de una familia trabajadora, de tal modo que en el límite de la ciudad el precio del alquiler es cero y el costo de transporte igual al que sería el alquiler en centro.



De ese modelo se concluye que la renta de localización disempeña un papel de igualación de los ingresos líquidos entre todos los miembros de la fuerza de trabajo.

En Isópolis, el “costo negativo de transporte”, que es el alquiler, se pagará al gobierno para que siga conservando niveles de calidad de urbanización, equipamientos y servicios iguales para todos sus habitantes.

En los modelos de la economía espacial, la renta de la tierra se paga al “propietario ausente”, figura pasiva y neutral que existe por detrás de la escena como una especie de fiador del equilibrio económico espacial.

En la ciudad “real”, el alquiler es pago a los dueños de los inmuebles, que los tienen unos como medio de vida, otros como fuente de capital-dinero. Eses últimos en especial nada tienen de ausentes ni de pasivos ni de neutrales pues lo que buscan es controlar la oferta de suelo para aumentar sus precios o al menos retenerlo a espera de que suban.

En la ciudad real, solo una menor parte de la renta de los propietarios (en los países de Latinoamérica una parte muy pequeña) se destina, mediante los impuestos a la propiedad, a la inversión pública en infraestructura, conservación y servicios urbanos.

Veamos un modelo clásico de formación de la renta

7
Analizando los precios y la configuración espacial de la producción agrícola, Von Thunen concluyó, aún en la primera mitad del siglo XIX, que en un espacio económico con un solo centro consumidor, iguales costos de producción, un solo tipo de transporte y competencia perfecta, la renta económica de localización de la tierra aparecería en relación inversa a la distancia, consumiendo el excedente de los ingresos resultantes de las ventas del producto  después de descontados todos los gastos de producción de la cosecha, de reproducción del productor y su familia y de transporte del producto al mercado. Así las culturas se distribuirían uniformemente alrededor del mercado, en círculos concéntricos, con las perecibles y las de difícil transporte en los círculos interiores.



8
Trasladando el princípio de la oferta de renta por las localizaciones agrícolas de Von Thünen para el ambiente urbano, ya no sobre el supuesto del excedente, sino que el de las preferencias (utilidad) de las familias bajo restricciones presupuestarias, William Alonso estableció, en la década de los 1960, un modelo de estructura espacial del cotinunum ciudad-campo con base en la demanda (competitiva) de tres categorías de uso – agrícola, residencial, empresas – disputando la oferta (no competitiva) de localizaciones.




De la “subasta” del suelo entre las três categorías de uso resultan tres curvas de oferta de renta proporcional a la distancia al centro (alquiler) que se interceptan formando una curva de renta de mercado – con aspecto de “sobre” – tal que los uso más rentables ejercen su “poder de preferencia” en la ocupación de las distintas regiones-distancia al centro urbano. La estructura espacial resultante de esse continuum urbano-rural ideal monocéntrico y homogéneo bajo todos los demás aspectos se presenta como una sucesión de círculos concéntricos de uso comercial, residencial y agrícola.

9
De ese modelo básico podríamos deducir que, en una ciudad monocéntrica donde haya una multiplicidad de agentes con distintos usos y capacidades de oferta de renta, la curva “sobre” se convertiría en un paraboloide,  con la renta del suelo bajando del centro hacia la periferia según la rentabilidad de los usos y sus respectivas diferenciaciones.



10
Si imaginamos ahora una ciudad con múltiplos “centros”, además de usos y rendimientos diferenciados, obtenemos una imagen ciudad algo más parecida con aquellas en las que vivimos.



Ahora bien, el examen de parámetros de demanda como preferencia por ciertos niveles de accesibilidad y de consumo de espacio – la “elasticidad” de la demanda por espacio-localización – permitieron la construcción de modelos más refinados de localización residencial, capaces de explicar de diferentes tipos de estructura espacial urbana.

11
Así se explica, por ejemplo, la presencia de los pobres en el corazón de las ciudades norte-americanas y los ricos en la periferia. De valorizar más el espacio consumido y andar de coche con gasolina barata en extensivas infrastructuras viales, las clases rica e media buscaron las localizaciones más lejanas al centro, en cuanto los trabajadores pobres, para quien el costo y el tiempo de transporte son más urgentes que la cantidad de espacio, han pasado a competir por localizaciones más centrales no disputadas por los centros financieros y sus serviços de apoyo.

En el “tercer mundo”, la precariedad de los sistemas de transporte y la distribución espacial marcadamente desigual de las infraestructuras llevaron los ricos y la clase media – que valorizan más el tiempo y la accesibilidad, respectivamente – hacia las localizaciones más centrales, restando a los pobres instalarse en la periferia a pesar del alto costo-tiempo de viaje a los locales de trabajo.


12
Veamos ahora como Wingo abordó, en su modelo de renta determinada por el costo de la distancia - recordémonos de la hipótesis del costo constante de localización - el problema de las densidades. Él propuso derivar, de  la curva de renta, una curva de demanda de suelo donde el consumo de unidades de espacio varía inversamente al alquiler unitario. Con un eje auxiliar él exprimió el consumo de espacio en función de la distancia: cuanto más las familias se aproximan del centro, menos unidades de espacio consumen, es decir, aumenta la densidad.



En palabras del profesor Pedro Abramo, “la determinación del precio de equilibrio espacial determina, al mismo tiempo, la distribución socio-espacial de los diferentes tipos de familias en forma de círculos concéntricos, el consumo de espacio por unidad de localización, que es la densidad, y la intensidad de construcción, que es la verticalización. Tal modelo representa la síntesis neoclásica del proceso de coordinación residencial urbana.”

13
Podemos volver, ahora a Isópolis, donde el gobierno desarrolló 2 hipótesis para enfrentar el problema de la multiplicación de las familias de la ciudad: (1) la expansión de la frontera urbana hacia el campo y (2) el aumento de le la densidad en el espacio ya estructurado.

Parece ser que la expansión de la frontera urbana a costa del campo, manteniendo la cantidad de espacio disponible a cada isopolitano, resultaría en pérdida de eficiencia en el sistema de transporte, con nuevos costos de producción y operación que podrían, por otro lado, ser cubiertos por el aumento generalizado de los alquileres (costo negativo de transporte) resultantes del aumento del perímetro de la ciudad.

El aumento de la densidad crearía, a su vez, una desigualdad de consumo de espacio por familia, y quizás pérdidas ambientales, pero tornaría más eficiente el sistema de transporte ya existente. Se reducirían los costos de construcción de nuevas viviendas, multiplicando-se por otro lado los ingresos a cuenta de renta del suelo por m2 en la exacta proporción de la proximidad del centro.



Valdría la pena refletir: ¿Qué se puede concluir de la relación entre costo de transporte y renta del suelo en Isópolis? ¿Qué decisiones podría tomar el gobierno de Isópolis para mantener el principio de la igualdad general?

14 
Para finalizar, quiero referirme a una otra clase de modelos de organización espacial urbana referidos al precio del suelo, más bien empíricos y parciales, pero no menos útiles para la compreensión de la ciudad.

Discutiendo los procesos de segregación espacial el las grandes ciudades, el prof. Ernesto Sabatini nos explica que “los grupos que tienen posibilidad de elegir su localización en la ciudad buscan el acceso a bienes públicos o colectivos agrupando-se en el espacio”. La búsqueda de externalidades de vecindad conforma así, en las grandes ciudades, una especie de cono geográfico donde se concentran los grupos de altos y medios rendimientos.



Esos conos urbanos de alta renta rompen, pues, en un cierto cuadrante de la ciudad, la lógica de los gradientes decrecientes, aunque no linealmente, de los precios del suelo a partir del centro. El resultado en términos de gradiente de precios es más bien descrito por el prof. Oscar Borrero como el “efecto cordillera”, a ejemplo de lo que ocurría en la ciudad de Quito entre 1965-75.



Más recientemente, como también descrito por Sabatini, la localización de las nuevas clases medias se está desbordando del espacio contenido en los conos de alta renda hacia las periferias servidas por nuevas carreteras de alto patrón, en especial los anillos metropolitanos, donde se establecen industrias de alta tecnología con mano de obra muy calificada.

Las excepcionales tasas de ganancia de los emprendimientos en esas áreas les permiten cubrir eventuales gastos con complementación de redes de agua, energia y alcantarillado, favoreciendo un proceso que se podría denominar de construcción de la ciudad difusa.

2010-10-30 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cidades novas no Brasil: J de Macedo Vieira


BONFATO A C, “O orgânico e o geométrico na prática urbana (1920-1960)”. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 5 (2), 75.
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/98/82

Clique na imagem para ampliar
RESUMO (do autor)

Este artigo discute a aplicação de modelos urbanos consagrados interna-cionalmente e suas ressonâncias em projetos desenvolvidos no Brasil, durante a primeira metade do século XX, focalizando a contribuição do engenheiro-civil Jorge de Macedo Vieira(1894-1978) para a história do urbanismo brasileiro, entre as décadas de 1920 e 1960. Os projetos elaborados por ele para as cidades ex novo de Águas de São Pedro (SP) e Maringá (PR) servem como exemplo de seu trabalho. Macedo Vieira, planejador ainda pouco estudado, se revela um dos mais aplicados seguidores de modelos urbanos importados. Seja na implantaçãode loteamentos, seja na de cidades novas, a utilização exaustiva do modelo orgânico, aliado ao seu pragmatismo, revela uma excelência no desenho urbano dificilmente alcançada por outroplanejador de cidades.

PALAVRAS-CHAVES
Planejamento urbano; cidades-jardins; bairros-jardins; Jorge de Macedo Vieira; Águas de São Pedro; Maringá

2010-09-24

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Peterson 2009: raízes do planejamento urbano nos EUA

PETERSON Jon A, Journal of the American Planning Association, Spring 2009,75:2, pp.123-133.
http://fliphtml5.com/wgak/uihy

The Birth of Organized City Planning in the United States, 1909–1910

The birth of a nationally organized city planning movement in the United States centered on a momentous, behind-the-scenes struggle between two major figures in the early history of that movement: Benjamin C. Marsh and Frederick Law Olmsted, Jr. Both represented distinct strands of public thought within the broader sweep of Progressive Era reform. Marsh upheld social justice values. A young, feisty, idealistic executive secretary of the Committee on Congestion of Population in New York, he had made “justice to the working population” his battle cry, and with great fervor pursued the goals of a small but nationally influential band of New York City social progressives (Marsh, 1908). Olmsted embodied his era’s public-minded professionalism and its reformers’ hopes for better-ordered cities. Specifically, he hoped that cities would use planning to make their settings more efficient, more livable, more attractive, and, in all, less chaotic. As the namesake son of the founding father of American landscape architecture and the dominant voice of Olmsted Brothers,2 the nation’s premier landscape design firm, he readily grasped both the urgency and complexity of achieving these goals. At stake in 1909–1910 when the two men clashed was the future of city planning in the United States. Their struggle is the foundation story of the urban planning field; the issues raised reverberate to this day.(Continua)

Acesse a íntegra deste artigo pelo link

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Cidade da música: Sampa

 

Caetano Veloso (1942 - )









Sampa
Caetano Veloso

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Que venha o Metrô

Publicado no SkyscraperCity.com
05-12-2009 por SkyscraperCity.com

Novo Campus Integrado do INCA e Praça da Cruz Vermelha, Centro do Rio
O Campus Integrado do INCA, mais moderno centro de desenvolvimento científico e de inovação para o controle do câncer do país, vai concentrar, em um só lugar, as áreas de pesquisa, assistência, educação, prevenção, vigilância e detecção precoce da doença desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Câncer . O complexo de edifícios, no qual serão investidos R$ 321 milhões, será construído no terreno localizado atrás do Instituto, na Praça Cruz Vermelha.
Clique na imagem para ampliar
A obra resultará em mais 60.000 m2 de área construída para o Rio de Janeiro. Segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), no período entre 2000 e 2008 o incremento de área construída no Centro da cidade foi de menos de 85.000 m2, o que demonstra o impacto de um empreendimento deste porte para a revitalização da região.
Integração é a palavra-chave para se entender o projeto do Campus Integrado. Um grande e acolhedor pátio interno, de dimensões reais de uma praça é o ponto de partida para a concretização deste conceito. A nova praça será aberta à população e permitirá aos pedestres cruzar a quadra, integrando socialmente Instituto e cidade. O acesso aos blocos poderá ser feito por todas as ruas do quarteirão.
(..) O INCA presta assistência médico-hospitalar direta e gratuitamente a pacientes com câncer. Atua, ainda, em áreas estratégicas, como prevenção e detecção precoce, formação de profissionais especializados, desenvolvimento da pesquisa e geração de informação epidemiológica em todo o Brasil.
Alguns números do Campus Integrado 
- Hospital..........................403 leitos
- Ambulatório....................121 consultórios
- Centro Cirúrgico...............18 salas

- Hospital-dia......................92 poltronas / 28 leitos / 16 salas 
Escritório responsável pelo projeto: RAF Arquitetura (Rio de Janeiro, RJ)

2009-12-10

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Tange: Plano para Tóquio 1960, por Lin 2008

ZHONGJIE LIN*, “City on the Move: Mobility, Structure, and Symbolism in Kenzo Tange’s 1960 Plan for Tokyo”. 96th ACSA Annual Meeting Proceedings, Seeking the City, 2008
https://www.acsa-arch.org/proceedings/Annual%20Meeting%20Proceedings/ACSA.AM.96/ACSA.AM.96.52.pdf

*University of North Carolina at Charlotte

City on the Move: Mobility, Structure, and Symbolism in Kenzo Tange’s 1960 Plan for Tokyo

The classic approach of master planning, formally established in the Athens Charter by the Congres Internationaux d’Architecture Moderne (C.I.A.M.) in 1933, advocates strict division of functional zones according to the four major components of the city: living, working, recreation, and circulation. This Modernist canon, however, was widely challenged by urbanists in the postwar decades as they observed the dramatic changes in urban structures. The increasing proliferation of automobile not only resulted in tremendous mobility within the city, but also pushed the boundary of city far into the regional areas. Facing the chaotic urban landscape due to the incompatible approaches, the visionary architects of the postwar generation, prominently among them Luis I. Kahn in America and Team 10 in Europe, called for replacing the Cartesian methodology of zoning with new strategies of spatial planning, in which the mobility was regarded as an important characteristic and the key in restructuring the modern city.

While most urban theorists looked at automobiles and freeways as responsible of urban sprawl and the many evils of the modern city, these architects held a different point of view. Properly planned, they argued, the modern automotive infrastructure could paradoxically become an effective tool in reorganizing urban structures, framing urban boundaries, making cities legible and walkable, and regaining the traditional value of a city and the dignity of humanism. Infl uenced by the classical analogy of house/city that can be traced to Leone Battista Alberti, the contemporary utopians saw no difference between designing a building and design a city, and envisaged highways and streets as “architecture of movement” characteristic of the contemporary city.

In Japan, such new notion of urban mobility infl uenced a group of architects known as the Metabolists. They set off to revolutionize the approach to designing cities. Their ideas of the modern city were fully expressed in the visionary plan for Tokyo proposed by a team under the leadership of Kenzo Tange in 1960. This paper aims to revisit the radical concept of mobility embodied in this plan for Tokyo. In Tange’s conception, mobility was viewed not just as new means of technology in the planning of modern cities, but was instrumental in creating a truly modern urban structure and a new social order that the architect was dreaming for and pursuing. I will investigate the way Tange employed modern automotive infrastructure in restructuring the city, and the meaning he applied on such infrastructure. It thus reveals the political implications that were embodied in such reinterpretation of mobility in city design. 
(Continua)

 

Acesse o artigo complete pelo link
https://www.acsa-arch.org/proceedings/Annual%20Meeting%20Proceedings/ACSA.AM.96/ACSA.AM.96.52.pdf


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Grandes Projetos Urbanos: Paris Rive Gauche, por Duval-Zach 2006

Publicado em Revista de Urbanismo N°15, Nov 2006, Santiago de Chile: FAU / Universidad de Chile. Por DUVAL-ZACH Chloé.  

El Gran Proyecto Urbano ”Paris Rive Gauche”: La transformación de un baldío ferroviario-industrial en un nuevo barrio parisino


“Paris Rive Gauche” es el proyecto urbano más importante que conoció la ciudad desde la remodelación de Haussmann. El perímetro de intervención, de aproximadamente unas 130 hectáreas de terrenos baldíos de origen ferroviario-industriales, se localiza intramuros a lo largo del Sena y del tejido urbano del distrito 13.

Para concretar su política urbana y crear un nuevo barrio, el Municipio, junto con la SEMAPA, formalizó un programa ambicioso de revitalización, mediante la mezcla de funciones urbanas y la construcción de la Biblioteca Nacional de Francia como proyecto detonante.

El distrito 13°, ubicado al este de la ciudad y tardíamente urbanizado, concentra las actividades rechazadas fuera del centro residencial de la ciudad: agrícolas, industriales, de transporte (vinculado al ferrocarril desde 1840).

En los anos 80, el Municipio de Paris solicita una serie de estudios al Atelier Parisien d’Urbanisme (APUR) para varios proyectos de la Exposición Universal (1989), de los Juegos Olímpicos (1992), el desplazamiento de la estación de ferrocarriles Austerlitz, que conllevan a delimitar el perímetro actual de «Paris Rive Gauche». Finalmente, el proyecto comienza a principios de los anos 90 en el marco de una coyuntura económica deprimida y de un desarrollo urbano exclusivamente orientado hacia el poniente (la Défense).

A pesar de este contexto poco favorable, la Municipalidad decidió crear un nuevo barrio, mediante la participación de la SEMAPA como desarrollador, para concretar objetivos de desarrollo y renovación urbanos a largo plazo y ofrecer más de 2 millones de metros cuadrados construibles en la zona oriente de la ciudad. El proyecto de renovación urbana global fue facilitado por las características de los terrenos con baja construcción y concentración de la propiedad en pocos dueños. (..)

2009-08-03

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Cidade da música: Pedro Pedreiro

Chico Buarque (1944 - )

 











Pedro Pedreiro
Chico Buarque

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando
Assim pensando o tempo passa
E a gente vai ficando pra trás

Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando o aumento
Desde o ano passado
Para o mês que vem

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro espera o carnaval
E a sorte grande no bilhete pela federal
Todo mês

Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando o aumento
Para o mês que vem
Esperando a festa
Esperando a sorte
E a mulher de Pedro
Esperando um filho
Pra esperar também

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro tá esperando a morte
Ou esperando o dia de voltar pro norte

Pedro não sabe, mas talvez no fundo
Espere alguma coisa mais linda que o mundo
Maior do que o mar
Mas pra que sonhar
Se dá o desespero de esperar demais
Pedro pedreiro quer voltar atrás
Quer ser pedreiro pobre e nada mais

Sem ficar esperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando o aumento para o mês que vem
Esperando um filho pra esperar também
Esperando a festa
Esperando a sorte
Esperando a morte
Esperando o norte
Esperando o dia de esperar ninguém
Esperando enfim nada mais além
Da esperança aflita, bendita, infinita
Do apito de um trem

Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem...